terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aula de Literatura [pt. 2] - o amor platônico.

Aviso: alto teor de bobagens, perversões e idiotices escritas nesse artigo. Mesmo assim, gosto de me divertir e passar o tempo com elas.

Como ia chegar atrasada, decidi trocar de sala.
No primeiro período, perder alguns minutos de física é até bom. Fui para a sala 8, já pensando em sentar na primeira fila...
Passou-se. Matemática (atóron). Geografia, substituindo (ai ^.^ até fui citada, e meu nome foi colocado no quadro para um exemplo. O indivíduo não entendia o meu nome [repeti três vezes, não sabendo se o meu nome que era muito feio, eu que falo baixo demais ou ele que era surdo]. fiquei que era um pimentão.).
Chega o último período. Já tava suando as mãos - tu sempre chega atrasado.
Não consegui olhar pra tua cara. Me senti corar. Jogou o teu casaco a duas cadeiras de mim. Minha vontade era de pegar e sair correndo com ele. Enfim.
Cortaste o cabelo.
E assim começou a falar sobre a questão tosca do simulado do enem de sábado. Depois ainda mostrou o teu lado arrogante, ao ser questionado sobre quem faz o simulão serem os próprios professores do unificado. Tu disse que quem faz não é professor e sim algum indivíduo, classificado como (algum termo que nao lembro), uma espécie de 'masturbador intelectual'.
" -Como eu tô mau hoje não? Estranho, eu saí tão bem do campus. Ah sim, claro, minha felicidade toda é por lembrar de ter que dar aula hoje" rsrsrs (filho da puta hahahaha *-*)
Mencionou o mau-humor já citado pelo teu outro amigo (meu também professor) de sábado, visto que enquanto este estava lá no gigantinho representando a tua empresa perante aos participantes do simulado, tu, (com aquele teu tom irônico que eu adoro) disse que estava tomando champagne em casa. Hahahaha, ai ai.
Enquanto falava a matéria e escrevia no quadro do lado direito, vinha vindo a minha direção, à esquerda do quadro. Eu tava esperando ansiosamente algum filho da puta me dar algum bilhete pra te entregar (se fosse o caso, acho que até eu escreveria algum, discretamente). Quando já estava no meio do quadro chegou um. Fiquei vermelha, e estendi o braço na classe para que tu visse. Tu viu, e me ignorou por alguns minutos. Já tava ficando com cara de cu (marcante característica minha perante a essas situações normalíssimas, das quais eu fantasio uma possível chance de tu olhar pra mim), me sentindo a mais desprezada das criaturas.
Te olhei fixamente até que tu viesse a mim. Quando veio, tentei criar uma câmera lenta, essas coisas de filme. Aquela mão branquinha vindo até mim, tocou delicadamente nos meus dedos pra pegar o bilhete. Quase um orgasmo. Enfim.
Como se não bastasse, decidiu permanecer por ali. Escrevia no quadro mostrando duas das melhores coxas que já vi nos últimos tempos e com uma bundinha nada mal. E como se não bastasse [2], decidiu apoiar a perna em uma cadeira vazia, sem ser a do lado a minha a próxima. Não conseguia olhar pra cima. Sentia minhas bochechas fervendo.
Até que imaginei "1°: não adianta eu sentar na primeira fileira e ficar me escondendo. 2°, tô perdendo o espetáculo." Liguei o foda-se e continuei a te encarar. Vi teus olhos de perto, aguados e castanhos.
Quase te retruquei quando tu falou mal da Joan Baez. Tá bom, nem conheço muito dela, mas ela é boa sim (ok, o cover de Blowing In The Wind é ruimzinho, mas ela é boa cantando as músicas dela). Gosto quando tu fala de música. Tu também entende disso (apesar de eu não concordar em certas opiniões maldosas tuas, como esta da Joan, mas enfim). Tu é um merda.
Falou mais ainda de Dylan, Beatles, Stones e Pink Floyd (que eu nem gosto, mas vou baixar por tua causa).

"Now there's a look in your eyes, like black holes in the sky.
Shine on you crazy diamond."


