quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Last Waltz

Último post do ano, com um gosto diferente.
Meu dia já começou estranho.
Acordei chorando!
Isso é muito raro. Me recordo de isso ter acontecido apenas mais uma vez, quando sonhei que meus pais morreram.
No de hoje, porém, não tinha nada de trágico. Sonhei com o meu gato, Léo, depois de 6 anos sem ele.
Ok, podem me achar idiota. Eu mesma achei sem necessidade. Mas.. ainda no sonho, ou ainda meio grogue de sono, eu pude perceber que na verdade, eu não tava chorando por causa de um gato. Eu tava chorando de saudade de um lar.
Acho que é mais ou menos isso que o Léo representou no sonho. Quando eu ainda o tinha, meus pais ainda não tinham se separado e nós vivíamos relativamente bem (ao meu ver, claro, eu era uma criança). Mas toda aquele ambiente veio a tona de novo e eu me senti meio perdida. Saudade, angústias, mágoas. Enfim. Um sinal talvez?
Depois a conversa com a mãe. Difícil e hostil, mas pude me expressar sem medo.
Sempre joguei na cara dela a hipocrisia que era todo final de ano: as mesmas promessas, os mesmos desejos, as mesmas palavras. Apesar de tudo, senti algo que eu não senti há algum tempo por ela. Saudade e caridade.
Eu sempre joguei a culpa de todas as minhas faltas em cima dos meus pais, por não saberem crescer juntos. Mas eles eram jovens, apaixonados, tolos. Estavam cegos pro que vinha pelo futuro, e não tinham a menor noção que iam acabar tendo uma filha chata pra cobrar deles a juventude mal vivida.
Logo veio o alívio. Decidi ficar aqui, mesmo sozinha.
Vou ver meu pai e sair. E se for pra ficar sozinha, que seja também.
Sinto que alguma coisa mudou e que todo esse dia estranho é só uma preparação do que tem pra vir daqui pra frente (não só 2010, mas além).
Enfim. Não quero fazer projeções vãs.

Fechamento de 2009.
Dedico esse blog à Mayra daqui a 10 anos.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Old Girl

Eu sei que é uma coisa totalmente doente, mas ontem me aconteceu uma coisa engraçada. Eu criei (involutariamente) um instinto de aproveitar certos momentos de uma maneira diferente. Como se fosse a última vez, ou já pensando que tudo aquilo iria, um dia, acabar.
Quem lê, até pode achar que eu sou a pessoa mais pessimista e cética do mundo. Mas não é assim. Eu me senti tão bem, e tão tranquila vendo toda aquela cena como alguém de fora que consegui apreciar ainda mais a situação.
Quem não gosta de exaltar o passado? "Eu era feliz e não sabia." Era uma frase que eu pensava constantemente. Mas por que não exaltar essa "lembrança" no exato momento em que se vive?
Uns dizem que viver cada dia como se fosse o último é uma coisa boa, mas pô. Pensa. Se eu fosse pensar nisso, eu iria viver deprimida. No meu caso, eu prefiro ver esses momentos especiais como "lembranças presentes" - literalmente. São ocasiões em que eu sei que daqui a 20, 40, 50 anos eu vou lembrar saudosamente. Nessa hora, eu me imagino uma senhora, já na sua cadeira de balanço, lembrando todas coisas boas que já fez e quantas ainda há de fazer (porque claro, eu sempre quero mais de tudo). Enfim.

Me senti mãe, mulher, e menina ao mesmo tempo. É uma coisa tão engraçada! Se sentir por um momento, íntima de si mesmo, através de outra pessoa.
E assim como fui, voltei sozinha. Me sentindo orgulhosa por isso. Se tudo o que eu vivia ali é nada menos que uma lembrança, é natural que eu sempre volte ao presente por mim mesma.
E voltei. A afaguei e a guardei, dentro da memória.
A realidade me esperava, atrás do portão. Me despedi, dei um beijo e fui embora.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dark, Darko.


Acabei de ver Donnie Darko. Preciso ver de novo.

Tô meio confusa, acho que não ando muito bem por dentro. Às vezes eu me sinto como em 2005, quando tudo ainda desmoronava. Aquilo ainda não saiu de mim completamente. E claro, depois de uma revivada semana passada... enfim.
Me confundo quanto a permanecer a par de tudo, protegida pelo rótulo de criança que não tem maturidade pra entender tudo, segura dentro da própria concha, ou finalmente, crescer.

Enquanto isso, meu interesse por psiquiatria aumenta.
Quando a piadinha de que as pessoas que fazem psico são doidas, e que só entram nod cursos pra primeiramente, tentar cuidar de si mesmas.. Sim, é uma puta babaquice, mas é verdade (pelo menos pra mim).

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Balanço geral [2009] pt. 1

Sobre fim das aulas:

Amanhã é meu último dia de aula no colégio. Sim. Um grande peso saindo das costas. 6 anos no mesmo colégio, muitas histórias, gente que vem, gente que vai, professores inesquecíveis (por bem ou por mal). Enfim.
Eu sei que eu já disse mil vezes que o que eu mais queria era me livrar da obrigação do ensino médio. Mas dizendo isso, é quase automática a contradição que vai se seguir, quando a gente tá de cara pro fim. Por mais cansativo que seja, e massante ter que ver sempre o mesmo ambiente e as mesmas pessoas, parece que agora todos estão se unindo mais e tal.. Pessoas que eu nem ia muito com a cara se mostram pessoas agradáveis.. Haha, sempre assim.

Também tem os sufocos. Se não fosse o marido da Beth subir pro andar de cima (Deus que me perdoe) eu não sei se eu estaria me despedindo do colégio esse ano hahaha. Tirando isso, o ano foi tranquilo em relação à matérias. Exatas, sempre incomodam, mas no final tudo dá certo (quem não cola não sai da escola, hehe).

Professores! Pessoas das quais eu me surpreendi. Anne Rose (química), Áurea (física), Jô (português), Odila (bio), Fernanda (ed fisica) e até o louco do Gabino (com aquela voz de locutor de programa romântico de rádio) vão deixar saudades, até. Sem contar os outros - the bests of all time: Sor Gilmar, Jaqueline Petry (que nem olha pra cara de ninguém, mas que é uma das professoras mais legais em aula), e claaaaaaro o mais lindo, querido e doido, Sor André ♥ HAHAHA (minha tara por professores não é segredo pra ninguém ok).

LINDO, OK

Também tem os colegas. Creio que a melhor turma de todas foi a 104, do primeiro ano. De pior, a melhor turma do colégio. Não ganhamos a gincana por causa da tia do bar. Mas foi divertido. Ainda deu pra gente passar um dia num parque aquático (tudo bem, água era meio branca, mas tudo bem). Todo o mundo era amigo. Todos. Também foi uma época que o meu próprio grupo era mais unido mãs... A parte disso, foi um bom ano.
A 203 foi quem sobrou da 104 (tirando a retardada da Michele). Aproximação com Lucas e Luísa, com quem eu formei uma pseudo-banda, mas que no fim não deu certo (e só eu sei por que).

Enfim. Muitos detalhes foram esquecidos, só uma base da minha trajetória no Tubino.
Apesar da precariedade em certas partes no ensino, é um colégio que me acrescentou muito. Talvez se eu não tivesse vivido tudo isso, eu me tornaria mais uma dessas patizinhas, que ficam tirando fotos na frente do espelho (nunca me esqueço, primeira vez que entro lá: "ai, que gente, que sala imunda..." HAHAHA mais nojenta impossível).
Ver a realidade da escola pública, e entrar em contato com pessoas diferentes condições (vai de gente bem humilde até classe média alta), fez com que eu aprendesse a pensar sozinha. Buscar a verdade por trás daquela cortina da escola particular, que tá ali apenas pra te passar de ano e no vestibular.
Lembrando que antes do Tubino, teve o Sta. Inês na primeira série, o São Judas Tadeu (melhor colégio em estrutura) da segunda à quarta série e o São Francisco na quinta.

É...Muitas pessoas passaram, e muitas lembranças boas ficam. Agora tenho que me tornar gente e começar a estudar de verdade hahaha.
O que eu levo disso tudo é a união que todos tinham, a amizade (algumas passageiras, mas sinceras), os sorrisos, as brincadeiras e o dia-a-dia alegre (tá bom, nem sempre, mas a gente adora enfeitar mais o passado, não? HAHA).
Fico na expectativa do que vai acontecer comigo agora. Que pessoas que eu vou conhecer. E de que tipo.. É um período de transição importante.

Continua.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Pais e filhos

Pais são o carma que se carrega pra vida.
Deus me livre. Sério mesmo. Eu certamente os amo, sem dúvida nenhuma. Mas eu só peço que se por acaso, eu venha a parir uma criatura, que eu mantenha o meu bom senso.
Que eu não brigue na frente do meu filho.
Que eu não coloque o meu filho no meio de uma discussão.
Que eu não fale mal do pai da criança na frente dela.
Que eu não utilize motivos idiotas e banais, como o dinheiro pra tentar acusar a outra pessoa de merdas, por ciúme, amargura e coisas não resolvidas.
Que eu me exploda junto com a outra pessoa, mas o meu filho não tem nada a ver com as nossas merdas.

Entendam, pais, vocês não podem tratar o filho de vocês como fantoche.
Trabalhem, estudem e sejam independentes antes de colocarem outra alma no mundo. Sejam racionais. Não briguem como dois namorados de ensino médio, que se estapeiam e se xingam, mas que no dia seguinte fica tudo bem, porque certamente, com uma outra pessoa no meio de vocês, não vai estar.
Nascer já tendo que ser sozinho, é foda viu. Ainda mais tendo que carregar vocês quando necessário...

Metade dos meus problemas vem por causa desses dois. Metade das merdas que eu passo hoje, insegurança, timidez e o caralho a quatro, eu aprendi com vocês (além da minha natural tendência). Medo, medo de acabar tudo em merda.
O pior de tudo é a conversinha do "tu não sabe toda a história", como se eu fosse um personagem a parte de toda essa porcaria. Se fuder. No fundo, é melhor manter esse teatro todo pra vocês continuarem a ter a imagem de pais, à parte da humanidade, perfeitos, trabalhadores, honestos e justos. Que nojo.
Eu sinto que eu sou mais racional que os dois juntos. Eu pelo menos, tenho a oportunidade de ver exatamente o que eu não quero ser. Dentro do círculo, as bestas não conseguem se enxergar, elas só vêem o que elas querem atacar.
Sinceramente. Vontade de sumir, ir pra qualquer lugar, até pro inferno. Só pra poder torturar os dois um pouquinho, pra mostrar um pouco do mal que a irresponsabilidade passional desses relacionamentos de merda podem fazer.
Pro inferno todos eles.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um.

Pela primeira vez em uma semana, eu sorri.
Aiai.
Quero dormir.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um e 1/2

essa dúvida me atormenta de tal maneira que, agora, o meu maior desejo é de sumir daqui. me desmaterializar. não quero causar dor a quem ainda não pode sentí-la.

agonia. agonia.
sonhos constantes e lúcidos.
sonhei que me esvaí em sangue e me senti feliz. por uma ou outra razão.
talvez isso sirva como um teste? um teste ao meu corpo, e um desafio à minha desconfiança.
nunca fui total irresponsável. se algo aconteceu foi por acaso. pelos 0,6 %.
quero me redimir comigo e com os deuses e fazer tudo o que tem que ser feito.

jogar tudo fora é muito desgosto.
é muita crueldade. é muita covardia.
do contrário, pelo menos não irei correr os riscos de acabar pior no futuro. e finalmente descansarei em paz ou no meu desespero.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Hell

"In my life
Why do I give valuable time
To people who don't care if I live or die?"

