Fazia tempo que eu não via um filme de romance. Geralmente eu evito esse tipo de coisa por não ter mais saco de aguentar finais felizes. A maioria desse tipo de filme segue um clichê do qual vende a idéia do amor como algo perfeito e puro. Talvez essa seja a definição de idade média (ou pra menininhas que vêem Crepúsculo).
Mas me contradizendo um pouco, devo dizer que adorei esse filme. Eu já tinha gostado muito de "Atonement", do mesmo diretor, Joe Wright. Os dois filmes são muito delicados, e visualmente bonitos. Sem contar a trilha sonora do Dario Marianelli, (também presente nos dois) que dá todas as nuances das emoções do filme.
O roteiro é uma adaptação de um romance de um livro homônimo da escritora Jane Austen publicado em 1813.
A história se passa na Inglaterra, no começo do século 19 (ah, número romano pra quê?). Claro, nessa época, as mulheres ainda não se ocupavam de muitas coisas, visto que o maior propósito da vida delas seria arrumar um bom marido - rico de preferência (opa, será que estamos muito longe disso? rs) pra não ter muito trabalho. Seguindo isso, Elizabeth (Lizzy), a protagonista, (óbvio) é uma exceção ao padrão de pensamento da época. Ela lia, era inteligente, sabia conversar. Ao contrário das três irmãs mais novas (duas, uma era mais na dela) que só pensavam em casar. Também tem a outra irmã mais velha, a Jane (que não tem muita importância). Bom, é aquela coisa toda, bailes, danças. Até que eles se conhecem no baile. Mr. Darcy. Ah Mr. Darcy... Até eu. HEHE. O cara é total cara de bunda, arrogante não gosta de dançar (só por isso já me valeria uns pontos heheueheuh). Aí eles ficam naquela paquerinha até trocarem umas farpas ao longo da festa. Assim como ele, Elizabeth não fica sai por baixo e sabe ser sarcástica. Óbvio que isso chama a atenção dele.
E assim vão, ao longo do filme, se odiando (e SEMPRE se encontrando, toda a hora). É claro que eu não vou exigir de uma adaptação de 1800 e lá vai pedrada, algum senso de realidade. É um romance, nada mais. (talvez toda essa minha preocupação em demonstrar sensatez quanto à história do filme seja uma tentativa de não dar o braço a torcer pra não admitir que de vez em quando, láááá de vez em quando, esse tipo de historinha me entretém ehehe). O que certamente mais me chamou a atenção foi esse orgulho dos dois que por várias vezes causou mal entendidos. Só que no meu ver, isso é fascinante. Nada que é fácil é muito digno de interesse. Com certeza se ela tivesse cedido na primeira vez, na cena da chuva (quase morri), talvez não teríamos tanta paixão e 'cumplicidade' (porque automaticamente, eles se conheceram mais depois da briga e ao decorrer da história até o final). O ruim é que na vida real a gente não sabe quando se deve aceitar ou recusar 'oportunidades'.
Os dois são iguais. E isso comprova a minha objeção àquela teoria ridícula dos "opostos se atraem". Realmente, não funciona. O amor também é egoista. Não gostamos das pessoas pelas divergências e sim pelas coisas em comum, que fazem com que nos vejamos nos outros. Depois da atração física, esse é o segundo requisito a ser preenchido (isso vale pro filme e pra hoje em dia).
Mr. Darcy é tipo de homem que não existe. Bonito, rico, misterioso, elegante, educado, arrogante (ponderadamente), desejaitado (sim, eu adoro), generoso, bondoso. HAHA. Sejamos francos, todo o mundo idealiza algum tipo homem/mulher ideal. Mas convenhamos, nem metade da lista acima já me estaria de bom grado, porque sinceramente...
Enfim. Gostei do filme de romancezinho sim. A mulherzinha aqui quase chorou no final, admito hahaha. Aiai. Toda a mulher (umas mais, outras menos, outras MUITO, e outras que tentam esconder) tem um pouco de mulherzinha romântica.
Mas pelo menos isso serviu pra adoçar um pouco o dia. ^^
Agora me dêem licença que eu tenho mais o que fazer ok. HAHA.
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