Não consigo te imaginar ouvindo essas coisas. Muito """"chinelonas"""" pra ti. Bobagem minha (a única certeza é que eu tenho é que tu gosta de Chico Buarque e Nelson Rodrigues). Se tratando de ti, nada pode ser certo ou errado, bom ou ruim, tudo é duvidoso. Não sei até que ponto tu te esconde dentro do teu conhecimento e da tua arrogância. Só sei que eu gosto, e uma das coisas que eu mais desejaria hoje, era te desvendar.
Quando tudo já tava ficando bom demais, bateu o sinal. Guardei minhas coisas rapidamente e te vi descendo as escadas (engraçado como quando a gente gosta de alguém, a pessoa parece nos olhar de canto de olho. 99,9% das vezes é só impressão, mas enfim). Por fim, te vi entrando na sala dos professores pra te reunir com teus colegas. Enquanto isso, cá estou, no ônibus, escrevendo isso aqui.
Que Deus me dê forças na próxima terça-feira.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pensamentos de ônibus [pt. 1]

- Sim, amo 'paquerar' no ônibus. rsrsrsrs
- Odeio gente que senta no banco do corredor pra sentar sozinho.
- Odeio gente que senta do meu lado quando o ônibus tá vazio (HAHAHAHA, tudo bem, com ônibus cheio é questão de educação dar o lugar pras pessoas. mas pra quê vir sentar justo do meu lado com vários lugares vazios! Aí não né!)
- Não há nada que valorize mais um homem do que uma boa barba.
- Tenho tara, paixão, obcessão por professores. Professores são MUITO sexy's. Estar de frente a uma bela persona, inteligente, e toda atenciosa querendo de ajudar... (aliás, se for irônico, e até meio arrogante... nossa. Associado ao item anterior.. bom. :X )
- Há uma menina da qual eu pego o ônibus de vez em quando que eu acho atraente. Não me considero homossexual, nem bi. Há apenas uma atração, sei lá.
- Desprezo os homens fáceis. Os bons são difíceis de se aproximar. Dos misteriosos (e até dos confusos). Daqueles que tem o dom da sutileza, mas ao mesmo tempo sabem como agir quando querem algo. Toda a mulher gosta disso. No fundo, por mais que a maioria goste de se dizer independente (eu sou uma delas) nós gostamos de ser dominadas. Alguém que nos faça sair do nosso juízo, nos tome e nos guie. Existem exceções.
- Ao mesmo tempo que amo os mais velhos, por sua experiência e charme (idade não é documento, estou geralizando por dedução. isso não é aplicável a todos, com certeza), tenho fascinação pelos novos. Ingenuidade é uma coisa que sempre me atraiu. A ilusão de sentimentos puros, só é 'real' com os novinhos. Talvez esse pedaço 'ingênuo' ainda esteja impregnado em mim, mas gosto de ver nos outros. Quanto a isso, no papel de observadora, me tiro dessa categoria e me coloco como neutra. Deixo o meu caso e as minhas atuais 'concepções' de fora para analisar os outros.
- Me apaixono (momentaneamente) por estranhos.
- Não há nada mais divertido que olhar as pessoas. Vendo seus ciclos, imaginando de onde vem, para onde vão e o que pensam.
- Tenho medo de virar uma velha que faça da suas preocupações cotidianas "quem é a vizinha que se mudou pro andar de cima" ou "quem é o novo namorado da fulana da novela das 8". Aversão a gente desse tipo.
- Odeio gente que fala alto em lugares públicos.
- Odeio ficar brigada com as pessoas. O pior é o orgulho. Ele também me corrói. Ao mesmo tempo que não dou o braço a torcer ("a distância é a mesma") me pergunto se a pessoa ainda pensa em mim, como eu penso nela.

Continua.

E foda-se do que vão achar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Vocês são luz!"

Coisas estranhas que só acontecem com a gente.
Todo o mundo já pensou isso alguma vez. Agora, foi a minha.
Estávamos eu e uma amiga, felizes e belas, na redenção, sexta-feira, próximo das 19h, tomando um suco de uva. Até aí tudo bem.
Conversávamos tranquilamente ate que percebo um estranho vindo. Não uma pessoa estranha, mas um 'ser' estranho. Era um cara de uns 40 e poucos anos, com um moletom do avesso e uma camiseta verde por cima, e um all-star preto. Ele chega e senta com a gente. Assim do nada.

Lucila diz:
- Sim? Podemos ajudar?

Depois de alguns segundos de um silêncio agoniante, ele diz:
- Meninas, senti uma energia vindo de vocês. Vocês são grandes amigas, não?

