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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Dark, Darko.


Acabei de ver Donnie Darko. Preciso ver de novo.

Tô meio confusa, acho que não ando muito bem por dentro. Às vezes eu me sinto como em 2005, quando tudo ainda desmoronava. Aquilo ainda não saiu de mim completamente. E claro, depois de uma revivada semana passada... enfim.
Me confundo quanto a permanecer a par de tudo, protegida pelo rótulo de criança que não tem maturidade pra entender tudo, segura dentro da própria concha, ou finalmente, crescer.

Enquanto isso, meu interesse por psiquiatria aumenta.
Quando a piadinha de que as pessoas que fazem psico são doidas, e que só entram nod cursos pra primeiramente, tentar cuidar de si mesmas.. Sim, é uma puta babaquice, mas é verdade (pelo menos pra mim).

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Springtime

Ok, tenho que parar de julgar filmes por seus gêneros. Minha resistência contra filmes românticos/comédias românticas são por falta de saco pra clichês. Mas não sei se é eu que ando com sorte de achar filmes, se um pouco romântica ultimamente, ou os roteiristas que andam aprimorando mais os filmes. Vai ver que não é só eu que ando de saco cheio dos mesmos finais felizes e eles começaram a fazer as coisas mais reais. É um novo jeito pra arrecadar mais dinheiro, mas enfim.
Vi "500 days of Summer", com a Zooey Deschanel (sem comentários) e um tal de Joseph Gordon-Levitt (que eu não conhecia, mas o guri é bom). É daquele tipo de filme que tu já tem uma perspectiva do enredo previamente montada só ao ler a sinopse. Tudo bem, eu não vou questionar um velho jeito de fazer filmes desse gênero. O fato de eu diferenciar esse filme da maioria, é que por mas que o final seja esperado, a forma com que a história é contada, o jeito que o filme evidencia os sentimentos do protagonista (a parte da expectativa/realidade foi simplismente genial. li que foi uma referência a um filme do Woody Allen -Noivo Nervoso, Noiva Neurótica, do qual eu me obrigo a ver haha). É de uma maneira tão sincera e clara que não tem como não se comover.
Eu sou suspeita pra falar, porque sempre, sempre que eu gosto de filmes que tenham dois personagens centrais, eu consigo me indentificar com os dois ao mesmo tempo, mesmo que eles se contradigam. Na verdade, essa sou eu.
No caso, ela, é o tipo de pessoa que eu sou a maior parte do tempo. "Racional", sem perspectivas, tranquila e que preza por liberdade. Alguém atrás cobrando, não é legal. Ela não chegou a falar detalhadamente sobre relacionamentos anteriores, mas certeza que o pensamento dela pode ser aprimorado por eles haha. Já o carinha.. Bom, ele talvez seria eu apaixonada. Não sei. Não tenho certeza. Mas eu me indentifiquei com ele um pouco. Talvez por ver o amor como algo seguro, e não como algo relativo. Não que ela seja indiferente a ele ou insensível, a diferença é que ela não tinha a certeza. Os dois se gostavam, fato. Mas às vezes as coisas não dão certo porque não é pra ser, mesmo que haja vontade de ambos. Isso eu aprendi sozinha, depois de levar algumas vezes na cabeça. E como o próprio filme mostra, o protagonista também teve que aprender do jeito mais difícil (não que isso seja ruim, muito pelo contrário. só assim se amadurece de verdade. não raramente encontramos pessoas confusas, não só sobre amor, relacionamentos e tal, mas com elas mesmas. e sabe como se sai disso? ficando sozinho. o problema é que tem gente que não consegue, mas aí é outra história...).
Sei lá. Hoje, eu tô tão tranquila em relação a isso que eu mesma me surpreendo. Assim como tem pessoas que a gente se apóia quando a gente precisa (falando de modo grosseiro: pessoas que a gente tem na reserva quando a gente tá carente o suficiente pra poder se sentir melhor - sim, eu não sou uma filha da puta. isso é fato, quem não tem? vamos deixar de ser hipócritas), a gente também tem que saber quando a coisa é diferente. A gente geralmente se engana, porque as pessoas tem medo de falar sobre isso e de se expor. Só que na teoria, tudo é tão fácil que... por isso mesmo é complicado. Eu cheguei a conclusão que o melhor a fazer é desistir de criar teorias mirabolantes pra me auto-consolar. E parar de criar estereótipos perfeitos pra mim, porque isso certamente não existe.
No fim, acabei saindo do assunto outra vez. Mas..
Ah, talvez isso seja só um desabafo.
Talvez.. seja só uma crítica sobre um filme romântico.
Deixa pra lá.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pride and Prejudice