Já dizia mestre Morrissey.
Então. Cansada, podre, vazia. Não é TPM não (o que eu sinceramente gostaria que fosse), nem mal-comidismo (rs).
Tô doente de toda essa hipocrisia do caralho. Pessoas que não passam de umas egoístas, fingem que se importam contigo pra tu permanecer do lado delas quando for conveniente. Pessoas que te usam enquanto tu ainda faz algum bem pra elas, mas que não exitam em te desprezar, em te ignorar e te machucar.
O pior de tudo é que eu ainda continuo gostando delas. Eu tenho isso, porque valorizo muito quem já me fez bem de alguma forma, e prezo pelas lembranças boas que ficam. Eu juro, juro que tento ser fria, mas quase nunca consigo. Já melhorei bastante nisso, mas ainda tem o que aprender.
Outra coisa, é que eu cansei de tentar ser/parecer demasiadamente legal. FODA-SE, se eu tô com cara de bunda. Eu tento, juro que eu tento me integrar a certos grupos, mas o negócio é fechado mesmo. Sem algum palerma pra me deixar a par dos assuntos e pra me enturmar, eu tendo a ficar na minha. Isso todo o mundo sabe. Aí depois vir pra mim me dizer, que eu tava com cara de bunda, que não sei o que, quando a pessoa sabia bem o porque de tudo aquilo? HAHA são coisas que me deixam..... tão puta, tão puta.....
Largar de mão. É isso o que eu vou fazer com quem já passou a cota de filhadaputisse.
Se eu me afasto, é problema meu. Se isso te incomoda, ótimo, me faça mudar de idéia.
Sempre fiz o que ficava bem pros outros, sempre me adequei a jeitos e condições de outros.
Chega, chega. Acabou.

Acho que é meu post mais revoltado, mas ok. Vou rir disso depois.

O mundo em seu lugar.


Já bem tarde pra dizer
Guarda silêncios pra depois
Em saudades, vãos e vozes que há de ouvir

Entre móveis que se vão
Mudando as horas de lugar
Algum dia irá voar de volta a si

Como neve falsa
Como chuvas de jasmim
Em salões de valsa
Quem lhe dera sempre a vida assim

Quem dera ser o amor
Que pensa em esperar
Agora que arrumou
O mundo em seu lugar

Mas sempre há de saber
Que sonha ser amor
Alguém desarrumar
A vida que arrumou pra si.

domingo, 29 de novembro de 2009

"The Post After"

Eu sei, eu disse que eu não ia me apaixonar.
Mas depois de tudo, é natural que eu fique pensando onde tu tá. É natural que eu queira estar contigo, e/ou desejar que tu mandasse apenas uma mensagem de boa noite.
Não quero ficar dependente de ti pra me sentir mais feliz. Mas são pequenas coisas que a gente cultiva, que eu gostaria que fossem preservadas.
É quando tu me faz descobrir um lado meu que nem eu sabia que existia. É te xingar, e sentir quase prazer nisso (e depois te pedir desculpa). É rir quando não pode (?). É escutar Cat Power até eu enjoar (!!!). É eu cantar baixinho sem sentir vergonha.
Tu disse que eu sou muito dispersa, que tu gosta de ficar junto quando se está junto (hãn hãn?). Eu não sou assim, não tenho a necessidade de estar grudado todo o tempo. Ainda mais na frente dos outros. Mas eu gosto que me lembrem que existe alguém que pensa em mim de vez em quando.
Eu até acho que tu pode sumir pra me deixar assim, como eu tô. Tu tá fazendo o que eu geralmente faço, pra ver se vale a pena. Só não dá uma de gurizinho agora, por favor.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Avulsos

- As coisas andam mudando demais ultimamente.
Eu por exemplo. Falando de sexo com um (ex) ficante? Perdendo a consciência por aí? Chegando em casa de manhã pé por pé? Criando intimidade com alguém que eu conheci há um mês? E tocando no assunto de namoro? Conhecendo gente bizarra? Sexo drogas e rock'n roll? Quase. Um dia eu ainda quero chegar aí, mas eu ainda sou menor de idade.
Às vezes o peso na consciência fica que nem uma nuvem na cabeça. Talvez por saber que eu já não sou mais quem eu costumava ser, e isso me assusta. Por quebrar vários julgamentos que eu considerava errados ou impróprios. Já outras horas... mando tudo pro diabo e aproveito mesmo. Se alguém perguntar, tenho a desculpa: ah, eu sou jovem, jovem faz merda mesmo...
Eu já tinha falado sobre essas mudanças, mas hoje eu consigo ver como alguém de fora. Na realidade, ainda não se elas são boas ou ruins, ou se necessariamente, estar vivendo essa fase nova signifique mudar meu jeito de ser. Talvez só abrir mais a cabeça pra certas coisas, que eu tinha uma opinião parcialmente absorvida de pais/parentes, que sempre agem como se eles nunca tivessem feito merda na vida. Ser velho não quer dizer estar acima da moral e ter sempre a razão, isso que às vezes as pessoas custam a entender. Mas eu nem esquento mais a cabeça.
Me pergunto se é só eu que fico quebrando a cabeça e me preocupando com essas coisas, ou se as pessoas simplismente passam por isso porque tem de passar. Eu não duvido né.

- Deu uma saudade de Red Hot Chili Peppers essa semana! Haha! Fui ver uns vídeos e vi um do John Frusciante, na época que ele tava todo fudido drogado.
Não sei porque.. Mas eu fiquei tão chocada que fiquei interessadíssima naquilo. Pensei seriamente em fazer psiquiatria (o que seria uma merda, já que eu teria que fazer medicina). De qualquer forma, só sei que por enquanto, consultório é uma coisa fora de cogitação.

- Ah sim, eu também odeio ser ignorada, mas eu adoro ignorar. Isso é um problema. Por isso. Acho que nos anulamos :D HAHA aaah, adóro essas pequenas richas que a gente faz com as pessoas.
Desculpa querido, desculpa mesmo. Mas eu aprendi que é assim que vocês gostam.

- O que eu lembro, eu gostaria se esquercer. Quase tudo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Springtime

Ok, tenho que parar de julgar filmes por seus gêneros. Minha resistência contra filmes românticos/comédias românticas são por falta de saco pra clichês. Mas não sei se é eu que ando com sorte de achar filmes, se um pouco romântica ultimamente, ou os roteiristas que andam aprimorando mais os filmes. Vai ver que não é só eu que ando de saco cheio dos mesmos finais felizes e eles começaram a fazer as coisas mais reais. É um novo jeito pra arrecadar mais dinheiro, mas enfim.
Vi "500 days of Summer", com a Zooey Deschanel (sem comentários) e um tal de Joseph Gordon-Levitt (que eu não conhecia, mas o guri é bom). É daquele tipo de filme que tu já tem uma perspectiva do enredo previamente montada só ao ler a sinopse. Tudo bem, eu não vou questionar um velho jeito de fazer filmes desse gênero. O fato de eu diferenciar esse filme da maioria, é que por mas que o final seja esperado, a forma com que a história é contada, o jeito que o filme evidencia os sentimentos do protagonista (a parte da expectativa/realidade foi simplismente genial. li que foi uma referência a um filme do Woody Allen -Noivo Nervoso, Noiva Neurótica, do qual eu me obrigo a ver haha). É de uma maneira tão sincera e clara que não tem como não se comover.
Eu sou suspeita pra falar, porque sempre, sempre que eu gosto de filmes que tenham dois personagens centrais, eu consigo me indentificar com os dois ao mesmo tempo, mesmo que eles se contradigam. Na verdade, essa sou eu.
No caso, ela, é o tipo de pessoa que eu sou a maior parte do tempo. "Racional", sem perspectivas, tranquila e que preza por liberdade. Alguém atrás cobrando, não é legal. Ela não chegou a falar detalhadamente sobre relacionamentos anteriores, mas certeza que o pensamento dela pode ser aprimorado por eles haha. Já o carinha.. Bom, ele talvez seria eu apaixonada. Não sei. Não tenho certeza. Mas eu me indentifiquei com ele um pouco. Talvez por ver o amor como algo seguro, e não como algo relativo. Não que ela seja indiferente a ele ou insensível, a diferença é que ela não tinha a certeza. Os dois se gostavam, fato. Mas às vezes as coisas não dão certo porque não é pra ser, mesmo que haja vontade de ambos. Isso eu aprendi sozinha, depois de levar algumas vezes na cabeça. E como o próprio filme mostra, o protagonista também teve que aprender do jeito mais difícil (não que isso seja ruim, muito pelo contrário. só assim se amadurece de verdade. não raramente encontramos pessoas confusas, não só sobre amor, relacionamentos e tal, mas com elas mesmas. e sabe como se sai disso? ficando sozinho. o problema é que tem gente que não consegue, mas aí é outra história...).
Sei lá. Hoje, eu tô tão tranquila em relação a isso que eu mesma me surpreendo. Assim como tem pessoas que a gente se apóia quando a gente precisa (falando de modo grosseiro: pessoas que a gente tem na reserva quando a gente tá carente o suficiente pra poder se sentir melhor - sim, eu não sou uma filha da puta. isso é fato, quem não tem? vamos deixar de ser hipócritas), a gente também tem que saber quando a coisa é diferente. A gente geralmente se engana, porque as pessoas tem medo de falar sobre isso e de se expor. Só que na teoria, tudo é tão fácil que... por isso mesmo é complicado. Eu cheguei a conclusão que o melhor a fazer é desistir de criar teorias mirabolantes pra me auto-consolar. E parar de criar estereótipos perfeitos pra mim, porque isso certamente não existe.
No fim, acabei saindo do assunto outra vez. Mas..
Ah, talvez isso seja só um desabafo.
Talvez.. seja só uma crítica sobre um filme romântico.
Deixa pra lá.

domingo, 15 de novembro de 2009

Mudanças

Yeap. Fiquei uns dias sumida.
Sei lá. Por esses dias tudo tem andado tão rápido e tão intensamente que eu mal tenho tempo de pensar muito.
Sabe quando tu tem aquela ânsia juvenil, de querer viver tudo aqui e agora? Pois é.
Eu vivi muito tempo escondida dentro da concha de casa. Isso não é uma reclamação, porque eu gosto de estar em casa, de estar em minha própria companhia. Mas também acho que já deu. Já tirei MUITO proveito desses momentos, e grande parte do que eu sou hoje vem justamente do estar sozinho.
Só que agora.. ao mesmo tempo que eu ainda guardo essa parte em mim, alguma timidez, alguma insegurança, e até alguma preguiça (é, ser simpático cansa haha), tudo vem até mim, e eu quero estar aberta a todas as possibilidades. Não que eu seja a favor de certas barbáries cometidas pela minha geração e anteriores, mas.. Quando a gente não tem vivência das coisas, a gente tem uma tendência a criar um certo preconceito contra as pessoas que experienciam tudo o que a gente gostaria de experimentar. Isso não é muito legal. Tu acaba sempre tendo o mesmo pensamento e vivendo naquela alienação. E ainda se sentindo superior aos outros. Pura merda.
Em um período de 15 a 20 dias eu conheci várias pessoas. Conheci vários outros pontos de vista, personalidade, jeitos... Isso te renova! Eu me enxergo nas pessoas, e adoro quando elas também se vêem em mim. Gosto quando assim, mesmo sem nem conhecer direito, sem conhecer defeitos, passado e coisas-não-admiráveis da outra pessoa (parêntese grande e fugindo do assunto - creio eu que seja uma das melhores fases para se 'experenciar', 'viver' com alguém. Por tudo ser uma novidade, cada conversa e gesto, uma nova descoberta. Acho que tudo isso só perde pro amadurecimento e pra verdadeira conexão que se pode atingir com outra pessoa. Isso seria mais ou menos uma definição de amizade, ou de amor - voltando). Faz a gente se sentir mais a vontade de contar coisas que às vezes tu não conta nem pra alguém mais próximo e tal, por medo de julgamentos. Quem não te conhece inteiramente não pode fazer isso. No máximo, fica uma má impressão, mas foda-se hahaha.

