Olhos cansados marcam meu rosto.
Saudade talvez já tenha passado por aqui, e mandou lembrança.
O que sobrou agora foi o resto.
Talvez nem isso.
Se alguma vez fostes sincero quando disse que me amava,
Caíste do teu pedestal ao dizer isso em vão.
Queria resgatar a ti mesmo, talvez me usando como algo que revivesse.
E eu gostava disso.
Gostava de te escutar, de me deixar levar pela tua narrativa.
Me achava alguém melhor que eu quando estava do teu lado.
Estes dias sonhei contigo, lucidamente.
Tudo fazia sentido, o que é raro.
Sonhei que pedias desculpas, por ter me deixado sozinha.
Que me acariciava as mãos enquanto falava (como sempre o fez, e eu amava).
Vazio, é o que sinto às vezes.
Não vou até ti por medo que me rejeites de novo, e que tu aja como agiu da última vez.
Tua franqueza machuca.
Não sabe medir tuas palavras, e te acha especial por isso
(E tenho que concordar).
Tuas confusões
Tuas dúvidas.
Tudo aquilo me fascinava.
Das poucas vezes que falava algo teu, me sentia íntima.
Honrada.
Honrada por saber que não falavas fácil assim.
E que eu não era qualquer uma.
Se algum dia as coisas voltam a ser como antes, não sei.
Acho difícil.
Por mais que quando bem nós vivíamos, e tu sumia, sabia que qualquer hora tu voltava.
E tudo voltava.
Agora não tenho mais esse conforto.
Não tenho mais essa certeza.
Do que restou de ti, é alguma saudade.
Alguns fragmentos teus;
Alguns hábitos absorvidos;
Alguma pessoa melhor.
Porém ao invés de querer ser que nem tu era, prefiro ser eu mesma.
Me tornaste independente de ti, e dos outros.
E quando quiser voltar.
Te esperarei como sempre;
Tímida, aprendiz, ouvinte, feliz.
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terça-feira, 20 de outubro de 2009
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