Por um momento eu gostei do que aquele louco dizia. Eu sempre gosto de ouvir gente falando, por mais estranhas que elas possam parecer, e por mais bobagens que possam falar. Dei trela. Conversei normalmente com ele, como qualquer ocasião normal, como se eu fizesse alguma idéia de quem ele fosse e estivéssemos ali, aproveitando o momento, filosofando qualquer merda.

- Sabe menina, tu é muito sofisticada. Até teu jeito de vestir, a melhor que eu vi hoje. (um momento meio Ronaldo Ésper) Vou até te dar algo que combina com o teu broche (meu bottom da Cat Power).

Ele me entregou uma programação de shows na UFRGS. (show do Kassin agora em novembro *-*). Agradeci, coisa e tal. Depois disso, ele pegou no pé da Luh, com a postura e com o casaco dela hahaha. Depois de muitas trocas de olhares assustados entre ela e eu, decidimos ir embora quando o 'ser' disse:

- Meu nome é Alexandre, tenho 40 (e poucos) anos, moro com meus pais (por isso que deve ser louco). Sou esteticista... E eu tenho uma necessidade de estar perto de mulheres bonitas. É uma necessidade. E quando eu vejo que a beleza é completada com inteligência NÓÓFFA... Eu fico excitado.

._.

- Olha só, acho que a gente vai indo... rs

Depois, ele nos 'acompanhou' até parte do caminho, e foi embora, do mesmo jeito que chegou: do nada. Alívio. Hahaha.
O que se seguiu depois? Uma noite agradável, boas conversas, uma garrafa e um isqueiro vazios.

Nota mental: nunca mais dar trela a loucos com copinhos na mão.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aula de Literatura?


Bom, devo confessar que nos últimos três anos de martírios escolares, esse não me foi um ano tão ruim.
Visto que surpreendentemente, há duas aulas das quais espero ansiosamente para ter. Tudo bem, eu gosto da matéria. Mas sinceramente, não me acho grande conhecedora. Sei dos períodos, alguns autores, algumas histórias, essas coisas que nos fazem decorar (das quais eu não tinha muito interesse, julgo pelos professores - sim, eles fazem toda a diferença).
Uma das poucas coisas que posso dizer que aproveitei, e que realmente gostei desse ano foram as aulas de literatura do meu curso pré-vestibular (aulas do colégio são descartáveis). Mas claro, não só pela matéria, como vocês já sabem.
Meus dois professores.. Bom. Não gostaria de cair no clichê "aluna apaixonada por professor" mas, quando se tem pessoas que REALMENTE entendem do que falam e conseguem transmitir com entusiasmo aquilo que sabem a nós, míseros alunos, é impossível não criar uma grande admiração à pessoa a sua frente.
Não gostaria de citar nomes, caso alguém que os conheça leia, e me dedure (pode até ser bobagem, mas eu sou cagona mesmo).
O João* eu vejo quase como um pai. Realmente, até vejo um pouco do meu pai nele e vice-versa, pela sabedoria com que os dois dizem as coisas. Às vezes sarcástico, irônico. Às vezes sensível. Direto. Sai com umas tiradas ótimas e sempre consegue dizer alguma coisa que faça a gente pensar. Eu admiro tanto esse cara que qualquer merda que ele fale eu acho engraçado (imaginem uma sala silenciosa e a retardada aqui rindo. É uma coisa meio estranha).
Hoje ele disse algo muito interessante. Falando de Clarice Lispector, "A Hora da Estrela", nos falou que a história é como se fosse alguém (o narrador, Rodrigo S. M.) que resolvesse contar a história de alguém comum (Macabea, no caso). Mas afinal, todos somos comuns? Sim, se olharmos de maneira geral, somos (ou pelo menos a maioria, rs). Não conseguimos enxergar alguém na rua e pensar: "Hum, aquele ali é incomum". Não. Mas se pararmos apenas para olharmos cada um, individualmente, é impossível adjetivar todas as pessoas de míseros 'comuns'. Alguns tem a vida mais previlegiada, outros não. Com mais movimento, outras nem tanto. Mas tudo depende do jeito que a história de cada um de nós é contada. Se pegarmos qualquer ricasso famoso como exemplo, sem qualquer noção e conteúdo para contar qualquer fato da sua vida, há uma grande chance de acabarmos dormindo sobre a mesa (tudo bem, ignorando as revistas de fofoca que tiram seu sustento disso hehe). Agora, qualquer um de nós que souber como falar de nós mesmos/de alguém/de algo de uma forma interessante e instigante podemos, sim, fazer uma grande história. Quem interessa não são (necessariamente) os personagens, e sim o narrador. Enfim. Foi mais ou menos isso que ele disse.
A vida não é assim? Dar importância demais 'ao personagem' e 'ao cenário', nos faz esquecer de contar a história em primeira pessoa (nooffa! HAHA). Somos um. Generalizar as coisas é um dos erros mais bobos (e mais frequentes) que cometemos. Quando aprenderos a ver o outro como um indivíduo único, com seu passado e seu presente, seus pensamentos, sonhos, medos e afins, talvez enfim, consigamos estabelecer alguma conexão real. Isso é compartilhar. Quem sabe até uma história (nossa, que texto "profundo". acho que era só pra falar da aula de literatura mas me empolguei um pouquinho).
Continua...
* nome trocado para garantir à pessoa mencionada sua indentidade preservada e evitar possíveis embaraços à dona deste blog.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Resposta.

