sábado, 31 de outubro de 2009

Longe


É uma merda quando tu vai num lugar pensando uma coisa e acontece outra, totalmente diferente.
Por que as pessoas mudam? Por que as coisas tendem a se desintegrar ao passar do tempo?
Isso é uma coisa que eu constantemente me pergunto. E eu realmente sofro com isso.
Pessoas com que um dia eu tive alguma ligação/amizade forte, que hoje, mal cumprimento, mal falo. Isso machuca. Talvez por consideração ao passado, mas principalmente por não entender exatamente o porque disso.
Acredito que a maior causadora disso tudo é distância que se estabelece a partir de quando as duas pessoas mudam, e por algum fator (seja o tempo, ou algum empecilho que tenha ocorrido entre elas) isso acarreta um típico estranhamento, algum vazio. Eu acredito que seja pior do que estar do lado de alguém que tu não conhece ou não é tão íntimo, por não ter aquela obrigação de puxar assunto. Mas estando do lado de alguém que já fez parte da tua vida, e ver ela ali, na tua frente e simplismente não ter um assunto pra puxar é triste. Triste.
E isso tá acontecendo com mais frequencia de uns tempos pra cá. A partir disso, comecei a entender porque é tão difícil a gente manter amizades e fazer novas. E quanto mais velhos ficamos pior fica.
Claro que há excessões, pessoas que tem mais facilidade de se comunicar, ser sociável, simpático. Mas acho que isso não é um problema exclusivamente meu. Por mais irritantemente timida e sem assunto que eu possa ser, é mais facil eu falar com alguém individualmente do que com um grupo de pessoas. Não acredito que eu possa ser tão chata e tão antisocial assim. Eu me considero uma pessoa agradável, apenas... tímida. E as pessoas não são obrigadas a vir até mim, eu sei disso. E eu concordo plenamente.
Isso me perturba demais. O fato de não conseguir chegar em alguém pra conversar e fazer novos amigos está diretamente ligada a minha incapacidade de tomar atitudes em relação aos outros (por mais incomodada que eu possa estar). E isso me frustra, profundamente. Posso parecer indiferente, mas só eu sei o que eu fico matutando na volta pra casa.
Me pergunto se os outros se importam com isso tanto quanto eu.
Vai dizer, todo mundo ADORA dizer que tá morrendo de saudade, que quer marcar alguma coisa.. Geralmente, NUNCA sai nada, e quando sai, é estranho.

Aí eu falo sobre isso com alguém:
"Exercita isso. Pratica a tua espontaneidade". Fácil falar.
Invejo quem tem esse dom, admito. E ao mesmo tempo, me atraio mais por pessoas assim (ou não).
É. Foi uma noite ruim.
Por isso, um brinde ao country e à Billie Holiday executados no media player.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pride and Prejudice