Vou deixar pra escrever mais amanhã. Tô cansada e eu me desconcentrei total vendo uma versão acústica de Silver Stallion. Ê saudade.
http://www.youtube.com/watch?v=1JbnDCB5ym0

sábado, 31 de outubro de 2009

Longe


É uma merda quando tu vai num lugar pensando uma coisa e acontece outra, totalmente diferente.
Por que as pessoas mudam? Por que as coisas tendem a se desintegrar ao passar do tempo?
Isso é uma coisa que eu constantemente me pergunto. E eu realmente sofro com isso.
Pessoas com que um dia eu tive alguma ligação/amizade forte, que hoje, mal cumprimento, mal falo. Isso machuca. Talvez por consideração ao passado, mas principalmente por não entender exatamente o porque disso.
Acredito que a maior causadora disso tudo é distância que se estabelece a partir de quando as duas pessoas mudam, e por algum fator (seja o tempo, ou algum empecilho que tenha ocorrido entre elas) isso acarreta um típico estranhamento, algum vazio. Eu acredito que seja pior do que estar do lado de alguém que tu não conhece ou não é tão íntimo, por não ter aquela obrigação de puxar assunto. Mas estando do lado de alguém que já fez parte da tua vida, e ver ela ali, na tua frente e simplismente não ter um assunto pra puxar é triste. Triste.
E isso tá acontecendo com mais frequencia de uns tempos pra cá. A partir disso, comecei a entender porque é tão difícil a gente manter amizades e fazer novas. E quanto mais velhos ficamos pior fica.
Claro que há excessões, pessoas que tem mais facilidade de se comunicar, ser sociável, simpático. Mas acho que isso não é um problema exclusivamente meu. Por mais irritantemente timida e sem assunto que eu possa ser, é mais facil eu falar com alguém individualmente do que com um grupo de pessoas. Não acredito que eu possa ser tão chata e tão antisocial assim. Eu me considero uma pessoa agradável, apenas... tímida. E as pessoas não são obrigadas a vir até mim, eu sei disso. E eu concordo plenamente.
Isso me perturba demais. O fato de não conseguir chegar em alguém pra conversar e fazer novos amigos está diretamente ligada a minha incapacidade de tomar atitudes em relação aos outros (por mais incomodada que eu possa estar). E isso me frustra, profundamente. Posso parecer indiferente, mas só eu sei o que eu fico matutando na volta pra casa.
Me pergunto se os outros se importam com isso tanto quanto eu.
Vai dizer, todo mundo ADORA dizer que tá morrendo de saudade, que quer marcar alguma coisa.. Geralmente, NUNCA sai nada, e quando sai, é estranho.

Aí eu falo sobre isso com alguém:
"Exercita isso. Pratica a tua espontaneidade". Fácil falar.
Invejo quem tem esse dom, admito. E ao mesmo tempo, me atraio mais por pessoas assim (ou não).
É. Foi uma noite ruim.
Por isso, um brinde ao country e à Billie Holiday executados no media player.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pride and Prejudice


Fazia tempo que eu não via um filme de romance. Geralmente eu evito esse tipo de coisa por não ter mais saco de aguentar finais felizes. A maioria desse tipo de filme segue um clichê do qual vende a idéia do amor como algo perfeito e puro. Talvez essa seja a definição de idade média (ou pra menininhas que vêem Crepúsculo).
Mas me contradizendo um pouco, devo dizer que adorei esse filme. Eu já tinha gostado muito de "Atonement", do mesmo diretor, Joe Wright. Os dois filmes são muito delicados, e visualmente bonitos. Sem contar a trilha sonora do Dario Marianelli, (também presente nos dois) que dá todas as nuances das emoções do filme.
O roteiro é uma adaptação de um romance de um livro homônimo da escritora Jane Austen publicado em 1813.
A história se passa na Inglaterra, no começo do século 19 (ah, número romano pra quê?). Claro, nessa época, as mulheres ainda não se ocupavam de muitas coisas, visto que o maior propósito da vida delas seria arrumar um bom marido - rico de preferência (opa, será que estamos muito longe disso? rs) pra não ter muito trabalho. Seguindo isso, Elizabeth (Lizzy), a protagonista, (óbvio) é uma exceção ao padrão de pensamento da época. Ela lia, era inteligente, sabia conversar. Ao contrário das três irmãs mais novas (duas, uma era mais na dela) que só pensavam em casar. Também tem a outra irmã mais velha, a Jane (que não tem muita importância). Bom, é aquela coisa toda, bailes, danças. Até que eles se conhecem no baile. Mr. Darcy. Ah Mr. Darcy... Até eu. HEHE. O cara é total cara de bunda, arrogante não gosta de dançar (só por isso já me valeria uns pontos heheueheuh). Aí eles ficam naquela paquerinha até trocarem umas farpas ao longo da festa. Assim como ele, Elizabeth não fica sai por baixo e sabe ser sarcástica. Óbvio que isso chama a atenção dele.
E assim vão, ao longo do filme, se odiando (e SEMPRE se encontrando, toda a hora). É claro que eu não vou exigir de uma adaptação de 1800 e lá vai pedrada, algum senso de realidade. É um romance, nada mais. (talvez toda essa minha preocupação em demonstrar sensatez quanto à história do filme seja uma tentativa de não dar o braço a torcer pra não admitir que de vez em quando, láááá de vez em quando, esse tipo de historinha me entretém ehehe). O que certamente mais me chamou a atenção foi esse orgulho dos dois que por várias vezes causou mal entendidos. Só que no meu ver, isso é fascinante. Nada que é fácil é muito digno de interesse. Com certeza se ela tivesse cedido na primeira vez, na cena da chuva (quase morri), talvez não teríamos tanta paixão e 'cumplicidade' (porque automaticamente, eles se conheceram mais depois da briga e ao decorrer da história até o final). O ruim é que na vida real a gente não sabe quando se deve aceitar ou recusar 'oportunidades'.
Os dois são iguais. E isso comprova a minha objeção àquela teoria ridícula dos "opostos se atraem". Realmente, não funciona. O amor também é egoista. Não gostamos das pessoas pelas divergências e sim pelas coisas em comum, que fazem com que nos vejamos nos outros. Depois da atração física, esse é o segundo requisito a ser preenchido (isso vale pro filme e pra hoje em dia).
Mr. Darcy é tipo de homem que não existe. Bonito, rico, misterioso, elegante, educado, arrogante (ponderadamente), desejaitado (sim, eu adoro), generoso, bondoso. HAHA. Sejamos francos, todo o mundo idealiza algum tipo homem/mulher ideal. Mas convenhamos, nem metade da lista acima já me estaria de bom grado, porque sinceramente...
Enfim. Gostei do filme de romancezinho sim. A mulherzinha aqui quase chorou no final, admito hahaha. Aiai. Toda a mulher (umas mais, outras menos, outras MUITO, e outras que tentam esconder) tem um pouco de mulherzinha romântica.
Mas pelo menos isso serviu pra adoçar um pouco o dia. ^^

Agora me dêem licença que eu tenho mais o que fazer ok. HAHA.

domingo, 25 de outubro de 2009

Leve

E assim, de leve
Veio natural
Dizendo tudo aquilo dizia antes
Como se nada tivesse mudado.

Meu medo de nada serviu
E a dúvida que eu tinha feneceu
Esperarei o teu chamado
Pra voltar a sermos como sempre.

Parabéns!

Feliz aniversário, pai!
53 anos. Tu merece tudo de bom e de melhor. E eu vou tá sempre do teu lado.
Te amo, te admiro, e te quero sempre bem e feliz.
(L)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sempre

Olhos cansados marcam meu rosto.
Saudade talvez já tenha passado por aqui, e mandou lembrança.
O que sobrou agora foi o resto.
Talvez nem isso.

Se alguma vez fostes sincero quando disse que me amava,
Caíste do teu pedestal ao dizer isso em vão.
Queria resgatar a ti mesmo, talvez me usando como algo que revivesse.
E eu gostava disso.
Gostava de te escutar, de me deixar levar pela tua narrativa.
Me achava alguém melhor que eu quando estava do teu lado.

Estes dias sonhei contigo, lucidamente.
Tudo fazia sentido, o que é raro.
Sonhei que pedias desculpas, por ter me deixado sozinha.
Que me acariciava as mãos enquanto falava (como sempre o fez, e eu amava).

Vazio, é o que sinto às vezes.
Não vou até ti por medo que me rejeites de novo, e que tu aja como agiu da última vez.
Tua franqueza machuca.
Não sabe medir tuas palavras, e te acha especial por isso
(E tenho que concordar).

Tuas confusões
Tuas dúvidas.
Tudo aquilo me fascinava.
Das poucas vezes que falava algo teu, me sentia íntima.
Honrada.
Honrada por saber que não falavas fácil assim.
E que eu não era qualquer uma.

Se algum dia as coisas voltam a ser como antes, não sei.
Acho difícil.
Por mais que quando bem nós vivíamos, e tu sumia, sabia que qualquer hora tu voltava.
E tudo voltava.
Agora não tenho mais esse conforto.
Não tenho mais essa certeza.

Do que restou de ti, é alguma saudade.
Alguns fragmentos teus;
Alguns hábitos absorvidos;
Alguma pessoa melhor.
Porém ao invés de querer ser que nem tu era, prefiro ser eu mesma.
Me tornaste independente de ti, e dos outros.

E quando quiser voltar.
Te esperarei como sempre;
Tímida, aprendiz, ouvinte, feliz.

http://www.mediafire.com/?wayyqwmtlm3

sábado, 17 de outubro de 2009

Tabacaria

"Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro."

Álvaro de Campos

(um dos melhores poemas que já li.)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tropeço

Haha! Como eu adoro essas deixas de malícia que ficam entre uma indireta e outra.
Às vezes parece que eu tenho uma Mayra meio escondida no meio da medrosinha e tímidazinha (as habituais haha)
Ai ai, eu me divirto.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tudo bem.


Ok. Posso ter sido fria demais contigo.
Eu fiquei magoada com algo que até nem tem relevância, mas é porque é contigo. Tu com certeza vai dizer que é bobagem, que são coisas da minha cabeça e que não tem nada a ver. Mas eu vi a maldade, eu vi. E tu que sempre vê as coisas de longe, parece que fez que não viu.
Mas não vou falar por ti.
E também porque (não que eu te cobre) não foi fácil esses últimos dias pra mim.
Todo mundo parece ter mais o que fazer do que.. sei lá. Dizer alguma coisa boa pra alguém, dar um oi, qualquer merda. Sinto falta disso. Não da tua parte, mas sei lá, dos outros (e eu consigo afastar quem faz isso por mim. legal, Mayra, continue assim (Y).
Se descontei um pouco disso em ti, desculpa.
Acho que a gente só tá cansada.
Talvez os meus problemas sejam mais superficiais que os teus e eu seja uma puta egocêntrica e hipócrita que fica se queixando pelos cantos e que não faz merda nenhuma pra se ajudar. É, eu sei, isso é um defeito grave. Tanto que eu me ceguei tanto com as minhas preocupações que nem sequer pensei em ti também.
Haha, que ironia. Eu que vivo falando de reciprocidade, e gente que só pensa em si e que não se importa com os outros, dando mal exemplo.
É. Bicho triste que nós somos, não?
Mas são dessas imperfeições que a gente tira o crescimento. Uma vez eu li num muro "a dificuldade vem para polir a alma". Talvez um pouco profundo demais, mas faz sentido. Se não fosse isso, o que seria da gente? Certamente o tipo de pessoa que nós desprezamos. Acho que reconhecer é um bom começo né?
Enfim. Deixa pra lá. De nada me adianta essa minha doença que é o orgulho. Só consigo me fazer mais mal ainda.
Eu te amo, e por mais que seja difícil de eu dizer ou transparecer, tu sabe.

"I can’t find my goodness 'cause I lost my heart."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Na fossa com Smiths



Girl afraid
Where do his intentions lay?
Or does he even have any?
She says:
"He never really looks at me
I give him every opportunity
In the room downstairs
He sat and stared.
I'll never make that mistake again"

.....

So, what difference does it make ?
So, what difference does it make ?
It makes none
But now you have gone
And you must be looking very old tonight.

....

And I'm not happy and I'm not sad.

....