Fazia tempo que eu não via um filme de romance. Geralmente eu evito esse tipo de coisa por não ter mais saco de aguentar finais felizes. A maioria desse tipo de filme segue um clichê do qual vende a idéia do amor como algo perfeito e puro. Talvez essa seja a definição de idade média (ou pra menininhas que vêem Crepúsculo).
Mas me contradizendo um pouco, devo dizer que adorei esse filme. Eu já tinha gostado muito de "Atonement", do mesmo diretor, Joe Wright. Os dois filmes são muito delicados, e visualmente bonitos. Sem contar a trilha sonora do Dario Marianelli, (também presente nos dois) que dá todas as nuances das emoções do filme.
O roteiro é uma adaptação de um romance de um livro homônimo da escritora Jane Austen publicado em 1813.
A história se passa na Inglaterra, no começo do século 19 (ah, número romano pra quê?). Claro, nessa época, as mulheres ainda não se ocupavam de muitas coisas, visto que o maior propósito da vida delas seria arrumar um bom marido - rico de preferência (opa, será que estamos muito longe disso? rs) pra não ter muito trabalho. Seguindo isso, Elizabeth (Lizzy), a protagonista, (óbvio) é uma exceção ao padrão de pensamento da época. Ela lia, era inteligente, sabia conversar. Ao contrário das três irmãs mais novas (duas, uma era mais na dela) que só pensavam em casar. Também tem a outra irmã mais velha, a Jane (que não tem muita importância). Bom, é aquela coisa toda, bailes, danças. Até que eles se conhecem no baile. Mr. Darcy. Ah Mr. Darcy... Até eu. HEHE. O cara é total cara de bunda, arrogante não gosta de dançar (só por isso já me valeria uns pontos heheueheuh). Aí eles ficam naquela paquerinha até trocarem umas farpas ao longo da festa. Assim como ele, Elizabeth não fica sai por baixo e sabe ser sarcástica. Óbvio que isso chama a atenção dele.
E assim vão, ao longo do filme, se odiando (e SEMPRE se encontrando, toda a hora). É claro que eu não vou exigir de uma adaptação de 1800 e lá vai pedrada, algum senso de realidade. É um romance, nada mais. (talvez toda essa minha preocupação em demonstrar sensatez quanto à história do filme seja uma tentativa de não dar o braço a torcer pra não admitir que de vez em quando, láááá de vez em quando, esse tipo de historinha me entretém ehehe). O que certamente mais me chamou a atenção foi esse orgulho dos dois que por várias vezes causou mal entendidos. Só que no meu ver, isso é fascinante. Nada que é fácil é muito digno de interesse. Com certeza se ela tivesse cedido na primeira vez, na cena da chuva (quase morri), talvez não teríamos tanta paixão e 'cumplicidade' (porque automaticamente, eles se conheceram mais depois da briga e ao decorrer da história até o final). O ruim é que na vida real a gente não sabe quando se deve aceitar ou recusar 'oportunidades'.
Os dois são iguais. E isso comprova a minha objeção àquela teoria ridícula dos "opostos se atraem". Realmente, não funciona. O amor também é egoista. Não gostamos das pessoas pelas divergências e sim pelas coisas em comum, que fazem com que nos vejamos nos outros. Depois da atração física, esse é o segundo requisito a ser preenchido (isso vale pro filme e pra hoje em dia).
Mr. Darcy é tipo de homem que não existe. Bonito, rico, misterioso, elegante, educado, arrogante (ponderadamente), desejaitado (sim, eu adoro), generoso, bondoso. HAHA. Sejamos francos, todo o mundo idealiza algum tipo homem/mulher ideal. Mas convenhamos, nem metade da lista acima já me estaria de bom grado, porque sinceramente...
Enfim. Gostei do filme de romancezinho sim. A mulherzinha aqui quase chorou no final, admito hahaha. Aiai. Toda a mulher (umas mais, outras menos, outras MUITO, e outras que tentam esconder) tem um pouco de mulherzinha romântica.
Mas pelo menos isso serviu pra adoçar um pouco o dia. ^^