Fazia tempo que eu não via um filme de romance. Geralmente eu evito esse tipo de coisa por não ter mais saco de aguentar finais felizes. A maioria desse tipo de filme segue um clichê do qual vende a idéia do amor como algo perfeito e puro. Talvez essa seja a definição de idade média (ou pra menininhas que vêem Crepúsculo).
Mas me contradizendo um pouco, devo dizer que adorei esse filme. Eu já tinha gostado muito de "Atonement", do mesmo diretor, Joe Wright. Os dois filmes são muito delicados, e visualmente bonitos. Sem contar a trilha sonora do Dario Marianelli, (também presente nos dois) que dá todas as nuances das emoções do filme.
O roteiro é uma adaptação de um romance de um livro homônimo da escritora Jane Austen publicado em 1813.
A história se passa na Inglaterra, no começo do século 19 (ah, número romano pra quê?). Claro, nessa época, as mulheres ainda não se ocupavam de muitas coisas, visto que o maior propósito da vida delas seria arrumar um bom marido - rico de preferência (opa, será que estamos muito longe disso? rs) pra não ter muito trabalho. Seguindo isso, Elizabeth (Lizzy), a protagonista, (óbvio) é uma exceção ao padrão de pensamento da época. Ela lia, era inteligente, sabia conversar. Ao contrário das três irmãs mais novas (duas, uma era mais na dela) que só pensavam em casar. Também tem a outra irmã mais velha, a Jane (que não tem muita importância). Bom, é aquela coisa toda, bailes, danças. Até que eles se conhecem no baile. Mr. Darcy. Ah Mr. Darcy... Até eu. HEHE. O cara é total cara de bunda, arrogante não gosta de dançar (só por isso já me valeria uns pontos heheueheuh). Aí eles ficam naquela paquerinha até trocarem umas farpas ao longo da festa. Assim como ele, Elizabeth não fica sai por baixo e sabe ser sarcástica. Óbvio que isso chama a atenção dele.
E assim vão, ao longo do filme, se odiando (e SEMPRE se encontrando, toda a hora). É claro que eu não vou exigir de uma adaptação de 1800 e lá vai pedrada, algum senso de realidade. É um romance, nada mais. (talvez toda essa minha preocupação em demonstrar sensatez quanto à história do filme seja uma tentativa de não dar o braço a torcer pra não admitir que de vez em quando, láááá de vez em quando, esse tipo de historinha me entretém ehehe). O que certamente mais me chamou a atenção foi esse orgulho dos dois que por várias vezes causou mal entendidos. Só que no meu ver, isso é fascinante. Nada que é fácil é muito digno de interesse. Com certeza se ela tivesse cedido na primeira vez, na cena da chuva (quase morri), talvez não teríamos tanta paixão e 'cumplicidade' (porque automaticamente, eles se conheceram mais depois da briga e ao decorrer da história até o final). O ruim é que na vida real a gente não sabe quando se deve aceitar ou recusar 'oportunidades'.
Os dois são iguais. E isso comprova a minha objeção àquela teoria ridícula dos "opostos se atraem". Realmente, não funciona. O amor também é egoista. Não gostamos das pessoas pelas divergências e sim pelas coisas em comum, que fazem com que nos vejamos nos outros. Depois da atração física, esse é o segundo requisito a ser preenchido (isso vale pro filme e pra hoje em dia).
Mr. Darcy é tipo de homem que não existe. Bonito, rico, misterioso, elegante, educado, arrogante (ponderadamente), desejaitado (sim, eu adoro), generoso, bondoso. HAHA. Sejamos francos, todo o mundo idealiza algum tipo homem/mulher ideal. Mas convenhamos, nem metade da lista acima já me estaria de bom grado, porque sinceramente...
Enfim. Gostei do filme de romancezinho sim. A mulherzinha aqui quase chorou no final, admito hahaha. Aiai. Toda a mulher (umas mais, outras menos, outras MUITO, e outras que tentam esconder) tem um pouco de mulherzinha romântica.
Mas pelo menos isso serviu pra adoçar um pouco o dia. ^^

Agora me dêem licença que eu tenho mais o que fazer ok. HAHA.

domingo, 25 de outubro de 2009

Leve

E assim, de leve
Veio natural
Dizendo tudo aquilo dizia antes
Como se nada tivesse mudado.

Meu medo de nada serviu
E a dúvida que eu tinha feneceu
Esperarei o teu chamado
Pra voltar a sermos como sempre.

Parabéns!

Feliz aniversário, pai!
53 anos. Tu merece tudo de bom e de melhor. E eu vou tá sempre do teu lado.
Te amo, te admiro, e te quero sempre bem e feliz.
(L)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sempre

Olhos cansados marcam meu rosto.
Saudade talvez já tenha passado por aqui, e mandou lembrança.
O que sobrou agora foi o resto.
Talvez nem isso.

Se alguma vez fostes sincero quando disse que me amava,
Caíste do teu pedestal ao dizer isso em vão.
Queria resgatar a ti mesmo, talvez me usando como algo que revivesse.
E eu gostava disso.
Gostava de te escutar, de me deixar levar pela tua narrativa.
Me achava alguém melhor que eu quando estava do teu lado.

Estes dias sonhei contigo, lucidamente.
Tudo fazia sentido, o que é raro.
Sonhei que pedias desculpas, por ter me deixado sozinha.
Que me acariciava as mãos enquanto falava (como sempre o fez, e eu amava).

Vazio, é o que sinto às vezes.
Não vou até ti por medo que me rejeites de novo, e que tu aja como agiu da última vez.
Tua franqueza machuca.
Não sabe medir tuas palavras, e te acha especial por isso
(E tenho que concordar).