Morrissey é o cara.

sábado, 10 de outubro de 2009

Dia bipolar

Hoje foi um dia bipolar. Acordei bem até.
Depois fiquei tão puta, com raiva. Raiva de coisas tão insignificantes que sinto vergonha de me importar. Mas o pior de tudo isso é quando não te deixam nem curtir a tua amargura, e ficam te perguntando o porquê de tudo. Sai daqui, porra!
Enfim, logo veio o vazio. Sabe quando tu te sente tão sozinho que chega a dar uns calafrios?
Fazia tempo que não me sentia assim. Por um momento, todas as pessoas me fugiam. Tudo bem, com isso eu já tô mais ou menos acostumada, mas fazia tempo que eu não me sentia distante de mim.
De uns meses pra cá, acho que eu mudei muito. Aprendi a gostar e a me bastar com a minha própria companhia. Só que sempre, sempre que a gente mais precisa, parece que ninguém tá perto. Acho que quando as pessoas não se sentem bem com elas mesmas, precisam se encontrar nos outros (por mais que eu ache isso errado, isso acontece. não tem como evitar, nem fingir que não).
Parece que a confiança em tudo vai se perdendo. Em mim, nos outros. Por quê?
Ao mesmo tempo que precisava de alguém perto, queria que todo o mundo fosse à merda. HAHA, eu sei, é engraçado, mas porra. Não dá uma raiva disso? A maior parte do tempo eu me sinto como acompanhante. Me sinto como se eu servisse apenas pra dar suporte às pessoas. Só que na maioria das vezes, isso não é recíproco. Quando é a tua vez de falar, elas fingem que te escutam. Por prefiro ficar sozinha mesmo. Gastar saliva e tempo em vão, melhor sozinha. Rende mais, ao menos.
Mesmo assim, até tive esperança de encontrar alguma alma, ou alguém me ligar, mas..(o pior é que sempre a gente recebe alguma mensagem, e/ou alguma ligação, mas nunca é aquela que tu quer HAHAHA).
Aprendi a rir da minha própria desgraça. E disso começo a reparar o quanto a minha vida é medíocre.
Quando eu era pequena, achava que era especial. E até hoje, de vez em quando (sabe o filme "O Show de Truman"? mais ou menos isso. Já pensava assim mesmo antes de ver haha). Às vezes eu pensava que era algum tipo protagonista de um reality show, que todos me conheciam, e que todo o mundo existia em minha função. Quando eu morrer, tudo isso vai acabar (acho que eu inventei algum tipo de religião sem querer xD ). Agora, claro, isso tudo é tosco, mas na época, fazia todo o sentido pra mim. Quando eu era pequena, eu costumava ser a mais popular das menininhas. Todo o mundo gostava de mim. Todo o mundo brincava o que eu queria brincar (sim, eu era mais manipuladora do que sou hoje). Eu quase sinto inveja de mim mesma quando pequena! Haha. Agora parece que eu não existo. Que eu falo pras paredes.
Talvez eu tenha ficado chata, ranzinza.
Se eu morresse hoje... Bom. Talvez minha família, meus amigos sentissem minha falta. E só. 3 meses depois ninguém mais se lembraria.
Esse é o meu melhor "eu"? Toda a minha vida se resume a algumas meias lembranças?
Não que eu queria ser algum tipo de Jesus Cristo, ou entrar pra história. Mas acho que o sentido de tudo é fazer a diferença, ser importante pra alguém e ser realmente bom em algo.. É o que vai pra além da tua existência. É o que faz tu te sentir valorizado internamente, por mais que os outros não enxerguem isso em ti (porque não vão, isso é fato). O meu reconhecimento é o mais valioso de todos, e eu não acreditava muito nisso. Só eu sei o meu verdadeiro valor, e o quanto eu mudei e sei ser boa quando eu quero.
Se eu for esperar por atitudes alheias, vou morrer depressiva! Haha.
Ai ai. Ô vidinha.

http://www.mediafire.com/?emzmuazmktw
Musiquinha legal.
Comentários no outro blog.

Grande merda.

Bom. Ontem saí com alguma expectativa de ter uma noite agradável. Já tinha até idealizado um pouquinho quando cheguei.
Ah, tá bom, um aniversário.
Legal, não foi ruim. Não foi desagradável. Mas foi xoxo, exatamente o que acontece quando a gente imagina uma coisa e acontece outra (é relativo, mas nesse caso, foi uma merda).
Enfim, fiquei lá até umas 2:30 da manhã. Como ia dormir no meu primo que mora perto, liguei pra avisar que já estava indo. Quando eu escuto a voz dele no telefone:

"-Bah, olha so, quando tu vir tu me liga até eu atender, tá. Não tô bem meu, não tô bem."

A primeira coisa que me veio a cabeça foi tirar MUITO com a cara dele. Ele tava fazendo um churrasco pros amigos, comemorando os 18 anos dele. Tá, tudo bem, vai ver ele bebeu um pouquinho a mais, beleza.
Quando eu cheguei na porra do lugar, eu vejo umas 20 pessoas, APAVORADAS, todas me olhando "quem é essa guria? surgiu do nada" e eu timidamente dando boa noites e oizinnhos. "Que merda é essa" eu pensei.
Quando eu vejo um guri passando mal, branco, branco, branco que nem um papel, se vomitando todo, e uns 4 na volta dele.
Sei lá que espírito que baixou em mim, de prima cuidadosa ou mãe-maria (sim, todas as mulheres da família tem complexo de organização e limpeza - eu nao sou obcecada como elas, mas né, enfim). Só sei que eu fui organizando toda aquela gente, e pedi cuidadosamente pra quem quisesse, que fosse ajudando, mas quem ia pra atrapalhar que fosse embora.
Comecei a varrer aquele salão imundo, de carne, de anéizinhos de latinha de cerveja, de sujeira de tênis por causa do chão molhado. Juntei lixo do banheiro (cara, eu realmente tava louca, isso que eu nem tinha bebido ainda), limpei o tablado do churrasco, consegui fazer aquelas gurias me ajudarem e limparem o chão e os guris a cozinha e o vomitado do banheiro.
Cara, só sei que no final eu tava orgulhosa de mim. Parecia que todos me respeitavam. Ouvi comentários de longe ao meu respeito falando "Bah, a guria chegou do nada e arrumou tudo." Alguns vinham e perguntavam: "Com licença, mas teu nome é? O que tu é do Luiz?" HAHAHA. "Sou prima dele" eu respondia. "Vim ver como essa criança tá e acabei tendo que limpar a cagada dele".
Meu primo tava meio bebadozinho também, com a ex-namorada dele (que eu nem ia muito com a cara, mas que depois de ontem ajudando, subiu no meu conceito). Ver aquelas patricinhas todas "inhas" limpando aquele chão e tendo que limpar todos aqueles negócios sujos de gordura me deu uma felicidade vingativa, sei lá porquê.
Quando tudo já tava menos pior, peguei umas duas latinhas e me fui. Quando olhei a vodka, eu tava com tanto calor, tão feliz, e ao mesmo tempo tão puta, que também não pensei duas vezes.
Bah sério, que merda cara.
Mas no fundo foi divertido. Nunca que eu imaginei ter que passar por um perrengue desses. Nunca imaginei o quanto essa gente faz merda por beber umas cervejas e umas caipirinhas. Ah, faça-me o favor. Mas por mais que no começo da noite não tenha sido tão legal, ter que encarnar uma quase-mãe foi divertido. Me fez sentir mais do que todas aquelas pessoas sentadas ali, comentando o que havia acontecido. Porra, que merda, tira essa bunda da cadeira e vai ajudar.
Ah, mas deixa pra lá. Agora eu tõ aqui sozinha, sem nada pra fazer, sem ninguém pra sair, minha mãe provavelmente puta comigo por eu não ter avisado que ia sair e que ja tinha chegado, com 9 latinhas de cerveja e 2 garrafas de vodka pela metade.
Que merda.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nome Próprio


Hoje dei uma relembrada rápida em "Nome Próprio" do Murilo Salles, que eu vi há uns dois, três meses atrás. Lembro que na época eu não soube muito bem expressar uma opinião concisa. Talvez um pouco vulgar, mas seguido de uma boa interpretação da protagonista, Leandra Leal, no papel de Camila. Um pouco clichê demais. Moderninho demais. Tinha mais expectativas sobre esse filme.
Mas analisando melhor. Dá pra fazer uns "quotes" bem bons. Algumas das frases profundas da Camila me lembram um pouco (eu evito esse tipo de coisa, por achar melodramático demais. mas vez ou outra eu me pego filosofando coisas que até eu mesma acho ridículo, porém vindo de outra pessoa, até nem é tanto. coisas de Mayra.)
A personagem, um tanto quanto confusa (...) no fundo só queria se encontrar (escrevendo um livro). Mas o mais interessante disso tudo não é esse 'objetivo principal', mas sim os conflitos que ela gera dentro dela mesma e, consequentemente, com os outros à volta.
O começo do filme já é quase uma agressão ao espectador. A primeira cena se resume a um cara, jogando tudo o que encontra dentro de malas e caixas desesperadamente. Quando ele finalmente consegue por metade da casa dentro delas, ele a chama a então protagonista e a expulsa de casa. Ela tá pelada em cima da cadeira e os dois começam a brigar. É realmente uma cena tensa, visto que... né.
Depois disso ela começa a escrever enlouquecidamente, vai morar com um conhecido, encarna a faxineira e quase morre chapada. E assim vai.
Ao mesmo tempo em que ela deseja se apaixonar por alguém, ela não consegue ficar só com uma pessoa. Sempre acaba fazendo alguma merda, seja roubando ficantes de amiga (e transando com eles na praia) ou bebendo, enfim.
Uma das melhores cenas é o gelo no cara de Riberão Preto. Ela simplismente destrói, e ainda faz o cara pagar uns 20 drinks pra ela. Claro que no final ela acaba dando pra ele, enfim, mas é muito engraçado haha.

Camila (Beatriz):
- Eu preciso de alguém que me faça calar a boca. Alguém que me obrigue a escutar. Alguém que me domine. Eu preciso disso pra parar de ter vontade de ficar olhando pro lado o tempo todo. Preciso de alguem que me cure. Um homem que me cure. Acho que esse cara não existe. Quer dizer, eu ainda nao encontrei ele. Mas eu vou continuar procurando.
Cara:
- Beatriz, eu preciso dá uma mijada.

PQP HAHAHAHA

Mostra clara da sensibilidade masculina perante a uma fala feminina (e não uma fala qualquer). Às vezes a densidade das palavras que a gente tanto demora a formar dentro da nossa cabeça, acaba não sendo compreendida, e não só, desprezada por gente que não se importa em escutar o que os outros tem a dizer. Tá certo que no fundo eles tavam ali por um único motivo, cada um. Ele só queria comer alguém e ela só queria alguém suficientemente trouxa pra pagar os drinks. No final, acho que no meio dos enganos, os dois acabam se saciando, talvez não de uma maneira 'amigável', mas enfim. AauhaUHAuhAUAuha
No fim, ela acaba conhecendo um cara pelo blog dela (bastante acessado por sinal ehehe), se apaixonando, o cara sumindo. É mais um tipo de filme que vale por algumas cenas do que pela história em si.
Acho que a Camila representa claramente alguns fragmentos de solidão, confusão, excessos. Essas coisas que a gente passa quando a gente ainda não sabe direito o que é. Criança, adolescente, adulto. A gente ainda não tá pronto, não estamos prontos pros outros, pro mundo e tampouco pra nós mesmos. E isso é necessário. Esse período é bom pra se encontrar. Talvez não tão excessivamente, e com tantas quebras de limites quanto a personagem em questão. Mas estes servem pra refletir e quem sabe tentar relacioná-los com algumas coisas que a gente vê por aí e que nós mesmos ainda passamos.

"Fico pensando que ninguém se cura de nada, nunca. E a dor são os poros por onde transpira a escrita. Tudo sobra em mim, e ao mesmo tempo não há nada em mim. Sofro de nada, e de ninguém.."

Pra um dia de chuva..

Fruit tree
Fruit tree
No one knows you but the rain and the air
Don't you worry
They'll stand and stare when you're gone

Fruit tree
Fruit tree
Open your eyes to another yard
They will know that you were here
when you are gone..

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

People's Parties

"I feel like I’m sleeping.
Can you wake me?
You seem to have a broader sensibility
I’m just living on nerves and feelings
With a weak and a lazy mind
And coming to peoples parties
Fumbling deaf, dumb and blind

I wish I had more sense of humor
Keeping the sadness at bay
Throwing the lightness on these things
Laughing it all away
Laughing it all away
Laughing it all away."

Grande Joni.

http://www.mediafire.com/?mmowmdm5ky1

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aula de Literatura [pt. 2] - o amor platônico.

Aviso: alto teor de bobagens, perversões e idiotices escritas nesse artigo. Mesmo assim, gosto de me divertir e passar o tempo com elas.