Não sei. Capacidade de dividir espaço e respeitar, são coisas tão básicas que não acho que me satisfariam. Pessoas agradáveis? Sim, conheço várias. Mas preciso de mais.
Também não preciso de ninguém que me complete, porque já sou. O certo seria alguém para me 'descompletar', embaralhar as peças do quebra-cabeça. Encaixar cada uma, dia após dia, e pacientemente é o que daria sentido a tudo isso.
Fiquei exigente, sei lá. Por várias vezes aceitei, e fiz o possível para me adequar aos outros. Mas quem realmente interessa, não é preciso. Não há adequações a serem feitas. Há a naturalidade. E a tolerância, a longo prazo (creio eu, né).
Digo com toda a certeza de que, quem importa em primeira instância, sou eu.
Sim, posso ser uma vadia egoísta, uma guriazinha metida a experiente e que na verdade não sabe de porra nenhuma. Sim, essa sou eu, até porque vivo mudando essas minhas concepções mirabolantes. Mas não tenho mais vergonha de dizer isso e de agir como. Só conseguirei ser eu mesma quando finalmente saber andar com as próprias pernas, e achar alguém aberto a aceitar e receber isso.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Paris (e suas consequências).


Depois de muito tempo, cá estou. Não que eu tenha me esquecido do blog; por muitas vezes pensava nas coisas em que poderia escrever. Mas eram breves flashes, como quando quem sonha algo bom, ou tem uma idéia boa enquanto está dormindo, acaba não anotando em algum lugar e esquece no dia seguinte, enfim.
"- Você nunca se perguntou de onde vêm todos esses fios?
- Não, nunca penso nesse tipo de coisa.
- Bem, eu sim. E para onde vão, também."
Bom, precisei ver "Paris", do Cédric Klapisch de novo pra ver o quanto esse filme é genial. Tá bom, nada mais é do que histórias paralelas, no meio daquela cidade maravilhosa em que todo o mundo queria morar. Mas não é só isso. É mais.
Meio que sai do mundinho criado da maioria dos filmes. Esse é um filme que mostra não só o cotidiano de pessoas 'normais', mas seus medos e desejos, suas frustrações, suas expectativas. Coisas que todos tem, mas que nem sempre sabem exprimir. Aqui, é possível vermos várias reações e situações 'vagamente' familiares, nas quais nos identificamos. A partir daí, é possível analisar não só a situação do personagem, mas a nossa aos olhos de um espectador. E isso é uma das grandes características do filme (tudo bem, eu sei que isso não é uma coisa extraordinária e original, mas deixe eu me inspirar nele haha).
Os personagens são bem diferentes entre eles. Não posso deixar de falar primeiro da Binoche (sim, eu sou muito paga-pau dela) que tá linda demais. Ela sempre acaba passando a própria doçura dela pros personagens que faz. Interpreta Èlise, a irmã do 'personagem central', Pierre, feito pelo Romain Duris. Este, sofre de uma doença cardíaca dando-lhe poucos meses de vida. A partir disso, ele começa a ver a vida de outra forma, encontrando da sua janela - e vendo nas pessoas que passam - os seus heróis das histórias que inventa para si mesmo.
Ao decorrer da história, conhecemos outros personagens, como o divertidíssimo Fabrice (Roland Verneuil), que trabalha como um importante historiador, que logo se vê apaixonado por uma jovem aluna. Suas maneiras de lidar com seus problemas, segundo ele próprio (na ótima cena do psicanalista), sempre foram práticas. Nunca teve tempo para sentimentalismos. Quando se apaixona pela aluna, outros problemas como a morte do pai e outras frustrações também vem à tona. Então. É possível ver que às vezes, só com um empurrãozinho, o mundo acaba caindo em nós. Acabamos nos importando e se dando conta de quantas coisas deixamos passar e que muitas vezes nos ficam atravessadas. Absorvemos tanta coisa no dia-a-dia e das pessoas a nossa volta, que quando finalmente olhamos para nós mesmos, olhamos pessoas vazias, cansadas de ter que carregar tanto peso (e na maioria das vezes, desnecessários).
Ao final do filme, vemos Pierre a caminho do hospital, vendo todos os outros personagens seguindo suas vidas (diferentes ou não, ao longo do filme), analisando o quanto as pessoas adoram reclamar da vida, e se dizerem insatisfeitas com tudo. No fundo, nós gostamos disso. Temos nossas vidas, fazemos de tudo. Temos pressa, corremos, discutimos, resolvemos. Damos tanto valor ao que nem sempre nos é importante. E o engraçado, é que só ao final dela, percebemos isso. Do quanto poderíamos ter aproveitado mais e nos preocupado menos com os mínimos detalhes.
Ufa. Com certeza esse vai pra lista dos filmes favoritos. Como se não bastasse (claro), a trilha sonora também é maravilhosa (que depois de muita procura, logo logo vai pro outro blog).
Recomendo a todos.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Tropeço.