Tuas confusões
Tuas dúvidas.
Tudo aquilo me fascinava.
Das poucas vezes que falava algo teu, me sentia íntima.
Honrada.
Honrada por saber que não falavas fácil assim.
E que eu não era qualquer uma.

Se algum dia as coisas voltam a ser como antes, não sei.
Acho difícil.
Por mais que quando bem nós vivíamos, e tu sumia, sabia que qualquer hora tu voltava.
E tudo voltava.
Agora não tenho mais esse conforto.
Não tenho mais essa certeza.

Do que restou de ti, é alguma saudade.
Alguns fragmentos teus;
Alguns hábitos absorvidos;
Alguma pessoa melhor.
Porém ao invés de querer ser que nem tu era, prefiro ser eu mesma.
Me tornaste independente de ti, e dos outros.

E quando quiser voltar.
Te esperarei como sempre;
Tímida, aprendiz, ouvinte, feliz.

http://www.mediafire.com/?wayyqwmtlm3

sábado, 17 de outubro de 2009

Tabacaria

"Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro."

Álvaro de Campos

(um dos melhores poemas que já li.)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tropeço

Haha! Como eu adoro essas deixas de malícia que ficam entre uma indireta e outra.
Às vezes parece que eu tenho uma Mayra meio escondida no meio da medrosinha e tímidazinha (as habituais haha)
Ai ai, eu me divirto.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tudo bem.


Ok. Posso ter sido fria demais contigo.
Eu fiquei magoada com algo que até nem tem relevância, mas é porque é contigo. Tu com certeza vai dizer que é bobagem, que são coisas da minha cabeça e que não tem nada a ver. Mas eu vi a maldade, eu vi. E tu que sempre vê as coisas de longe, parece que fez que não viu.
Mas não vou falar por ti.
E também porque (não que eu te cobre) não foi fácil esses últimos dias pra mim.
Todo mundo parece ter mais o que fazer do que.. sei lá. Dizer alguma coisa boa pra alguém, dar um oi, qualquer merda. Sinto falta disso. Não da tua parte, mas sei lá, dos outros (e eu consigo afastar quem faz isso por mim. legal, Mayra, continue assim (Y).
Se descontei um pouco disso em ti, desculpa.
Acho que a gente só tá cansada.
Talvez os meus problemas sejam mais superficiais que os teus e eu seja uma puta egocêntrica e hipócrita que fica se queixando pelos cantos e que não faz merda nenhuma pra se ajudar. É, eu sei, isso é um defeito grave. Tanto que eu me ceguei tanto com as minhas preocupações que nem sequer pensei em ti também.
Haha, que ironia. Eu que vivo falando de reciprocidade, e gente que só pensa em si e que não se importa com os outros, dando mal exemplo.
É. Bicho triste que nós somos, não?
Mas são dessas imperfeições que a gente tira o crescimento. Uma vez eu li num muro "a dificuldade vem para polir a alma". Talvez um pouco profundo demais, mas faz sentido. Se não fosse isso, o que seria da gente? Certamente o tipo de pessoa que nós desprezamos. Acho que reconhecer é um bom começo né?
Enfim. Deixa pra lá. De nada me adianta essa minha doença que é o orgulho. Só consigo me fazer mais mal ainda.
Eu te amo, e por mais que seja difícil de eu dizer ou transparecer, tu sabe.

"I can’t find my goodness 'cause I lost my heart."

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Na fossa com Smiths



Girl afraid
Where do his intentions lay?
Or does he even have any?
She says:
"He never really looks at me
I give him every opportunity
In the room downstairs
He sat and stared.
I'll never make that mistake again"

.....

So, what difference does it make ?
So, what difference does it make ?
It makes none
But now you have gone
And you must be looking very old tonight.

....

And I'm not happy and I'm not sad.

....

