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domingo, 29 de novembro de 2009

"The Post After"

Eu sei, eu disse que eu não ia me apaixonar.
Mas depois de tudo, é natural que eu fique pensando onde tu tá. É natural que eu queira estar contigo, e/ou desejar que tu mandasse apenas uma mensagem de boa noite.
Não quero ficar dependente de ti pra me sentir mais feliz. Mas são pequenas coisas que a gente cultiva, que eu gostaria que fossem preservadas.
É quando tu me faz descobrir um lado meu que nem eu sabia que existia. É te xingar, e sentir quase prazer nisso (e depois te pedir desculpa). É rir quando não pode (?). É escutar Cat Power até eu enjoar (!!!). É eu cantar baixinho sem sentir vergonha.
Tu disse que eu sou muito dispersa, que tu gosta de ficar junto quando se está junto (hãn hãn?). Eu não sou assim, não tenho a necessidade de estar grudado todo o tempo. Ainda mais na frente dos outros. Mas eu gosto que me lembrem que existe alguém que pensa em mim de vez em quando.
Eu até acho que tu pode sumir pra me deixar assim, como eu tô. Tu tá fazendo o que eu geralmente faço, pra ver se vale a pena. Só não dá uma de gurizinho agora, por favor.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sempre

Olhos cansados marcam meu rosto.
Saudade talvez já tenha passado por aqui, e mandou lembrança.
O que sobrou agora foi o resto.
Talvez nem isso.

Se alguma vez fostes sincero quando disse que me amava,
Caíste do teu pedestal ao dizer isso em vão.
Queria resgatar a ti mesmo, talvez me usando como algo que revivesse.
E eu gostava disso.
Gostava de te escutar, de me deixar levar pela tua narrativa.
Me achava alguém melhor que eu quando estava do teu lado.

Estes dias sonhei contigo, lucidamente.
Tudo fazia sentido, o que é raro.
Sonhei que pedias desculpas, por ter me deixado sozinha.
Que me acariciava as mãos enquanto falava (como sempre o fez, e eu amava).

Vazio, é o que sinto às vezes.
Não vou até ti por medo que me rejeites de novo, e que tu aja como agiu da última vez.
Tua franqueza machuca.
Não sabe medir tuas palavras, e te acha especial por isso
(E tenho que concordar).

Tuas confusões
Tuas dúvidas.
Tudo aquilo me fascinava.
Das poucas vezes que falava algo teu, me sentia íntima.
Honrada.
Honrada por saber que não falavas fácil assim.
E que eu não era qualquer uma.

Se algum dia as coisas voltam a ser como antes, não sei.
Acho difícil.
Por mais que quando bem nós vivíamos, e tu sumia, sabia que qualquer hora tu voltava.
E tudo voltava.
Agora não tenho mais esse conforto.
Não tenho mais essa certeza.

Do que restou de ti, é alguma saudade.
Alguns fragmentos teus;
Alguns hábitos absorvidos;
Alguma pessoa melhor.
Porém ao invés de querer ser que nem tu era, prefiro ser eu mesma.
Me tornaste independente de ti, e dos outros.

E quando quiser voltar.
Te esperarei como sempre;
Tímida, aprendiz, ouvinte, feliz.

http://www.mediafire.com/?wayyqwmtlm3

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Tudo bem.


Ok. Posso ter sido fria demais contigo.
Eu fiquei magoada com algo que até nem tem relevância, mas é porque é contigo. Tu com certeza vai dizer que é bobagem, que são coisas da minha cabeça e que não tem nada a ver. Mas eu vi a maldade, eu vi. E tu que sempre vê as coisas de longe, parece que fez que não viu.
Mas não vou falar por ti.
E também porque (não que eu te cobre) não foi fácil esses últimos dias pra mim.
Todo mundo parece ter mais o que fazer do que.. sei lá. Dizer alguma coisa boa pra alguém, dar um oi, qualquer merda. Sinto falta disso. Não da tua parte, mas sei lá, dos outros (e eu consigo afastar quem faz isso por mim. legal, Mayra, continue assim (Y).
Se descontei um pouco disso em ti, desculpa.
Acho que a gente só tá cansada.
Talvez os meus problemas sejam mais superficiais que os teus e eu seja uma puta egocêntrica e hipócrita que fica se queixando pelos cantos e que não faz merda nenhuma pra se ajudar. É, eu sei, isso é um defeito grave. Tanto que eu me ceguei tanto com as minhas preocupações que nem sequer pensei em ti também.
Haha, que ironia. Eu que vivo falando de reciprocidade, e gente que só pensa em si e que não se importa com os outros, dando mal exemplo.
É. Bicho triste que nós somos, não?
Mas são dessas imperfeições que a gente tira o crescimento. Uma vez eu li num muro "a dificuldade vem para polir a alma". Talvez um pouco profundo demais, mas faz sentido. Se não fosse isso, o que seria da gente? Certamente o tipo de pessoa que nós desprezamos. Acho que reconhecer é um bom começo né?
Enfim. Deixa pra lá. De nada me adianta essa minha doença que é o orgulho. Só consigo me fazer mais mal ainda.
Eu te amo, e por mais que seja difícil de eu dizer ou transparecer, tu sabe.

