É. Meu último refúgio. hahaha.
Então, nem sei o que falar, parece que perdi a intimidade com isso aqui.
Pensei em mudar o meu jeito de escrever. Parar de fazer disso aqui um diário público e escrever sobre temas. Mas aí.. Sei lá, tudo o que eu já escrevi aqui iria pro lixo. Mais fácil fazer outro blog (mal consigo administrar dois - o song for bobby levou uma notificação daquelas porras de direitos autorais. vou botar todos os meus links fora? mas bem capaz- imagina três). Enfim.
E foi escola, foi natal, ano novo, foi UFRGS, foi formatura. É, tô livre, por enquanto.
Meus primeiros problemas do ano começaram quando fui corrigindo minhas provas da ufrgs. Apesar de ter prometido não criar expectativas, tinha esquecido que eu tinha cotas. Aí.. enfim. Mas mesmo assim, não fui tão bem quanto precisava. E agora? Cursinho mais um ano inteiro? Ou trabalhar e criar vergonha na cara?
Foi um dilema. Depois de muito choro, e me sentir a mais injustiçada estudante do universo, fiz um trato com a minha mãe. Um semestre na ULBRA. Sim, eu relutei, e muito. Mas um semestre, duas cadeiras... É bom pra ver se psicologia é o que vai me fazer feliz daqui pra frente. E em agosto, volto a me dedicar a minha tão sonhada universidade.
Resolvido isso, next.
Depois de um curto afastamento, é possível uma pessoa se envolver com outra (digo, envolver no sentido animalesco da coisa. sexo.) e depois, do nada, querer "voltar" (não havia relacionamento, apenas um... laço)? Não. Não, obrigada. Posso não ser a pessoa mais puritana do mundo, mas eu não teria essa cara de pau. Ok, pelo menos a pessoa foi sincera. Mas mesmo assim, nesse momento, alguma coisa, alguma coisa bem frágil se quebrou. Confiança? Hm, pode ser.
Na verdade, eu sou uma egoísta do caralho. Eu queria mais é que corressem um pouco atrás de mim, e inflassem o meu ego. Se isso tivesse acontecido, talvez eu relevasse alguma coisa, mas não. Ah, foda-se. Como eu sempre digo: as coisas hoje não passam de troca de conveniência. Até certo ponto. Depois que a coisa acaba, cada um pro seu lado: "Foi bom enquanto durou, a gente se fala. Podemos marcar a alguma coisa daqui a algum tempo, quando der saudade ou estivermos entediados sem nada pra fazer." É assim que as coisas são.
Nesse meio tempo.. andei percebendo que esse meu princípio da conveniencia tem seu efeito colateral. Com ele, pude entender melhor como é o ciclo que as pessoas preenchem na tua vida. Sem apego. Por que complicar, por que não só aproveitar o que a pessoa tem pra te oferecer (mesmo que seja pouco, mas apreciável). Mas ao mesmo tempo.. Não sei se é impressão minha ou é paranóia. Esse tempo de aproveitamento tá diminuindo cada vez mais rápido. Dura menos que o normal.
Sei lá, saio com a pessoa uma vez e depois... PUFT. Acaba. COMO ASSIM? Falta de interesse ou insegurança? Tudo bem, talvez não seja a pessoa certa. Mas.. Já?
Não ando liberando muita endorfina ultimamente.
Ainda bem que eu não sou homem, se não, já teria que encomendar umas azuizinhas.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=32142246
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domingo, 24 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Quem inventou o vestibular?
A rotina é sempre a mesma. Em tempos de ansiedade, final de trimestre, cursinho, provas, saco cheio e noites mal dormidas, os dias passam cada vez mais lentos. A manhã para mim sempre é difícil. Na minha humilde opinião, a manhã foi feita para ser dormida (há os que se opõem, e eu não os tiro a razão. Mas nada como dormir tarde e acordar tarde). Mas enfim...
As palavras que mais escuto no dia-a-dia são:
UFRGS, VESTIBULAR e ENEM.
Quem foi o desgraçado, miserável, filho de uma égua que inventou o vestibular?
Como o meu próprio professor de história do cursinho disse, o vestibular é um concurso público do qual milhões e milhões de jovens se matam para poderem ser considerados alguém a ser respeitado (isso se aplica às universidades federais, claro). A educação brasileira (já entrando num contexto político) prepara muito bem seus alunos no ensino superior, mas nada adianta se contentar a uma base medíocre que é o ensino público nas escolas. Aí ainda tenho que ouvir comentários, por exemplo, de meninas que estudam em um Rosário ou Anchieta da vida, dizendo que quem depende de cota é burro. É assim no pré-vestibular, onde vários alunos também de colégios particulares, se preparam para concorrer com o cara que estudou a vida inteira em uma escola com uma estrutura precária, falta de professores e uma péssima base de conhecimento.
No fundo, aquelas meninas não estão erradas. Cota é coisa de burro sim, coisa de governo que tenta tapar o sol com a peneira, para poder criar uma boa imagem enquanto não toma as medidas necessárias para uma melhor qualidade no ensino.