Agora me dêem licença que eu tenho mais o que fazer ok. HAHA.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nome Próprio


Hoje dei uma relembrada rápida em "Nome Próprio" do Murilo Salles, que eu vi há uns dois, três meses atrás. Lembro que na época eu não soube muito bem expressar uma opinião concisa. Talvez um pouco vulgar, mas seguido de uma boa interpretação da protagonista, Leandra Leal, no papel de Camila. Um pouco clichê demais. Moderninho demais. Tinha mais expectativas sobre esse filme.
Mas analisando melhor. Dá pra fazer uns "quotes" bem bons. Algumas das frases profundas da Camila me lembram um pouco (eu evito esse tipo de coisa, por achar melodramático demais. mas vez ou outra eu me pego filosofando coisas que até eu mesma acho ridículo, porém vindo de outra pessoa, até nem é tanto. coisas de Mayra.)
A personagem, um tanto quanto confusa (...) no fundo só queria se encontrar (escrevendo um livro). Mas o mais interessante disso tudo não é esse 'objetivo principal', mas sim os conflitos que ela gera dentro dela mesma e, consequentemente, com os outros à volta.
O começo do filme já é quase uma agressão ao espectador. A primeira cena se resume a um cara, jogando tudo o que encontra dentro de malas e caixas desesperadamente. Quando ele finalmente consegue por metade da casa dentro delas, ele a chama a então protagonista e a expulsa de casa. Ela tá pelada em cima da cadeira e os dois começam a brigar. É realmente uma cena tensa, visto que... né.
Depois disso ela começa a escrever enlouquecidamente, vai morar com um conhecido, encarna a faxineira e quase morre chapada. E assim vai.
Ao mesmo tempo em que ela deseja se apaixonar por alguém, ela não consegue ficar só com uma pessoa. Sempre acaba fazendo alguma merda, seja roubando ficantes de amiga (e transando com eles na praia) ou bebendo, enfim.
Uma das melhores cenas é o gelo no cara de Riberão Preto. Ela simplismente destrói, e ainda faz o cara pagar uns 20 drinks pra ela. Claro que no final ela acaba dando pra ele, enfim, mas é muito engraçado haha.

Camila (Beatriz):
- Eu preciso de alguém que me faça calar a boca. Alguém que me obrigue a escutar. Alguém que me domine. Eu preciso disso pra parar de ter vontade de ficar olhando pro lado o tempo todo. Preciso de alguem que me cure. Um homem que me cure. Acho que esse cara não existe. Quer dizer, eu ainda nao encontrei ele. Mas eu vou continuar procurando.
Cara:
- Beatriz, eu preciso dá uma mijada.

PQP HAHAHAHA

Mostra clara da sensibilidade masculina perante a uma fala feminina (e não uma fala qualquer). Às vezes a densidade das palavras que a gente tanto demora a formar dentro da nossa cabeça, acaba não sendo compreendida, e não só, desprezada por gente que não se importa em escutar o que os outros tem a dizer. Tá certo que no fundo eles tavam ali por um único motivo, cada um. Ele só queria comer alguém e ela só queria alguém suficientemente trouxa pra pagar os drinks. No final, acho que no meio dos enganos, os dois acabam se saciando, talvez não de uma maneira 'amigável', mas enfim. AauhaUHAuhAUAuha
No fim, ela acaba conhecendo um cara pelo blog dela (bastante acessado por sinal ehehe), se apaixonando, o cara sumindo. É mais um tipo de filme que vale por algumas cenas do que pela história em si.
Acho que a Camila representa claramente alguns fragmentos de solidão, confusão, excessos. Essas coisas que a gente passa quando a gente ainda não sabe direito o que é. Criança, adolescente, adulto. A gente ainda não tá pronto, não estamos prontos pros outros, pro mundo e tampouco pra nós mesmos. E isso é necessário. Esse período é bom pra se encontrar. Talvez não tão excessivamente, e com tantas quebras de limites quanto a personagem em questão. Mas estes servem pra refletir e quem sabe tentar relacioná-los com algumas coisas que a gente vê por aí e que nós mesmos ainda passamos.

