Falando em Boca Livre, e música...
Sábado passado fui com o pai num show em comemoração aos 10 anos de um programa de rádio da FM Cultura, o "Sessão Jazz", apresentado pelo Paulo Moreira. Eu, leiga nesse tipo de música, apesar de gostar muito do que conheço (Diana Krall, Billie Holliday, Nina Simone, Pat Metheny, Jamie Cullum ...) fiquei absolutamente maravilhada com toda aquela energia da banda ali presente. “Luizinho Santos Quinteto” (nome curioso haha), formado por Luizinho nos saxofones e flautas, Bethy Krieger no piano, Lucas Esvael na guitarra, Airton Zetterman no baixo e Marquinhos Fê na bateria (esse último, um monstro huahuauah). Eles tocaram de tudo. De bossa nova à jazz, tudo na base do improviso. Cada um com o seu espaço, mostrando o porquê de estar ali tocando pra toda aquela gente, numa noite fria de 5°C. Por amor à música. Só por isso. O clima de cumplicidade, de harmonia entre aquelas pessoas, a troca de experiências, e a alegria de estar ali, mostrando toda a sua arte pra platéia fazia com que tudo tivesse um "quê" de especial.
Eu, apesar do começo estar irritada com o cara do meu lado (por não ter lugar, fiquei longe do pai) que ficava fungando e fazendo barulhos com a boca, fui descobrir que ele era um trompetista que posteriormente iria se juntar à banda e literalmente dar um show. Puta merda. O cara ainda veio falar com a gente depois, dizendo que viu que eu tava puta já, que tava com medo que eu levantasse e desse na cara dele HAHAHAHAHA. Nossa, que vergonha.
Mas enfim. Mesmo assim, o cara foi super simpático. Depois do show, o pai fez questão de cumprimentar todos (e eu na cola né haha) e tal. O melhor de tudo, é ver que aqueles músicos são gente como nós, são meros humanos, com seus problemas, aflições e contas pra pagar no final do mês. Mas eu, na minha humilde concepção, creio que elas se diferenciam sim, das outras. Apenas o fato de proporcionar aquele espetáculo sem sequer cobrar um centavo, estar ali, somente por diversão, fez com que eu visse isso de algo mais sério. Não que eu pense em me tornar musicista profissional (apesar de já ter pensado nisso, mas.. voltemos à realidade hehe), mas visse a música como parte de mim. Seja triste, alegre, feliz, pesada, suave, calma. Eu sou o que ouço.
Definitivamente, não há vida sem música.
Enfim. Viajei bonito. Mas ah, seja como for, posto isso só pra me lembrar que quando eu estiver sozinha, realmente sozinha, uma música pode salvar meu dia (ou afundar mais ainda haha). Em ambos os casos, desamparada eu não vou estar haha. x) - e o título,não pensei nada pior pra botar. haha
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