Como ia chegar atrasada, decidi trocar de sala.
No primeiro período, perder alguns minutos de física é até bom. Fui para a sala 8, já pensando em sentar na primeira fila...
Passou-se. Matemática (atóron). Geografia, substituindo (ai ^.^ até fui citada, e meu nome foi colocado no quadro para um exemplo. O indivíduo não entendia o meu nome [repeti três vezes, não sabendo se o meu nome que era muito feio, eu que falo baixo demais ou ele que era surdo]. fiquei que era um pimentão.).
Chega o último período. Já tava suando as mãos - tu sempre chega atrasado.
Não consegui olhar pra tua cara. Me senti corar. Jogou o teu casaco a duas cadeiras de mim. Minha vontade era de pegar e sair correndo com ele. Enfim.
Cortaste o cabelo.
E assim começou a falar sobre a questão tosca do simulado do enem de sábado. Depois ainda mostrou o teu lado arrogante, ao ser questionado sobre quem faz o simulão serem os próprios professores do unificado. Tu disse que quem faz não é professor e sim algum indivíduo, classificado como (algum termo que nao lembro), uma espécie de 'masturbador intelectual'.
" -Como eu tô mau hoje não? Estranho, eu saí tão bem do campus. Ah sim, claro, minha felicidade toda é por lembrar de ter que dar aula hoje" rsrsrs (filho da puta hahahaha *-*)
Mencionou o mau-humor já citado pelo teu outro amigo (meu também professor) de sábado, visto que enquanto este estava lá no gigantinho representando a tua empresa perante aos participantes do simulado, tu, (com aquele teu tom irônico que eu adoro) disse que estava tomando champagne em casa. Hahahaha, ai ai.
Enquanto falava a matéria e escrevia no quadro do lado direito, vinha vindo a minha direção, à esquerda do quadro. Eu tava esperando ansiosamente algum filho da puta me dar algum bilhete pra te entregar (se fosse o caso, acho que até eu escreveria algum, discretamente). Quando já estava no meio do quadro chegou um. Fiquei vermelha, e estendi o braço na classe para que tu visse. Tu viu, e me ignorou por alguns minutos. Já tava ficando com cara de cu (marcante característica minha perante a essas situações normalíssimas, das quais eu fantasio uma possível chance de tu olhar pra mim), me sentindo a mais desprezada das criaturas.
Te olhei fixamente até que tu viesse a mim. Quando veio, tentei criar uma câmera lenta, essas coisas de filme. Aquela mão branquinha vindo até mim, tocou delicadamente nos meus dedos pra pegar o bilhete. Quase um orgasmo. Enfim.
Como se não bastasse, decidiu permanecer por ali. Escrevia no quadro mostrando duas das melhores coxas que já vi nos últimos tempos e com uma bundinha nada mal. E como se não bastasse [2], decidiu apoiar a perna em uma cadeira vazia, sem ser a do lado a minha a próxima. Não conseguia olhar pra cima. Sentia minhas bochechas fervendo.
Até que imaginei "1°: não adianta eu sentar na primeira fileira e ficar me escondendo. 2°, tô perdendo o espetáculo." Liguei o foda-se e continuei a te encarar. Vi teus olhos de perto, aguados e castanhos.
Quase te retruquei quando tu falou mal da Joan Baez. Tá bom, nem conheço muito dela, mas ela é boa sim (ok, o cover de Blowing In The Wind é ruimzinho, mas ela é boa cantando as músicas dela). Gosto quando tu fala de música. Tu também entende disso (apesar de eu não concordar em certas opiniões maldosas tuas, como esta da Joan, mas enfim). Tu é um merda.
Falou mais ainda de Dylan, Beatles, Stones e Pink Floyd (que eu nem gosto, mas vou baixar por tua causa).

"Now there's a look in your eyes, like black holes in the sky.
Shine on you crazy diamond."


Não consigo te imaginar ouvindo essas coisas. Muito """"chinelonas"""" pra ti. Bobagem minha (a única certeza é que eu tenho é que tu gosta de Chico Buarque e Nelson Rodrigues). Se tratando de ti, nada pode ser certo ou errado, bom ou ruim, tudo é duvidoso. Não sei até que ponto tu te esconde dentro do teu conhecimento e da tua arrogância. Só sei que eu gosto, e uma das coisas que eu mais desejaria hoje, era te desvendar.
Quando tudo já tava ficando bom demais, bateu o sinal. Guardei minhas coisas rapidamente e te vi descendo as escadas (engraçado como quando a gente gosta de alguém, a pessoa parece nos olhar de canto de olho. 99,9% das vezes é só impressão, mas enfim). Por fim, te vi entrando na sala dos professores pra te reunir com teus colegas. Enquanto isso, cá estou, no ônibus, escrevendo isso aqui.
Que Deus me dê forças na próxima terça-feira.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pensamentos de ônibus [pt. 1]

- Sim, amo 'paquerar' no ônibus. rsrsrsrs
- Odeio gente que senta no banco do corredor pra sentar sozinho.
- Odeio gente que senta do meu lado quando o ônibus tá vazio (HAHAHAHA, tudo bem, com ônibus cheio é questão de educação dar o lugar pras pessoas. mas pra quê vir sentar justo do meu lado com vários lugares vazios! Aí não né!)
- Não há nada que valorize mais um homem do que uma boa barba.
- Tenho tara, paixão, obcessão por professores. Professores são MUITO sexy's. Estar de frente a uma bela persona, inteligente, e toda atenciosa querendo de ajudar... (aliás, se for irônico, e até meio arrogante... nossa. Associado ao item anterior.. bom. :X )
- Há uma menina da qual eu pego o ônibus de vez em quando que eu acho atraente. Não me considero homossexual, nem bi. Há apenas uma atração, sei lá.
- Desprezo os homens fáceis. Os bons são difíceis de se aproximar. Dos misteriosos (e até dos confusos). Daqueles que tem o dom da sutileza, mas ao mesmo tempo sabem como agir quando querem algo. Toda a mulher gosta disso. No fundo, por mais que a maioria goste de se dizer independente (eu sou uma delas) nós gostamos de ser dominadas. Alguém que nos faça sair do nosso juízo, nos tome e nos guie. Existem exceções.
- Ao mesmo tempo que amo os mais velhos, por sua experiência e charme (idade não é documento, estou geralizando por dedução. isso não é aplicável a todos, com certeza), tenho fascinação pelos novos. Ingenuidade é uma coisa que sempre me atraiu. A ilusão de sentimentos puros, só é 'real' com os novinhos. Talvez esse pedaço 'ingênuo' ainda esteja impregnado em mim, mas gosto de ver nos outros. Quanto a isso, no papel de observadora, me tiro dessa categoria e me coloco como neutra. Deixo o meu caso e as minhas atuais 'concepções' de fora para analisar os outros.
- Me apaixono (momentaneamente) por estranhos.
- Não há nada mais divertido que olhar as pessoas. Vendo seus ciclos, imaginando de onde vem, para onde vão e o que pensam.
- Tenho medo de virar uma velha que faça da suas preocupações cotidianas "quem é a vizinha que se mudou pro andar de cima" ou "quem é o novo namorado da fulana da novela das 8". Aversão a gente desse tipo.
- Odeio gente que fala alto em lugares públicos.
- Odeio ficar brigada com as pessoas. O pior é o orgulho. Ele também me corrói. Ao mesmo tempo que não dou o braço a torcer ("a distância é a mesma") me pergunto se a pessoa ainda pensa em mim, como eu penso nela.

Continua.

E foda-se do que vão achar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Vocês são luz!"

Coisas estranhas que só acontecem com a gente.
Todo o mundo já pensou isso alguma vez. Agora, foi a minha.
Estávamos eu e uma amiga, felizes e belas, na redenção, sexta-feira, próximo das 19h, tomando um suco de uva. Até aí tudo bem.
Conversávamos tranquilamente ate que percebo um estranho vindo. Não uma pessoa estranha, mas um 'ser' estranho. Era um cara de uns 40 e poucos anos, com um moletom do avesso e uma camiseta verde por cima, e um all-star preto. Ele chega e senta com a gente. Assim do nada.

Lucila diz:
- Sim? Podemos ajudar?

Depois de alguns segundos de um silêncio agoniante, ele diz:
- Meninas, senti uma energia vindo de vocês. Vocês são grandes amigas, não?

Por um momento eu gostei do que aquele louco dizia. Eu sempre gosto de ouvir gente falando, por mais estranhas que elas possam parecer, e por mais bobagens que possam falar. Dei trela. Conversei normalmente com ele, como qualquer ocasião normal, como se eu fizesse alguma idéia de quem ele fosse e estivéssemos ali, aproveitando o momento, filosofando qualquer merda.

- Sabe menina, tu é muito sofisticada. Até teu jeito de vestir, a melhor que eu vi hoje. (um momento meio Ronaldo Ésper) Vou até te dar algo que combina com o teu broche (meu bottom da Cat Power).

Ele me entregou uma programação de shows na UFRGS. (show do Kassin agora em novembro *-*). Agradeci, coisa e tal. Depois disso, ele pegou no pé da Luh, com a postura e com o casaco dela hahaha. Depois de muitas trocas de olhares assustados entre ela e eu, decidimos ir embora quando o 'ser' disse:

- Meu nome é Alexandre, tenho 40 (e poucos) anos, moro com meus pais (por isso que deve ser louco). Sou esteticista... E eu tenho uma necessidade de estar perto de mulheres bonitas. É uma necessidade. E quando eu vejo que a beleza é completada com inteligência NÓÓFFA... Eu fico excitado.

._.

- Olha só, acho que a gente vai indo... rs

Depois, ele nos 'acompanhou' até parte do caminho, e foi embora, do mesmo jeito que chegou: do nada. Alívio. Hahaha.
O que se seguiu depois? Uma noite agradável, boas conversas, uma garrafa e um isqueiro vazios.

Nota mental: nunca mais dar trela a loucos com copinhos na mão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aula de Literatura?


Bom, devo confessar que nos últimos três anos de martírios escolares, esse não me foi um ano tão ruim.
Visto que surpreendentemente, há duas aulas das quais espero ansiosamente para ter. Tudo bem, eu gosto da matéria. Mas sinceramente, não me acho grande conhecedora. Sei dos períodos, alguns autores, algumas histórias, essas coisas que nos fazem decorar (das quais eu não tinha muito interesse, julgo pelos professores - sim, eles fazem toda a diferença).
Uma das poucas coisas que posso dizer que aproveitei, e que realmente gostei desse ano foram as aulas de literatura do meu curso pré-vestibular (aulas do colégio são descartáveis). Mas claro, não só pela matéria, como vocês já sabem.
Meus dois professores.. Bom. Não gostaria de cair no clichê "aluna apaixonada por professor" mas, quando se tem pessoas que REALMENTE entendem do que falam e conseguem transmitir com entusiasmo aquilo que sabem a nós, míseros alunos, é impossível não criar uma grande admiração à pessoa a sua frente.
Não gostaria de citar nomes, caso alguém que os conheça leia, e me dedure (pode até ser bobagem, mas eu sou cagona mesmo).
O João* eu vejo quase como um pai. Realmente, até vejo um pouco do meu pai nele e vice-versa, pela sabedoria com que os dois dizem as coisas. Às vezes sarcástico, irônico. Às vezes sensível. Direto. Sai com umas tiradas ótimas e sempre consegue dizer alguma coisa que faça a gente pensar. Eu admiro tanto esse cara que qualquer merda que ele fale eu acho engraçado (imaginem uma sala silenciosa e a retardada aqui rindo. É uma coisa meio estranha).
Hoje ele disse algo muito interessante. Falando de Clarice Lispector, "A Hora da Estrela", nos falou que a história é como se fosse alguém (o narrador, Rodrigo S. M.) que resolvesse contar a história de alguém comum (Macabea, no caso). Mas afinal, todos somos comuns? Sim, se olharmos de maneira geral, somos (ou pelo menos a maioria, rs). Não conseguimos enxergar alguém na rua e pensar: "Hum, aquele ali é incomum". Não. Mas se pararmos apenas para olharmos cada um, individualmente, é impossível adjetivar todas as pessoas de míseros 'comuns'. Alguns tem a vida mais previlegiada, outros não. Com mais movimento, outras nem tanto. Mas tudo depende do jeito que a história de cada um de nós é contada. Se pegarmos qualquer ricasso famoso como exemplo, sem qualquer noção e conteúdo para contar qualquer fato da sua vida, há uma grande chance de acabarmos dormindo sobre a mesa (tudo bem, ignorando as revistas de fofoca que tiram seu sustento disso hehe). Agora, qualquer um de nós que souber como falar de nós mesmos/de alguém/de algo de uma forma interessante e instigante podemos, sim, fazer uma grande história. Quem interessa não são (necessariamente) os personagens, e sim o narrador. Enfim. Foi mais ou menos isso que ele disse.
A vida não é assim? Dar importância demais 'ao personagem' e 'ao cenário', nos faz esquecer de contar a história em primeira pessoa (nooffa! HAHA). Somos um. Generalizar as coisas é um dos erros mais bobos (e mais frequentes) que cometemos. Quando aprenderos a ver o outro como um indivíduo único, com seu passado e seu presente, seus pensamentos, sonhos, medos e afins, talvez enfim, consigamos estabelecer alguma conexão real. Isso é compartilhar. Quem sabe até uma história (nossa, que texto "profundo". acho que era só pra falar da aula de literatura mas me empolguei um pouquinho).
Continua...
* nome trocado para garantir à pessoa mencionada sua indentidade preservada e evitar possíveis embaraços à dona deste blog.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Resposta.