Estou enfatizando esse tema pela maior circulação de notícias vinculadas à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, que vem sendo acusada de inúmeras fraudes (no Detran, e durante a sua campanha), tendo comprado uma casa no valor de R$ 1 000 000.
Enquanto isso, escolas estão sendo improvisadas em containers, onde crianças não conseguem assistir as aulas.
É para onde a educação está indo. Para a lata, a lata do lixo.
Diversos movimentos estudantis estão sendo organizados. Um deles é o "Caras Pintadas"(do qual participei algumas vezes), com membros do DCE da UFRGS, que vem fazendo um ótimo trabalho, distribuindo jornais, conscientizando os alunos, passando nas escolas, organizando atos e promovendo encontros com os estudantes para troca de idéias. Um ótimo exemplo de união e força, inspirado ainda pelos primeiros "caras pintadas", lá no tempo do Collor. O oposto da imagem que a maioria da sociedade tem dos jovens. É fato que hoje em dia grande parte não dá valor à política como deveria, justamente por pensar que não há mais ideais nem causas para lutar. Mas dentro de tudo isso, existem as exceções, que tem conhecimento dos problemas que nos envolvem e não só reclamam, como também tentam fazer alguma coisa para tentar mudar a situação.
Peço que não me interpretem mal. Não quero generalizar nada. Reconheço que também existem políticos interessados, e que fazem a sua parte. Reconheço que existam várias escolas públicas excelentes em todos os estados. Mas por que esse privilégio é concedido apenas a uma minoria? Por que para alguns as coisas são tão fáceis e, para outros, tudo tem de ser tão difícil? Essas e tantas outras questões poderiam ser levantadas, e talvez com boa vontade e bom senso, poderiam ser resolvidas. Mas como não adianta falar e não fazer nada, continuo aqui sentada, escrevendo para mim mesma.
Depoimento de uma aluna do terceiro ano do ensino médio, de 17 anos, que há 6 estuda em colégio estadual.
As palavras que mais escuto no dia-a-dia são:
UFRGS, VESTIBULAR e ENEM.
Quem foi o desgraçado, miserável, filho de uma égua que inventou o vestibular?
Como o meu próprio professor de história do cursinho disse, o vestibular é um concurso público do qual milhões e milhões de jovens se matam para poderem ser considerados alguém a ser respeitado (isso se aplica às universidades federais, claro). A educação brasileira (já entrando num contexto político) prepara muito bem seus alunos no ensino superior, mas nada adianta se contentar a uma base medíocre que é o ensino público nas escolas. Aí ainda tenho que ouvir comentários, por exemplo, de meninas que estudam em um Rosário ou Anchieta da vida, dizendo que quem depende de cota é burro. É assim no pré-vestibular, onde vários alunos também de colégios particulares, se preparam para concorrer com o cara que estudou a vida inteira em uma escola com uma estrutura precária, falta de professores e uma péssima base de conhecimento.
No fundo, aquelas meninas não estão erradas. Cota é coisa de burro sim, coisa de governo que tenta tapar o sol com a peneira, para poder criar uma boa imagem enquanto não toma as medidas necessárias para uma melhor qualidade no ensino.
Estou enfatizando esse tema pela maior circulação de notícias vinculadas à governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, que vem sendo acusada de inúmeras fraudes (no Detran, e durante a sua campanha), tendo comprado uma casa no valor de R$ 1 000 000.
Enquanto isso, escolas estão sendo improvisadas em containers, onde crianças não conseguem assistir as aulas.
É para onde a educação está indo. Para a lata, a lata do lixo.
Diversos movimentos estudantis estão sendo organizados. Um deles é o "Caras Pintadas"(do qual participei algumas vezes), com membros do DCE da UFRGS, que vem fazendo um ótimo trabalho, distribuindo jornais, conscientizando os alunos, passando nas escolas, organizando atos e promovendo encontros com os estudantes para troca de idéias. Um ótimo exemplo de união e força, inspirado ainda pelos primeiros "caras pintadas", lá no tempo do Collor. O oposto da imagem que a maioria da sociedade tem dos jovens. É fato que hoje em dia grande parte não dá valor à política como deveria, justamente por pensar que não há mais ideais nem causas para lutar. Mas dentro de tudo isso, existem as exceções, que tem conhecimento dos problemas que nos envolvem e não só reclamam, como também tentam fazer alguma coisa para tentar mudar a situação.
Peço que não me interpretem mal. Não quero generalizar nada. Reconheço que também existem políticos interessados, e que fazem a sua parte. Reconheço que existam várias escolas públicas excelentes em todos os estados. Mas por que esse privilégio é concedido apenas a uma minoria? Por que para alguns as coisas são tão fáceis e, para outros, tudo tem de ser tão difícil? Essas e tantas outras questões poderiam ser levantadas, e talvez com boa vontade e bom senso, poderiam ser resolvidas. Mas como não adianta falar e não fazer nada, continuo aqui sentada, escrevendo para mim mesma.
Depoimento de uma aluna do terceiro ano do ensino médio, de 17 anos, que há 6 estuda em colégio estadual.
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