Morrissey é o cara.

sábado, 10 de outubro de 2009

Dia bipolar

Hoje foi um dia bipolar. Acordei bem até.
Depois fiquei tão puta, com raiva. Raiva de coisas tão insignificantes que sinto vergonha de me importar. Mas o pior de tudo isso é quando não te deixam nem curtir a tua amargura, e ficam te perguntando o porquê de tudo. Sai daqui, porra!
Enfim, logo veio o vazio. Sabe quando tu te sente tão sozinho que chega a dar uns calafrios?
Fazia tempo que não me sentia assim. Por um momento, todas as pessoas me fugiam. Tudo bem, com isso eu já tô mais ou menos acostumada, mas fazia tempo que eu não me sentia distante de mim.
De uns meses pra cá, acho que eu mudei muito. Aprendi a gostar e a me bastar com a minha própria companhia. Só que sempre, sempre que a gente mais precisa, parece que ninguém tá perto. Acho que quando as pessoas não se sentem bem com elas mesmas, precisam se encontrar nos outros (por mais que eu ache isso errado, isso acontece. não tem como evitar, nem fingir que não).
Parece que a confiança em tudo vai se perdendo. Em mim, nos outros. Por quê?
Ao mesmo tempo que precisava de alguém perto, queria que todo o mundo fosse à merda. HAHA, eu sei, é engraçado, mas porra. Não dá uma raiva disso? A maior parte do tempo eu me sinto como acompanhante. Me sinto como se eu servisse apenas pra dar suporte às pessoas. Só que na maioria das vezes, isso não é recíproco. Quando é a tua vez de falar, elas fingem que te escutam. Por prefiro ficar sozinha mesmo. Gastar saliva e tempo em vão, melhor sozinha. Rende mais, ao menos.
Mesmo assim, até tive esperança de encontrar alguma alma, ou alguém me ligar, mas..(o pior é que sempre a gente recebe alguma mensagem, e/ou alguma ligação, mas nunca é aquela que tu quer HAHAHA).
Aprendi a rir da minha própria desgraça. E disso começo a reparar o quanto a minha vida é medíocre.
Quando eu era pequena, achava que era especial. E até hoje, de vez em quando (sabe o filme "O Show de Truman"? mais ou menos isso. Já pensava assim mesmo antes de ver haha). Às vezes eu pensava que era algum tipo protagonista de um reality show, que todos me conheciam, e que todo o mundo existia em minha função. Quando eu morrer, tudo isso vai acabar (acho que eu inventei algum tipo de religião sem querer xD ). Agora, claro, isso tudo é tosco, mas na época, fazia todo o sentido pra mim. Quando eu era pequena, eu costumava ser a mais popular das menininhas. Todo o mundo gostava de mim. Todo o mundo brincava o que eu queria brincar (sim, eu era mais manipuladora do que sou hoje). Eu quase sinto inveja de mim mesma quando pequena! Haha. Agora parece que eu não existo. Que eu falo pras paredes.
Talvez eu tenha ficado chata, ranzinza.
Se eu morresse hoje... Bom. Talvez minha família, meus amigos sentissem minha falta. E só. 3 meses depois ninguém mais se lembraria.
Esse é o meu melhor "eu"? Toda a minha vida se resume a algumas meias lembranças?
Não que eu queria ser algum tipo de Jesus Cristo, ou entrar pra história. Mas acho que o sentido de tudo é fazer a diferença, ser importante pra alguém e ser realmente bom em algo.. É o que vai pra além da tua existência. É o que faz tu te sentir valorizado internamente, por mais que os outros não enxerguem isso em ti (porque não vão, isso é fato). O meu reconhecimento é o mais valioso de todos, e eu não acreditava muito nisso. Só eu sei o meu verdadeiro valor, e o quanto eu mudei e sei ser boa quando eu quero.
Se eu for esperar por atitudes alheias, vou morrer depressiva! Haha.
Ai ai. Ô vidinha.

http://www.mediafire.com/?emzmuazmktw
Musiquinha legal.
Comentários no outro blog.

Grande merda.

Bom. Ontem saí com alguma expectativa de ter uma noite agradável. Já tinha até idealizado um pouquinho quando cheguei.
Ah, tá bom, um aniversário.
Legal, não foi ruim. Não foi desagradável. Mas foi xoxo, exatamente o que acontece quando a gente imagina uma coisa e acontece outra (é relativo, mas nesse caso, foi uma merda).
Enfim, fiquei lá até umas 2:30 da manhã. Como ia dormir no meu primo que mora perto, liguei pra avisar que já estava indo. Quando eu escuto a voz dele no telefone:

"-Bah, olha so, quando tu vir tu me liga até eu atender, tá. Não tô bem meu, não tô bem."