Não sei. Capacidade de dividir espaço e respeitar, são coisas tão básicas que não acho que me satisfariam. Pessoas agradáveis? Sim, conheço várias. Mas preciso de mais.
Também não preciso de ninguém que me complete, porque já sou. O certo seria alguém para me 'descompletar', embaralhar as peças do quebra-cabeça. Encaixar cada uma, dia após dia, e pacientemente é o que daria sentido a tudo isso.
Fiquei exigente, sei lá. Por várias vezes aceitei, e fiz o possível para me adequar aos outros. Mas quem realmente interessa, não é preciso. Não há adequações a serem feitas. Há a naturalidade. E a tolerância, a longo prazo (creio eu, né).
Digo com toda a certeza de que, quem importa em primeira instância, sou eu.
Sim, posso ser uma vadia egoísta, uma guriazinha metida a experiente e que na verdade não sabe de porra nenhuma. Sim, essa sou eu, até porque vivo mudando essas minhas concepções mirabolantes. Mas não tenho mais vergonha de dizer isso e de agir como. Só conseguirei ser eu mesma quando finalmente saber andar com as próprias pernas, e achar alguém aberto a aceitar e receber isso.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Paris (e suas consequências).


Depois de muito tempo, cá estou. Não que eu tenha me esquecido do blog; por muitas vezes pensava nas coisas em que poderia escrever. Mas eram breves flashes, como quando quem sonha algo bom, ou tem uma idéia boa enquanto está dormindo, acaba não anotando em algum lugar e esquece no dia seguinte, enfim.
"- Você nunca se perguntou de onde vêm todos esses fios?
- Não, nunca penso nesse tipo de coisa.
- Bem, eu sim. E para onde vão, também."
Bom, precisei ver "Paris", do Cédric Klapisch de novo pra ver o quanto esse filme é genial. Tá bom, nada mais é do que histórias paralelas, no meio daquela cidade maravilhosa em que todo o mundo queria morar. Mas não é só isso. É mais.
Meio que sai do mundinho criado da maioria dos filmes. Esse é um filme que mostra não só o cotidiano de pessoas 'normais', mas seus medos e desejos, suas frustrações, suas expectativas. Coisas que todos tem, mas que nem sempre sabem exprimir. Aqui, é possível vermos várias reações e situações 'vagamente' familiares, nas quais nos identificamos. A partir daí, é possível analisar não só a situação do personagem, mas a nossa aos olhos de um espectador. E isso é uma das grandes características do filme (tudo bem, eu sei que isso não é uma coisa extraordinária e original, mas deixe eu me inspirar nele haha).
Os personagens são bem diferentes entre eles. Não posso deixar de falar primeiro da Binoche (sim, eu sou muito paga-pau dela) que tá linda demais. Ela sempre acaba passando a própria doçura dela pros personagens que faz. Interpreta Èlise, a irmã do 'personagem central', Pierre, feito pelo Romain Duris. Este, sofre de uma doença cardíaca dando-lhe poucos meses de vida. A partir disso, ele começa a ver a vida de outra forma, encontrando da sua janela - e vendo nas pessoas que passam - os seus heróis das histórias que inventa para si mesmo.
Ao decorrer da história, conhecemos outros personagens, como o divertidíssimo Fabrice (Roland Verneuil), que trabalha como um importante historiador, que logo se vê apaixonado por uma jovem aluna. Suas maneiras de lidar com seus problemas, segundo ele próprio (na ótima cena do psicanalista), sempre foram práticas. Nunca teve tempo para sentimentalismos. Quando se apaixona pela aluna, outros problemas como a morte do pai e outras frustrações também vem à tona. Então. É possível ver que às vezes, só com um empurrãozinho, o mundo acaba caindo em nós. Acabamos nos importando e se dando conta de quantas coisas deixamos passar e que muitas vezes nos ficam atravessadas. Absorvemos tanta coisa no dia-a-dia e das pessoas a nossa volta, que quando finalmente olhamos para nós mesmos, olhamos pessoas vazias, cansadas de ter que carregar tanto peso (e na maioria das vezes, desnecessários).
Ao final do filme, vemos Pierre a caminho do hospital, vendo todos os outros personagens seguindo suas vidas (diferentes ou não, ao longo do filme), analisando o quanto as pessoas adoram reclamar da vida, e se dizerem insatisfeitas com tudo. No fundo, nós gostamos disso. Temos nossas vidas, fazemos de tudo. Temos pressa, corremos, discutimos, resolvemos. Damos tanto valor ao que nem sempre nos é importante. E o engraçado, é que só ao final dela, percebemos isso. Do quanto poderíamos ter aproveitado mais e nos preocupado menos com os mínimos detalhes.
Ufa. Com certeza esse vai pra lista dos filmes favoritos. Como se não bastasse (claro), a trilha sonora também é maravilhosa (que depois de muita procura, logo logo vai pro outro blog).
Recomendo a todos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tropeço.

"O caso é que qualquer coisa que eu tome
Toma o meu lugar
E um gole de café ou de perfume
Pode revelar
Um outro envolto em crimes e vexames
Que usa meu bom nome
E em cada bar e salão
Tropeça em frente a tua vida
Carente de dizer-te, rente ao chão
Que ainda que te assalte
Um grito de pavor
Saltas sobre um grande amor
E cegas com teu salto alto
Um pobre a sonhar
Que brilha a luz do teu olhar."

Grande Nei.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mau-humor.

Tô de mau-humor sim, porra.
E AI de quem dizer que isso é coisa de mulher com TPM. Aliás, por que sempre tem um pra dizer isso? "Ih, tá de TPM?" TPM NO TEU CU, PORRA. Um conselho: se você for homem, jamais diga isso a uma mulher.
Aula chata, gente chata, gente que nunca ligou pra minha vida escolar dizendo pra eu estudar, UFRGS e ENEM, ônibus lotado, trânsito, mau-humor dos outros, minha gravação que ficou uma bosta, a internet que tá uma porcaria, gente que diz "vai chegar a tua hora".
Aliás, a hora de quê?
Adoram dar conselhos, se fazerem de experientes, entendidas. No fundo são outros bostas que nem tu. Todo mundo é a mesma merda. Gente triste, frustrada que não tem noção de nada e quer parecer que tem.
Principalmente em namoros, relacionamentos. Ah, como todo mundo adora se fazer de coitado, de experiente. Adoram dizer uns pros outros "é.. que canalha". Parece que é uma espécie de conforto botar a culpa nos outros. Olhe pra si mesmo primeiro!
Até fiz uma analogia bizarra quando tava indo pro cursinho.
O amor é como um circo. Alguns nascem para ser palhaços, outros, espectadores.
Quando se tem o palhaço e o espectador, até pode dar certo, visto que um diverte e o outro dá atenção. Aí, se tem um pouco mais de equilíbro.
Já quando se tem palhaço com palhaço, um quer mostrar pro outro quem é o mais engraçado. Por um tempo eles se aceitam, e até acham graça. Mas depois de certo tempo, começam a fazer piada do outro.
E o pior. Espectador com espectador. Bom, aí fica aquele silêncio, um esperando pelo outro "ser" fazer alguma graça. Afinal, estão ali pra isso (o que é o amor além de um entretenimento?). Só que ninguém se habilita. Aí eles ficam se olhando até cansarem e irem embora.

Cansada de gente medíocre. E principalmente, de mim. Puta que pariu, ô guria chata.

domingo, 30 de agosto de 2009

DIAMAN(du)


Ao invés de me enfurnar dentro de uma sala de aula em pleno domingo de manhã, fui a um concerto. Mas não era um concerto qualquer. Yamandu Costa (do qual eu tenho vergonha de dizer que conheço muito pouco), chega em Porto Alegre acompanhado da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, sob regência de Jocelei Bohrer.
No meio de violoncelos, violinos e contra-baixos, o violonista gaúcho mostra todo o seu talento, do qual desde pequeno exercita. Não é a toa que com apenas 16 anos ele abriu um show do Baden Powell em Porto Alegre (puta que o pariu! com todo o respeito ehehe). Enfim. Com certeza um dos espetáculos mais bonitos que eu já vi na minha curta vida.
Yamandu tem um "feeling" extremo. Suas feições variavam conforme o rumo que a melodia tomava. Ora parecia um garoto fazendo arte, brincando com seu brinquedo favorito, ora sua expressão se fechava, sentindo cada nota entrando dentro dele, que o atingia, o sufocava, o libertava. Isso é música. Isso é o poder que ela exerce sobre nós. Em "Valsa Triste" (que infelizmente, não achei nenhum vídeo com a interpretação dele no youtube) nem eu me contive.
Seguiu-se o show. Era tudo perfeito: a sincronia, os arranjos, a harmonia da orquestra. Esta, complementava com classe e beleza o som do violão. Com certeza, toda aquela magia ali presente, tocava o íntimo de cada um presente. Logo após, veio ao palco ... (achar nome rs.), tocando acordeon, presenteando o show com um toque gaúcho, ares de milonga. Rapidez, agilidade, força, intensidade. Ufa.
Ao final, juntou-se tudo. Um pouco do erudito com a milonga, com o choro. Toda a requinte e a ousadia que se pode imaginar. Era técnica, sentimento, paixão, intensidade (acho que eu tava meio sentimental mesmo haha). Enfim. Com certeza esse espetáculo merece todos os elogios exagerados existentes. Inesquecível. Espetacular. Magnífico. Bravo.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Egocentrismo relativo.

Por que sempre a relatividade? "Ah.. talvez, pode ser. Hum, é."
A certeza está ligada ao desejo e à segurança. Mas acho que está só me acomete quando realmente admiro e amo algo.
"Não posso correr riscos". Porra! Quem disse isso? Daonde eu tirei isso? São os riscos que fazem com que a gente se sinta vivo e aberto a algo.
Às vezes eu me odeio por ser tão neutra e receosa. Sinto que não consigo ser eu mesma inteiramente em certas situações. Posso morrer de vontade de falar algo, fazer um gesto. "Mas e se parecer ridículo? E se me acharem idiota? E se...".
"Não posso, não quero, não devo." O que eu tenho a perder, porra!?
Tenho minhas razões, opiniões e personalidade desenhadas. Ficar no meio termo da subjetividade é recusar as milhões de possibilidades de novas experiências, qualidades e defeitos (que eu possa vir a absorver), e situações que poderiam ser melhor aproveitadas.
O meu 'eu' e o meu futuro não podem ser contruídos de incertezas. Caso contrário, eu viveria uma vida incerta, sem paixões, sem expectativas, sem nada.
Quem quer isso pra si?

sábado, 22 de agosto de 2009

Tristeza [pt.1]

Tristeza é ficar sozinha em casa (o que é raro) e não fazer porra nenhuma. Acho que vou no supermercado e comprar um litrão de vinho e alugar algum filme beeeem ruim.
Ou sair com o pai.

Ô tristeza!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Alegria [pt. 1]

Alegria é sentir o vento frio batendo no rosto numa manhã de sol, ouvindo Iris do Bob Dylan.

