Ok, tenho que parar de julgar filmes por seus gêneros. Minha resistência contra filmes românticos/comédias românticas são por falta de saco pra clichês. Mas não sei se é eu que ando com sorte de achar filmes, se um pouco romântica ultimamente, ou os roteiristas que andam aprimorando mais os filmes. Vai ver que não é só eu que ando de saco cheio dos mesmos finais felizes e eles começaram a fazer as coisas mais reais. É um novo jeito pra arrecadar mais dinheiro, mas enfim.
Vi "500 days of Summer", com a Zooey Deschanel (sem comentários) e um tal de Joseph Gordon-Levitt (que eu não conhecia, mas o guri é bom). É daquele tipo de filme que tu já tem uma perspectiva do enredo previamente montada só ao ler a sinopse. Tudo bem, eu não vou questionar um velho jeito de fazer filmes desse gênero. O fato de eu diferenciar esse filme da maioria, é que por mas que o final seja esperado, a forma com que a história é contada, o jeito que o filme evidencia os sentimentos do protagonista (a parte da expectativa/realidade foi simplismente genial. li que foi uma referência a um filme do Woody Allen -Noivo Nervoso, Noiva Neurótica, do qual eu me obrigo a ver haha). É de uma maneira tão sincera e clara que não tem como não se comover.
Eu sou suspeita pra falar, porque sempre, sempre que eu gosto de filmes que tenham dois personagens centrais, eu consigo me indentificar com os dois ao mesmo tempo, mesmo que eles se contradigam. Na verdade, essa sou eu.
No caso, ela, é o tipo de pessoa que eu sou a maior parte do tempo. "Racional", sem perspectivas, tranquila e que preza por liberdade. Alguém atrás cobrando, não é legal. Ela não chegou a falar detalhadamente sobre relacionamentos anteriores, mas certeza que o pensamento dela pode ser aprimorado por eles haha. Já o carinha.. Bom, ele talvez seria eu apaixonada. Não sei. Não tenho certeza. Mas eu me indentifiquei com ele um pouco. Talvez por ver o amor como algo seguro, e não como algo relativo. Não que ela seja indiferente a ele ou insensível, a diferença é que ela não tinha a certeza. Os dois se gostavam, fato. Mas às vezes as coisas não dão certo porque não é pra ser, mesmo que haja vontade de ambos. Isso eu aprendi sozinha, depois de levar algumas vezes na cabeça. E como o próprio filme mostra, o protagonista também teve que aprender do jeito mais difícil (não que isso seja ruim, muito pelo contrário. só assim se amadurece de verdade. não raramente encontramos pessoas confusas, não só sobre amor, relacionamentos e tal, mas com elas mesmas. e sabe como se sai disso? ficando sozinho. o problema é que tem gente que não consegue, mas aí é outra história...).
Sei lá. Hoje, eu tô tão tranquila em relação a isso que eu mesma me surpreendo. Assim como tem pessoas que a gente se apóia quando a gente precisa (falando de modo grosseiro: pessoas que a gente tem na reserva quando a gente tá carente o suficiente pra poder se sentir melhor - sim, eu não sou uma filha da puta. isso é fato, quem não tem? vamos deixar de ser hipócritas), a gente também tem que saber quando a coisa é diferente. A gente geralmente se engana, porque as pessoas tem medo de falar sobre isso e de se expor. Só que na teoria, tudo é tão fácil que... por isso mesmo é complicado. Eu cheguei a conclusão que o melhor a fazer é desistir de criar teorias mirabolantes pra me auto-consolar. E parar de criar estereótipos perfeitos pra mim, porque isso certamente não existe.
No fim, acabei saindo do assunto outra vez. Mas..
Ah, talvez isso seja só um desabafo.
Talvez.. seja só uma crítica sobre um filme romântico.
Deixa pra lá.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário