domingo, 30 de agosto de 2009

DIAMAN(du)


Ao invés de me enfurnar dentro de uma sala de aula em pleno domingo de manhã, fui a um concerto. Mas não era um concerto qualquer. Yamandu Costa (do qual eu tenho vergonha de dizer que conheço muito pouco), chega em Porto Alegre acompanhado da Orquestra de Câmara do Theatro São Pedro, sob regência de Jocelei Bohrer.
No meio de violoncelos, violinos e contra-baixos, o violonista gaúcho mostra todo o seu talento, do qual desde pequeno exercita. Não é a toa que com apenas 16 anos ele abriu um show do Baden Powell em Porto Alegre (puta que o pariu! com todo o respeito ehehe). Enfim. Com certeza um dos espetáculos mais bonitos que eu já vi na minha curta vida.
Yamandu tem um "feeling" extremo. Suas feições variavam conforme o rumo que a melodia tomava. Ora parecia um garoto fazendo arte, brincando com seu brinquedo favorito, ora sua expressão se fechava, sentindo cada nota entrando dentro dele, que o atingia, o sufocava, o libertava. Isso é música. Isso é o poder que ela exerce sobre nós. Em "Valsa Triste" (que infelizmente, não achei nenhum vídeo com a interpretação dele no youtube) nem eu me contive.
Seguiu-se o show. Era tudo perfeito: a sincronia, os arranjos, a harmonia da orquestra. Esta, complementava com classe e beleza o som do violão. Com certeza, toda aquela magia ali presente, tocava o íntimo de cada um presente. Logo após, veio ao palco ... (achar nome rs.), tocando acordeon, presenteando o show com um toque gaúcho, ares de milonga. Rapidez, agilidade, força, intensidade. Ufa.
Ao final, juntou-se tudo. Um pouco do erudito com a milonga, com o choro. Toda a requinte e a ousadia que se pode imaginar. Era técnica, sentimento, paixão, intensidade (acho que eu tava meio sentimental mesmo haha). Enfim. Com certeza esse espetáculo merece todos os elogios exagerados existentes. Inesquecível. Espetacular. Magnífico. Bravo.

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