She said "Where ya been?" I said "No place special."
She said "You look different." I said "Well, I guess."
She said "You been gone." I said "That's only natural."
She said "You gonna stay?" I said "If you want me to, yeah ".

http://www.youtube.com/watch?v=lZWz-9x68uM

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Desculpas e projeções.

Eu me desculpo por ser arrogante e sem paciência.Por sair dando patada sem nem ouvir o que tu tem a dizer.
Eu me desculpo por não me dedicar tanto ao que seria minha única obrigação. Mas tenta entender. Isso também não é fácil pra mim. Eu faço o que me obrigam. Me disperso facilmente, mas ao menos eu tento. Às vezes o cansaço me vence. Me sinto triste com isso.
Me desculpo por não falar pra ti das coisas que eu sinto, e mentir de vez em quando. Mas é necessário pra evitar que as coisas ficassem piores.
Me desculpo por não prestar atenção no que tu diz.
Me desculpo por não ser como tu queria que eu fosse. Sou mais parecida com o cara que tu te separou (mas que amou mais de 18 anos), que tu vive dizendo que tem um "gênio" forte demais. Talvez eu tenha herdado isso e, sinceramente, eu tenho orgulho, não vergonha.
Me desculpo por falar contigo só pra te pedir dinheiro ou te cobrar alguma coisa.
Me desculpo por achar chato tudo o que tu fala, e debochar de ti mentalmente quando tu vem com as tuas teorias psicológicas do qual eu acho que tu decora dos discursos das tuas amiguinhas.
Me desculpo por achar que tu é uma baita irresponsável por várias vezes, e não te dizer nada. É que acho que se dissesse ia ser pior.
Me desculpo por achar ridículo tu dizer as mesmas coisas, fazer as mesmas promessas todo o ano e não cumprir nenhuma.
Me desculpo por não te dizer nada disso do que tô escrevendo aqui e deixar que as coisas continuem desse jeito.
Se um dia eu e tu (sim, tu) crescermos, talvez a gente se entenda. Mas acho que as coisas só vão mesmo se acalmar quando uma morar longe da outra. O problema é que eu não sei quando isso vai acontecer, mas.. Sinceramente, eu espero que não demore muito. E espero que tu não me cobre por isso, porque é necessário, não só pra nós, mas pra mim.
Eu herdei a tua ânsia por independência, a tua que até hoje tu não conquistou. E isso eu intimamente cobro de ti, todos os dias.
As coisas poderiam ser muito diferentes se tu e o teu ex-marido tivessem mais cabeça. Mas enfim. Eu espero não ter que pagar por vocês dois. Uma hora os problemas vão cair sobre mim e eu tenho consciência disso.
Vocês são como quando se casaram, dois adolescentes que mal sabiam se virar sozinhos. A diferença é que agora vocês tem 20 anos a mais.
E disso eu nasci. É, tudo bem. Eu sei que se talvez nós fôssemos uma família unida, feliz e bem estabilizada eu talvez seria diferente do que sou hoje. E sei que não teria a cabeça que eu possuo (não que eu tenha muita, mas tudo bem), e isso é um lado bom. Mas eu sou humana, e penso no que as coisas poderiam ser melhores.
Mas uma coisa que a Ângela disse é que em termos financeiros, nada do que a gente ganha é realmente da gente. Não que eu seja ingrata a vocês, porque sei que tudo o que vocês me deram, vocês suaram muito pra conseguir, e deram por mérito de vocês. Reconheço (por mais que as vezes não pareça)isso.
Aí eu vi o lado positivo que talvez, mesmo que eu nunca ganhe de vocês os confortos que os meus semelhantes tem, eu vou poder batalhar por isso. E o mérito vai ser muito maior. Muito.
E aí, um dia eu vou poder mostrar não só pra ti, mas pra todo mundo que a mais quietinha e a menos "sortuda" já caminha com as próprias pernas. A que não é uma fútil cheia de roupas, que estuda na melhor uniiversidade de publicidade ou o adolescentezinho típico, que jura que vai ganhar um carro pós-18 e que perde tempo e dinheiro não prestando a atenção em porra nenhuma na aula de cursinho, contando com o auxílio do papai pra entrar numa puc, ou sei lá o quê.
Haha, não que eu seja melhor do que eles, de maneira nenhuma. Mas sei lá, por mais que eu tenha meus defeitos, eu pelo menos tenho mais noção de como as coisas são. Vou dar mais valor, e vou correr mais atrás das coisas, por mim. Sem depender de vocês. Nem de irmãos, nem de ninguém.
Eu só conto comigo mesma. Essa é a única certeza que eu tenho pro resto da minha vida. E quando eu finalmente alcançar isso, o meu maior desejo é poder retribuir a ti e ao teu ex-marido o que vocês me deram, e, quem sabe, dar a vocês a oportunidade de finalmente de caminharem com as próprias pernas.

All Along the Watchtower.

"No reason to get excited," the thief, he kindly spoke,
"There are many here among us who feel that life is but a joke.
But you and I, we've been through that, and this is not our fate,
So let us not talk falsely now, the hour is getting late."

Dylan sabe o que fala. Realmente não há razão para ficar excitado.
Alguns levam a vida na brincadeira e por sua vez, e acabam não extraindo nada do que se passa na volta. Às vezes se dá a chance, mas se joga pela janela.
Também não há razão para ser falsa. Afinal, não devo nada pra ninguém.
E já passou da hora de eu me conscientizar disso.
Olha, eu realmente não me importo mais com o que os outros fazem ou deixam de fazer pra mim. Reconheço, e admiro quando recebo algum elogio, alguma palavra de carinho, um gesto. Por mais que as vezes não saiba contribuir, ou o jeito certo de agir, eu reconheço sim.
Porém se eu acabo esperando algo e este acaba por me decepcionar ou não vir, acho que já não me importo mais. Porque chega uma hora que isso já não é mais novidade sabe? Levo isso como algo normal. Das pessoas não se pode esperar nada. A única certeza que tu pode ter é o quanto tu pode ser capaz de ser bom a alguém (e às vezes nem isso).
Aos poucos tô perdendo as minhas expectativas também. Acho que quando não se idealiza nada é que se pode apreciar mais alguma coisa. Há a surpresa (caso a circunstância dê certo). Até meus filmes favoritos são exemplo disso. Não dava nada pelo começo da história e acabei me apaixonando depois. Haha.
Enfim. Com pessoas a coisa não deve ser muito diferente.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ídolos.

No fim, matei cursinho pra adiantar trabalhos e até agora não fiz porra nenhuma. Coisa boa. Tava sozinha e até toquei um pouco, que fazia tempo.
Acho que todo o mundo já teve aquele sonho de montar uma banda quando piá né? Eu por exemplo, quando tinha meus 6, 7 anos, meu sonho era ser a Geri das Spice Girls. Ou a Mili das Chiquititas. Só lá pelos 11 evolui pra Avril Lavigne HAHA (adoro essa "escadinha" que a gente constrói com os nossos ídolos, hehe). Daí o tempo foi passando. Agora a da vez é a Chan (espero que pelo menos dessa eu não sinta vergonha de tê-la admirado daqui a alguns anos hahaha).
Enfim. Domingo passado, vi uma bandinha chamada "bluegrass" tocando na redenção. Puta merda. Um violão, um contra-baixo (daqueles tipo rabecão), um bandolim e um violino. Onde se encontra gente que toque isso? haha. Eles tavam tocando uma coisa meio rockabilly, meio country. Achei do caralho.
Desde aquele dia fiquei matutando. Porra, se eu realmente me dedicasse a tocar algum instrumento, quem sabe um dia né? Eu sei, eu sei. Acho que eu ainda não cresci do meu antigo sonho musical e tal. É que eu realmente acho que a música contribui na vida das pessoas, e não só pra quem ouve mas principalmente pra quem toca. Quando eu vejo aquelas criaturas tocando, com aquele olhar de cumplicidade e aquele som saindo dos intrumentos (óbvio, depende do som rs) parece que eu entro em transe. Se por acaso, algum dia eu venha a experenciar isso, acho que vai ser um dos momentos mais felizes, sei lá.
Enfim. Pareço uma maluca.
Mas.

Ah, vocês conhecem "Werewolf", da Cat Power? Achei um cover legalzinho na internet. Pra quem interessar..:
http://www.mediafire.com/?tdnwztzdmdg
Podem comentar sobre, rs.

domingo, 16 de agosto de 2009

Volta às aulas?

Depois de duas semanas extras de férias, é natural que aquele gostinho doce do "não fazer nada o dia inteiro" se torne amargo num passe de mágica. Se antes era ruim, agora vai ser pior.
Sei lá, ando de saco tão cheio dessas cobranças de vestibular e aula (e nem só isso, mas de tudo também) que simplismente ignoro. Não vou me quebrar, não vou me estressar. Claro que vou fazer o meu melhor, mas toda a vez que chego em casa de noite, depois de um puta dia cansativo, parece que é uma vitória.
Acordo pensando quando vou voltar pra cama. HEHE.
Ah. Poxa, eu não sou uma máquina, não vou aprender tudo, nem decorar as 2318743546837435 fórmulas de geometria analítica.
Uma pausa pro café. Uma pausa pra ver um pôr-do-sol no gasômetro. Pra caminhar na redenção. Pra dar uma olhada numa livraria. As vezes a gente esquece desses prazeres, quando a gente tá treinando pra virar "o futuro do Brasil". Mas o que eu quero do MEU futuro? Nem isso eu sei. Será que "eles" pensam nisso?
Vontade de pegar meu violão, uns cadernos, umas folhas e ver o que eu consigo extrair de mim mesma. Talvez é isso que falte pra eu decidir o que eu vou fazer da minha vida, sei lá (devo ter sido hippie na outra vida).
Mas enquanto isso, eu vou decorando as Leis de Newton.

OBS: Um bom dia pra Nick Drake.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

-

There’s a dream that I see,
I pray it can be
Look cross the land, shake this land.
A wish or a command?

I dream that I see, don’t kill it, it’s free.
You’re just a man, you get what you can

We all do what we can
So we can do just one more thing

We can all be free
Maybe not in words.
Maybe not with a look.
But with your mind.

http://www.youtube.com/watch?v=9Vj_tR4p184

domingo, 9 de agosto de 2009

Comes Wander With Me

http://www.youtube.com/watch?v=bH1TkRJFSZk

E precisava tudo isso?

Ok, errei.
Admito. Mas pelo menos não sou tão irredutível a teu ponto.
Te pedi desculpas, e tu nem a isso prestou.
Se agora estás bravo por outros motivos, te asseguro que irei pagar pelo estrago material que te fiz. E o quanto antes. Não gosto de ficar em dívida com ninguém.
Foda-se essa tua pose de poderoso. Esse teu desdém, e essa questão toda que tu faz de parecer arrogante e acima de tudo e de todos. No fundo tu és triste.
Correr atrás de ti eu não vou mais. O que eu quero mesmo é sair dessa dívida contigo. O meu melhor eu já fiz, que foi te dizer o que me incomodava e te pedir perdão pelos erros que considero válidos. E a chuva não tem culpa por não podermos resolver isso frente a frente. Falta é vontade.
Guarda a tua arrogância e desdém pra ti, somente. Quando te restar apenas isso tu vai ver QUEM vai te sobrar. Sei que tu tem muitos outros amiguinhos, muito melhores que eu, por sinal. Eu olhava e achava tudo aquilo o máximo. Mas agora penso que aquilo são só pessoas que mais querem se afirmar umas às outras. Não consigo ver nenhuma expressão sincera naquela gente. Enfim, cada um tem os amigos que quiser. E espero que tu te divirta e aproveite com eles o quanto tu puder.

Meu homem!

Bonito, charmoso.
Bom gosto pra música, livros.
Carinhoso, cavalheiro, inteligente, generoso, querido.
Cozinha (e se cozinha!), lava, passa... O que eu quero mais da vida?
Acho que nunca vou conseguir expressar o quanto eu amo esse cara. Só de pensar minha vida sem ele, me dá um frio na barriga. Não tem como explicar.
Me ensinou a ser boa parte de quem sou. A cada conversa, uma lição. Admiração é pouco. Espero um dia, talvez, poder te retribuir tudo o que ele fez por mim.

EU TE AMO DEMAIS!
Parabéns pelo teu dia, pai. ♥
Em homenagem: http://www.youtube.com/watch?v=rWovzUEe4l8



GATO! *¬*

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Carta ao (ex?) amigo.

