sábado, 10 de outubro de 2009

Dia bipolar

Hoje foi um dia bipolar. Acordei bem até.
Depois fiquei tão puta, com raiva. Raiva de coisas tão insignificantes que sinto vergonha de me importar. Mas o pior de tudo isso é quando não te deixam nem curtir a tua amargura, e ficam te perguntando o porquê de tudo. Sai daqui, porra!
Enfim, logo veio o vazio. Sabe quando tu te sente tão sozinho que chega a dar uns calafrios?
Fazia tempo que não me sentia assim. Por um momento, todas as pessoas me fugiam. Tudo bem, com isso eu já tô mais ou menos acostumada, mas fazia tempo que eu não me sentia distante de mim.
De uns meses pra cá, acho que eu mudei muito. Aprendi a gostar e a me bastar com a minha própria companhia. Só que sempre, sempre que a gente mais precisa, parece que ninguém tá perto. Acho que quando as pessoas não se sentem bem com elas mesmas, precisam se encontrar nos outros (por mais que eu ache isso errado, isso acontece. não tem como evitar, nem fingir que não).
Parece que a confiança em tudo vai se perdendo. Em mim, nos outros. Por quê?
Ao mesmo tempo que precisava de alguém perto, queria que todo o mundo fosse à merda. HAHA, eu sei, é engraçado, mas porra. Não dá uma raiva disso? A maior parte do tempo eu me sinto como acompanhante. Me sinto como se eu servisse apenas pra dar suporte às pessoas. Só que na maioria das vezes, isso não é recíproco. Quando é a tua vez de falar, elas fingem que te escutam. Por prefiro ficar sozinha mesmo. Gastar saliva e tempo em vão, melhor sozinha. Rende mais, ao menos.
Mesmo assim, até tive esperança de encontrar alguma alma, ou alguém me ligar, mas..(o pior é que sempre a gente recebe alguma mensagem, e/ou alguma ligação, mas nunca é aquela que tu quer HAHAHA).
Aprendi a rir da minha própria desgraça. E disso começo a reparar o quanto a minha vida é medíocre.
Quando eu era pequena, achava que era especial. E até hoje, de vez em quando (sabe o filme "O Show de Truman"? mais ou menos isso. Já pensava assim mesmo antes de ver haha). Às vezes eu pensava que era algum tipo protagonista de um reality show, que todos me conheciam, e que todo o mundo existia em minha função. Quando eu morrer, tudo isso vai acabar (acho que eu inventei algum tipo de religião sem querer xD ). Agora, claro, isso tudo é tosco, mas na época, fazia todo o sentido pra mim. Quando eu era pequena, eu costumava ser a mais popular das menininhas. Todo o mundo gostava de mim. Todo o mundo brincava o que eu queria brincar (sim, eu era mais manipuladora do que sou hoje). Eu quase sinto inveja de mim mesma quando pequena! Haha. Agora parece que eu não existo. Que eu falo pras paredes.
Talvez eu tenha ficado chata, ranzinza.
Se eu morresse hoje... Bom. Talvez minha família, meus amigos sentissem minha falta. E só. 3 meses depois ninguém mais se lembraria.
Esse é o meu melhor "eu"? Toda a minha vida se resume a algumas meias lembranças?
Não que eu queria ser algum tipo de Jesus Cristo, ou entrar pra história. Mas acho que o sentido de tudo é fazer a diferença, ser importante pra alguém e ser realmente bom em algo.. É o que vai pra além da tua existência. É o que faz tu te sentir valorizado internamente, por mais que os outros não enxerguem isso em ti (porque não vão, isso é fato). O meu reconhecimento é o mais valioso de todos, e eu não acreditava muito nisso. Só eu sei o meu verdadeiro valor, e o quanto eu mudei e sei ser boa quando eu quero.
Se eu for esperar por atitudes alheias, vou morrer depressiva! Haha.
Ai ai. Ô vidinha.

http://www.mediafire.com/?emzmuazmktw
Musiquinha legal.
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