"Fico pensando que ninguém se cura de nada, nunca. E a dor são os poros por onde transpira a escrita. Tudo sobra em mim, e ao mesmo tempo não há nada em mim. Sofro de nada, e de ninguém.."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Paris (e suas consequências).


Depois de muito tempo, cá estou. Não que eu tenha me esquecido do blog; por muitas vezes pensava nas coisas em que poderia escrever. Mas eram breves flashes, como quando quem sonha algo bom, ou tem uma idéia boa enquanto está dormindo, acaba não anotando em algum lugar e esquece no dia seguinte, enfim.
"- Você nunca se perguntou de onde vêm todos esses fios?
- Não, nunca penso nesse tipo de coisa.
- Bem, eu sim. E para onde vão, também."
Bom, precisei ver "Paris", do Cédric Klapisch de novo pra ver o quanto esse filme é genial. Tá bom, nada mais é do que histórias paralelas, no meio daquela cidade maravilhosa em que todo o mundo queria morar. Mas não é só isso. É mais.
Meio que sai do mundinho criado da maioria dos filmes. Esse é um filme que mostra não só o cotidiano de pessoas 'normais', mas seus medos e desejos, suas frustrações, suas expectativas. Coisas que todos tem, mas que nem sempre sabem exprimir. Aqui, é possível vermos várias reações e situações 'vagamente' familiares, nas quais nos identificamos. A partir daí, é possível analisar não só a situação do personagem, mas a nossa aos olhos de um espectador. E isso é uma das grandes características do filme (tudo bem, eu sei que isso não é uma coisa extraordinária e original, mas deixe eu me inspirar nele haha).
Os personagens são bem diferentes entre eles. Não posso deixar de falar primeiro da Binoche (sim, eu sou muito paga-pau dela) que tá linda demais. Ela sempre acaba passando a própria doçura dela pros personagens que faz. Interpreta Èlise, a irmã do 'personagem central', Pierre, feito pelo Romain Duris. Este, sofre de uma doença cardíaca dando-lhe poucos meses de vida. A partir disso, ele começa a ver a vida de outra forma, encontrando da sua janela - e vendo nas pessoas que passam - os seus heróis das histórias que inventa para si mesmo.
Ao decorrer da história, conhecemos outros personagens, como o divertidíssimo Fabrice (Roland Verneuil), que trabalha como um importante historiador, que logo se vê apaixonado por uma jovem aluna. Suas maneiras de lidar com seus problemas, segundo ele próprio (na ótima cena do psicanalista), sempre foram práticas. Nunca teve tempo para sentimentalismos. Quando se apaixona pela aluna, outros problemas como a morte do pai e outras frustrações também vem à tona. Então. É possível ver que às vezes, só com um empurrãozinho, o mundo acaba caindo em nós. Acabamos nos importando e se dando conta de quantas coisas deixamos passar e que muitas vezes nos ficam atravessadas. Absorvemos tanta coisa no dia-a-dia e das pessoas a nossa volta, que quando finalmente olhamos para nós mesmos, olhamos pessoas vazias, cansadas de ter que carregar tanto peso (e na maioria das vezes, desnecessários).
Ao final do filme, vemos Pierre a caminho do hospital, vendo todos os outros personagens seguindo suas vidas (diferentes ou não, ao longo do filme), analisando o quanto as pessoas adoram reclamar da vida, e se dizerem insatisfeitas com tudo. No fundo, nós gostamos disso. Temos nossas vidas, fazemos de tudo. Temos pressa, corremos, discutimos, resolvemos. Damos tanto valor ao que nem sempre nos é importante. E o engraçado, é que só ao final dela, percebemos isso. Do quanto poderíamos ter aproveitado mais e nos preocupado menos com os mínimos detalhes.
Ufa. Com certeza esse vai pra lista dos filmes favoritos. Como se não bastasse (claro), a trilha sonora também é maravilhosa (que depois de muita procura, logo logo vai pro outro blog).
Recomendo a todos.