A primeira coisa que me veio a cabeça foi tirar MUITO com a cara dele. Ele tava fazendo um churrasco pros amigos, comemorando os 18 anos dele. Tá, tudo bem, vai ver ele bebeu um pouquinho a mais, beleza.
Quando eu cheguei na porra do lugar, eu vejo umas 20 pessoas, APAVORADAS, todas me olhando "quem é essa guria? surgiu do nada" e eu timidamente dando boa noites e oizinnhos. "Que merda é essa" eu pensei.
Quando eu vejo um guri passando mal, branco, branco, branco que nem um papel, se vomitando todo, e uns 4 na volta dele.
Sei lá que espírito que baixou em mim, de prima cuidadosa ou mãe-maria (sim, todas as mulheres da família tem complexo de organização e limpeza - eu nao sou obcecada como elas, mas né, enfim). Só sei que eu fui organizando toda aquela gente, e pedi cuidadosamente pra quem quisesse, que fosse ajudando, mas quem ia pra atrapalhar que fosse embora.
Comecei a varrer aquele salão imundo, de carne, de anéizinhos de latinha de cerveja, de sujeira de tênis por causa do chão molhado. Juntei lixo do banheiro (cara, eu realmente tava louca, isso que eu nem tinha bebido ainda), limpei o tablado do churrasco, consegui fazer aquelas gurias me ajudarem e limparem o chão e os guris a cozinha e o vomitado do banheiro.
Cara, só sei que no final eu tava orgulhosa de mim. Parecia que todos me respeitavam. Ouvi comentários de longe ao meu respeito falando "Bah, a guria chegou do nada e arrumou tudo." Alguns vinham e perguntavam: "Com licença, mas teu nome é? O que tu é do Luiz?" HAHAHA. "Sou prima dele" eu respondia. "Vim ver como essa criança tá e acabei tendo que limpar a cagada dele".
Meu primo tava meio bebadozinho também, com a ex-namorada dele (que eu nem ia muito com a cara, mas que depois de ontem ajudando, subiu no meu conceito). Ver aquelas patricinhas todas "inhas" limpando aquele chão e tendo que limpar todos aqueles negócios sujos de gordura me deu uma felicidade vingativa, sei lá porquê.
Quando tudo já tava menos pior, peguei umas duas latinhas e me fui. Quando olhei a vodka, eu tava com tanto calor, tão feliz, e ao mesmo tempo tão puta, que também não pensei duas vezes.
Bah sério, que merda cara.
Mas no fundo foi divertido. Nunca que eu imaginei ter que passar por um perrengue desses. Nunca imaginei o quanto essa gente faz merda por beber umas cervejas e umas caipirinhas. Ah, faça-me o favor. Mas por mais que no começo da noite não tenha sido tão legal, ter que encarnar uma quase-mãe foi divertido. Me fez sentir mais do que todas aquelas pessoas sentadas ali, comentando o que havia acontecido. Porra, que merda, tira essa bunda da cadeira e vai ajudar.
Ah, mas deixa pra lá. Agora eu tõ aqui sozinha, sem nada pra fazer, sem ninguém pra sair, minha mãe provavelmente puta comigo por eu não ter avisado que ia sair e que ja tinha chegado, com 9 latinhas de cerveja e 2 garrafas de vodka pela metade.
Que merda.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nome Próprio