"O caso é que qualquer coisa que eu tome
Toma o meu lugar
E um gole de café ou de perfume
Pode revelar
Um outro envolto em crimes e vexames
Que usa meu bom nome
E em cada bar e salão
Tropeça em frente a tua vida
Carente de dizer-te, rente ao chão
Que ainda que te assalte
Um grito de pavor
Saltas sobre um grande amor
E cegas com teu salto alto
Um pobre a sonhar
Que brilha a luz do teu olhar."

Grande Nei.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Mau-humor.

Tô de mau-humor sim, porra.
E AI de quem dizer que isso é coisa de mulher com TPM. Aliás, por que sempre tem um pra dizer isso? "Ih, tá de TPM?" TPM NO TEU CU, PORRA. Um conselho: se você for homem, jamais diga isso a uma mulher.
Aula chata, gente chata, gente que nunca ligou pra minha vida escolar dizendo pra eu estudar, UFRGS e ENEM, ônibus lotado, trânsito, mau-humor dos outros, minha gravação que ficou uma bosta, a internet que tá uma porcaria, gente que diz "vai chegar a tua hora".
Aliás, a hora de quê?
Adoram dar conselhos, se fazerem de experientes, entendidas. No fundo são outros bostas que nem tu. Todo mundo é a mesma merda. Gente triste, frustrada que não tem noção de nada e quer parecer que tem.
Principalmente em namoros, relacionamentos. Ah, como todo mundo adora se fazer de coitado, de experiente. Adoram dizer uns pros outros "é.. que canalha". Parece que é uma espécie de conforto botar a culpa nos outros. Olhe pra si mesmo primeiro!
Até fiz uma analogia bizarra quando tava indo pro cursinho.
O amor é como um circo. Alguns nascem para ser palhaços, outros, espectadores.
Quando se tem o palhaço e o espectador, até pode dar certo, visto que um diverte e o outro dá atenção. Aí, se tem um pouco mais de equilíbro.
Já quando se tem palhaço com palhaço, um quer mostrar pro outro quem é o mais engraçado. Por um tempo eles se aceitam, e até acham graça. Mas depois de certo tempo, começam a fazer piada do outro.
E o pior. Espectador com espectador. Bom, aí fica aquele silêncio, um esperando pelo outro "ser" fazer alguma graça. Afinal, estão ali pra isso (o que é o amor além de um entretenimento?). Só que ninguém se habilita. Aí eles ficam se olhando até cansarem e irem embora.

Cansada de gente medíocre. E principalmente, de mim. Puta que pariu, ô guria chata.