Me instigaste a me tornar uma pessoa mais interessante. Tenho fascínio pelo que julgo misterioso e difícil de conhecer/entender. Tu me apareceu numa “boa” hora, já és o oposto do que estou acostumada . Tens bom gosto. Sabe ser doce a amargo ao mesmo tempo. Isso que fez com que gostasse de ti quase que instantaneamente.
Me dissestes uma vez que quando tomasse gosto por escrever, se tornaria um vício. Pois acertou.
No começo, tinha quase medo de ti. Depois vi que tu não era tão mal assim. Talvez um pouco mais.
Me incomodou saber que gostavas de mim quando eu, na época, parecia mais perdida do que sou. Pareces que tens mais um instinto fraternal do que apreço por mim.
Acho que mudei. Não sei para que lado, mas mudei.
Enfim.. Não sei por onde começar.
Dessa situação (a razão pela qual escrevo), só enxergo o quão desprezíveis as pessoas podem ser por... quererem se enganar, por algumas ilusões. Só que desta vez tu te enganaste. Desta vez, eu estava no meu controle. Não entreguei o meu juízo a qualquer. E quando te disse isso, riu da minha cara.
Não sei se tuas palavras foram de ciúmes, “possessivas” como tu costuma dizer, ou de nojo. Não me considero digna de pena, mas do teu desprezo não. Dói.
Sei que teu orgulho vai achar esta “carta” uma bobagem só. Mas eu não consigo (ainda) ser tão hipócrita.
Deixarei de ser apenas tua amiguinha admiradora. Por isso, acho que tu não me leva a sério. Certa vez, me disseram que eu parecia uma fã tua. Talvez essa pessoa tivesse razão. Por um descuido e exagero da minha parte. Não menos de uma vez eu mesma exaltei minha admiração por ti, e agora penso que foi um erro. Mas quero evitar lamentações.
Enfim, por vez, acho que tu riria disso, se caso lesse. Porém, tenho em mim o descargo de consciência de por isso no papel, caso queira algum dia dizer-te algo.
“Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar, não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto, mas o que eu digo."
Não irei mais te importunar, se caso aches necessário. É claro que meu apreço por ti (apesar de tuas palavras) não mudará, porque sei que tu és assim, e te conheci desse jeito. Porém sou impaciente e o silêncio alheio me incomoda.
Não esperarei tua resposta agora. Mas quando quiseres, sabes que pode aparecer.
Vou terminar essa patética “carta” como comecei. Não sabendo onde terminar.

No final, acho que vou ver isso que escrevi como um exagero. Tu resolve tudo tão simplismente. Eu que geralmente dramatizo tudo. Acho que não conseguiríamos ficar brigados (pelo menos por muito tempo). Espero que isso sirva a nos tornarmos um pouco mais tolerantes com as nossas diferenças. E um pouco menos orgulhosos.

Auto-suficiência.

Pela primeira vez em muito tempo, me sinto confiante.
Sei lá. Confiante!
Acho que eu enjoei desses meus receios, desses meus medos estúpidos. O que eu tenho a perder afinal?
É quando isso acontece que acaba se percebendo certas coisas que "normalmente" (leia-se confusa ou insatisfeita com algo ou alguém) não se nota.
Como por exemplo, o quanto as pessoas podem parecer mesquinhas depois de certo tempo. A gente fica meses, anos sem falar com elas, e quando as vê, conclui que este ser não mudou nada. Continua com os mesmos hábitos, mesmas leituras, mesmas músicas, mesmos pensamentos, mesmas ações.
Eu realmente devo ter problema. Haha, acho que por eu ser uma pessoa altamente inquieta comigo mesma, por consequencia acabo esperando que os outros também sejam como eu. Talvez por isso acabo enjoando das pessoas. Não há boas conversas, boas trocas de idéias e etc com gente que não tem novidade, que não muda, que não se atualiza. Ou que pelo menos tenha alguma experiência de vida (o que em pessoas da minha faixa etária não conta, obviamente).
O pior de tudo é querer instigá-las, e não obter retorno. Por mais que se tente, há aquelas que não conseguem, simplismente não conseguem se libertar daquele velho "eu". É tão trabalhoso mudar, não?
Talvez por isso, acabo deixando pra trás boa parte de conhecidos meus. Que ou estacionaram no passado ou acabaram regredindo. Como é difícil achar pessoas interessantes, das quais se possa compartilhar coisas. Afinal, é disso que são feitos os relacionamentos, tanto na amizade, como em namoros, etc.
Como diz a Celine, em Before Sunset: "depois de se dar mal algumas vezes, tu esquece as "exigências" e aceita o que a vida dá". É esse o meu medo, de desistir.
Mas agora, neste momento, sinto que sou auto-suficiente. Afinal, viver esperando é algo do qual eu já me acostumei, mas chega certo tempo em que se pesa na balança o que realmente vale a pena. E esperar por alguém, por algo, é um atraso. Só eu posso me contentar, se eu tiver força e capacidade de correr atrás do que eu julgo interessante e importante. Logo, eu atraio pessoas. Isso eu já devia saber. E julgo que quem lê também saiba. Mas as vezes a gente acaba esquecendo, por devaneios usuais.
Ufa. Cansei. Acho que isso tá mais pra desabafo.
Enfim.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Novo!

http://songforbobby.blogspot.com/

Fiz outro, sobre música e, ocasionalmente, filmes.
Não acho que iria combinar links de cds e minhas opiniões aqui. E como 'prometi' que iria falar sobre esses assuntos logo no primeiro post desse blog, decidi separar os assuntos. Deixei esse aqui pra falar sobre meus devaneios fúteis do dia-a-dia haha.
Enfim, pra quem quiser dicas, lá estarão. :)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

E no final...

Enfim. É isso. Pois é.
Como saber exatamente quando é o momento em que tudo acaba? Quando não há mais nada para ser dito, esclarecido nem mostrado?
Ah. Algumas pessoas tem mais facilidade de perceber. Talvez por desistirem mais fácil. Não que isso signifique fraqueza.
Outras, tentam, tentam e tentam chegar a um lugar que na verdade, nem elas sabem onde pode dar. E isso dá um desgaste...
Mas afinal, por que tudo tem que durar pra sempre? Quem definiu isso?
Todas as coisas que nos pertencem, coisas das quais nos interessamos só fazem sentido enquanto elas nos fazem bem, de certa forma. Por que com relacionamentos as coisas tem de ser diferentes? Pra quê insistir em algo que não se pode mais extrair nada?
Necessariamente, não é preciso haver discussões, brigas e um culpado. Simplismente me dei conta que é hora de me afastar para evitar posteriores dores de cabeça.
E faço isso por mim, nada mais. Afinal, é cada um por si, sempre foi e sempre vai ser assim.

Escrevendo e ouvindo:
Manhattan Skyline - Kings of Convenience
http://www.4shared.com/file/121655894/d6170a2d/13_-_Manhattan_Skyline__Bonus_.html

terça-feira, 28 de julho de 2009

Meu "eu" aleatório (?)

Falando em Boca Livre, e música...
Sábado passado fui com o pai num show em comemoração aos 10 anos de um programa de rádio da FM Cultura, o "Sessão Jazz", apresentado pelo Paulo Moreira. Eu, leiga nesse tipo de música, apesar de gostar muito do que conheço (Diana Krall, Billie Holliday, Nina Simone, Pat Metheny, Jamie Cullum ...) fiquei absolutamente maravilhada com toda aquela energia da banda ali presente. “Luizinho Santos Quinteto” (nome curioso haha), formado por Luizinho nos saxofones e flautas, Bethy Krieger no piano, Lucas Esvael na guitarra, Airton Zetterman no baixo e Marquinhos Fê na bateria (esse último, um monstro huahuauah). Eles tocaram de tudo. De bossa nova à jazz, tudo na base do improviso. Cada um com o seu espaço, mostrando o porquê de estar ali tocando pra toda aquela gente, numa noite fria de 5°C. Por amor à música. Só por isso. O clima de cumplicidade, de harmonia entre aquelas pessoas, a troca de experiências, e a alegria de estar ali, mostrando toda a sua arte pra platéia fazia com que tudo tivesse um "quê" de especial.
Eu, apesar do começo estar irritada com o cara do meu lado (por não ter lugar, fiquei longe do pai) que ficava fungando e fazendo barulhos com a boca, fui descobrir que ele era um trompetista que posteriormente iria se juntar à banda e literalmente dar um show. Puta merda. O cara ainda veio falar com a gente depois, dizendo que viu que eu tava puta já, que tava com medo que eu levantasse e desse na cara dele HAHAHAHAHA. Nossa, que vergonha.
Mas enfim. Mesmo assim, o cara foi super simpático. Depois do show, o pai fez questão de cumprimentar todos (e eu na cola né haha) e tal. O melhor de tudo, é ver que aqueles músicos são gente como nós, são meros humanos, com seus problemas, aflições e contas pra pagar no final do mês. Mas eu, na minha humilde concepção, creio que elas se diferenciam sim, das outras. Apenas o fato de proporcionar aquele espetáculo sem sequer cobrar um centavo, estar ali, somente por diversão, fez com que eu visse isso de algo mais sério. Não que eu pense em me tornar musicista profissional (apesar de já ter pensado nisso, mas.. voltemos à realidade hehe), mas visse a música como parte de mim. Seja triste, alegre, feliz, pesada, suave, calma. Eu sou o que ouço.
Definitivamente, não há vida sem música.
Enfim. Viajei bonito. Mas ah, seja como for, posto isso só pra me lembrar que quando eu estiver sozinha, realmente sozinha, uma música pode salvar meu dia (ou afundar mais ainda haha). Em ambos os casos, desamparada eu não vou estar haha. x) - e o título,não pensei nada pior pra botar. haha

Caravana

Corra não pare, não pense demais
Repare essas velas no cais
Que a vida é cigana
É caravana
É pedra de gelo ao sol
Degelou teus olhos tão sós
Num mar de água clara...


Boca Livre dia 3/8! :D

domingo, 26 de julho de 2009

Searching for a heart of gold.

I wanna live,
I wanna give.
I've been a miner for a heart of gold
It's these expressions that never give
Keeps me searching for a heart of gold
And I'm getting old...

http://www.youtube.com/watch?v=Eh44QPT1mPE

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Empty Shell.

Por que nos apegamos a pessoas que nem mesmo gostamos?
Conveniência? Talvez. Cada um tenta tapar as carências do outro, apenas com alguns encontros casuais, uns beijos, uns amassos e palavras vãs.
Óbvio que isso é bom por um tempo. Mas não funciona sempre assim.
Por mais que tentemos mudar, e quem sabe, até fazer um esforço para com a outra pessoa, a fim de tentar estabelecer alguma ligação um pouco mais concreta, na maioria absoluta das vezes, vejo que não vale a pena.
Talvez por ao longo do tempo começar a descobrir os defeitos da outra pessoa.
Suas fraquezas, pontos fracos. Começo a enjoar. E acho que vice-versa.
O problema disso tudo, é que fico mal com isso. Não gosto de ver as coisas se desfazerem na minha frente, e não fazer nada. Só o que um não quer, dois não fazem, seguindo o clichê.
Hoje em dia, nem só relações como essa estão assim. Até mesmo namoros, casamentos, amizades. Quando não há mais surpresas, quando não há mais novidades e mistérios a serem descobertos no outro, as coisas tendem a cair no tédio e se deteriorando até... o fim.
Lamentável. No fundo, ninguém sabe a fórmula da "longevidade de relacionamentos". Eu realmente não acredito em amor eterno. Mesmo em casais que se "aturam" por mais tempo, deve haver o momento em que a coisa morre. E que só se vive junto por costume, e talvez por companhia.
Ou eu esteja só aqui falando merda, por não saber lidar com meus próprios sentimentos e com os outros.

"O rosto se perdeu
O gesto se desfez
Depois daquele beijo teu
Nada real ficou.
Nenhuma lágrima
Nenhuma dor sequer
Só o mistério desse amor
Pelo que já não sei.
Valérie
Quero te ver
Só pra te esquecer."

http://www.4shared.com/file/82768666/f9c51b1f/Vitor_Ramil_-_Tambong_-_08_-_Valerie.html?s=1