Hoje dei uma relembrada rápida em "Nome Próprio" do Murilo Salles, que eu vi há uns dois, três meses atrás. Lembro que na época eu não soube muito bem expressar uma opinião concisa. Talvez um pouco vulgar, mas seguido de uma boa interpretação da protagonista, Leandra Leal, no papel de Camila. Um pouco clichê demais. Moderninho demais. Tinha mais expectativas sobre esse filme.
Mas analisando melhor. Dá pra fazer uns "quotes" bem bons. Algumas das frases profundas da Camila me lembram um pouco (eu evito esse tipo de coisa, por achar melodramático demais. mas vez ou outra eu me pego filosofando coisas que até eu mesma acho ridículo, porém vindo de outra pessoa, até nem é tanto. coisas de Mayra.)
A personagem, um tanto quanto confusa (...) no fundo só queria se encontrar (escrevendo um livro). Mas o mais interessante disso tudo não é esse 'objetivo principal', mas sim os conflitos que ela gera dentro dela mesma e, consequentemente, com os outros à volta.
O começo do filme já é quase uma agressão ao espectador. A primeira cena se resume a um cara, jogando tudo o que encontra dentro de malas e caixas desesperadamente. Quando ele finalmente consegue por metade da casa dentro delas, ele a chama a então protagonista e a expulsa de casa. Ela tá pelada em cima da cadeira e os dois começam a brigar. É realmente uma cena tensa, visto que... né.
Depois disso ela começa a escrever enlouquecidamente, vai morar com um conhecido, encarna a faxineira e quase morre chapada. E assim vai.
Ao mesmo tempo em que ela deseja se apaixonar por alguém, ela não consegue ficar só com uma pessoa. Sempre acaba fazendo alguma merda, seja roubando ficantes de amiga (e transando com eles na praia) ou bebendo, enfim.
Uma das melhores cenas é o gelo no cara de Riberão Preto. Ela simplismente destrói, e ainda faz o cara pagar uns 20 drinks pra ela. Claro que no final ela acaba dando pra ele, enfim, mas é muito engraçado haha.

Camila (Beatriz):
- Eu preciso de alguém que me faça calar a boca. Alguém que me obrigue a escutar. Alguém que me domine. Eu preciso disso pra parar de ter vontade de ficar olhando pro lado o tempo todo. Preciso de alguem que me cure. Um homem que me cure. Acho que esse cara não existe. Quer dizer, eu ainda nao encontrei ele. Mas eu vou continuar procurando.
Cara:
- Beatriz, eu preciso dá uma mijada.

PQP HAHAHAHA

Mostra clara da sensibilidade masculina perante a uma fala feminina (e não uma fala qualquer). Às vezes a densidade das palavras que a gente tanto demora a formar dentro da nossa cabeça, acaba não sendo compreendida, e não só, desprezada por gente que não se importa em escutar o que os outros tem a dizer. Tá certo que no fundo eles tavam ali por um único motivo, cada um. Ele só queria comer alguém e ela só queria alguém suficientemente trouxa pra pagar os drinks. No final, acho que no meio dos enganos, os dois acabam se saciando, talvez não de uma maneira 'amigável', mas enfim. AauhaUHAuhAUAuha
No fim, ela acaba conhecendo um cara pelo blog dela (bastante acessado por sinal ehehe), se apaixonando, o cara sumindo. É mais um tipo de filme que vale por algumas cenas do que pela história em si.
Acho que a Camila representa claramente alguns fragmentos de solidão, confusão, excessos. Essas coisas que a gente passa quando a gente ainda não sabe direito o que é. Criança, adolescente, adulto. A gente ainda não tá pronto, não estamos prontos pros outros, pro mundo e tampouco pra nós mesmos. E isso é necessário. Esse período é bom pra se encontrar. Talvez não tão excessivamente, e com tantas quebras de limites quanto a personagem em questão. Mas estes servem pra refletir e quem sabe tentar relacioná-los com algumas coisas que a gente vê por aí e que nós mesmos ainda passamos.

"Fico pensando que ninguém se cura de nada, nunca. E a dor são os poros por onde transpira a escrita. Tudo sobra em mim, e ao mesmo tempo não há nada em mim. Sofro de nada, e de ninguém.."

Pra um dia de chuva..

Fruit tree
Fruit tree
No one knows you but the rain and the air
Don't you worry
They'll stand and stare when you're gone

Fruit tree
Fruit tree
Open your eyes to another yard
They will know that you were here
when you are gone..

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

People's Parties

"I feel like I’m sleeping.
Can you wake me?
You seem to have a broader sensibility
I’m just living on nerves and feelings
With a weak and a lazy mind
And coming to peoples parties
Fumbling deaf, dumb and blind

I wish I had more sense of humor
Keeping the sadness at bay
Throwing the lightness on these things
Laughing it all away
Laughing it all away
Laughing it all away."

Grande Joni.

http://www.mediafire.com/?mmowmdm5ky1