"I can’t find my goodness 'cause I lost my heart."

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Aula de Literatura [pt. 2] - o amor platônico.

Aviso: alto teor de bobagens, perversões e idiotices escritas nesse artigo. Mesmo assim, gosto de me divertir e passar o tempo com elas.

Como ia chegar atrasada, decidi trocar de sala.
No primeiro período, perder alguns minutos de física é até bom. Fui para a sala 8, já pensando em sentar na primeira fila...
Passou-se. Matemática (atóron). Geografia, substituindo (ai ^.^ até fui citada, e meu nome foi colocado no quadro para um exemplo. O indivíduo não entendia o meu nome [repeti três vezes, não sabendo se o meu nome que era muito feio, eu que falo baixo demais ou ele que era surdo]. fiquei que era um pimentão.).
Chega o último período. Já tava suando as mãos - tu sempre chega atrasado.
Não consegui olhar pra tua cara. Me senti corar. Jogou o teu casaco a duas cadeiras de mim. Minha vontade era de pegar e sair correndo com ele. Enfim.
Cortaste o cabelo.
E assim começou a falar sobre a questão tosca do simulado do enem de sábado. Depois ainda mostrou o teu lado arrogante, ao ser questionado sobre quem faz o simulão serem os próprios professores do unificado. Tu disse que quem faz não é professor e sim algum indivíduo, classificado como (algum termo que nao lembro), uma espécie de 'masturbador intelectual'.
" -Como eu tô mau hoje não? Estranho, eu saí tão bem do campus. Ah sim, claro, minha felicidade toda é por lembrar de ter que dar aula hoje" rsrsrs (filho da puta hahahaha *-*)
Mencionou o mau-humor já citado pelo teu outro amigo (meu também professor) de sábado, visto que enquanto este estava lá no gigantinho representando a tua empresa perante aos participantes do simulado, tu, (com aquele teu tom irônico que eu adoro) disse que estava tomando champagne em casa. Hahahaha, ai ai.
Enquanto falava a matéria e escrevia no quadro do lado direito, vinha vindo a minha direção, à esquerda do quadro. Eu tava esperando ansiosamente algum filho da puta me dar algum bilhete pra te entregar (se fosse o caso, acho que até eu escreveria algum, discretamente). Quando já estava no meio do quadro chegou um. Fiquei vermelha, e estendi o braço na classe para que tu visse. Tu viu, e me ignorou por alguns minutos. Já tava ficando com cara de cu (marcante característica minha perante a essas situações normalíssimas, das quais eu fantasio uma possível chance de tu olhar pra mim), me sentindo a mais desprezada das criaturas.
Te olhei fixamente até que tu viesse a mim. Quando veio, tentei criar uma câmera lenta, essas coisas de filme. Aquela mão branquinha vindo até mim, tocou delicadamente nos meus dedos pra pegar o bilhete. Quase um orgasmo. Enfim.
Como se não bastasse, decidiu permanecer por ali. Escrevia no quadro mostrando duas das melhores coxas que já vi nos últimos tempos e com uma bundinha nada mal. E como se não bastasse [2], decidiu apoiar a perna em uma cadeira vazia, sem ser a do lado a minha a próxima. Não conseguia olhar pra cima. Sentia minhas bochechas fervendo.
Até que imaginei "1°: não adianta eu sentar na primeira fileira e ficar me escondendo. 2°, tô perdendo o espetáculo." Liguei o foda-se e continuei a te encarar. Vi teus olhos de perto, aguados e castanhos.
Quase te retruquei quando tu falou mal da Joan Baez. Tá bom, nem conheço muito dela, mas ela é boa sim (ok, o cover de Blowing In The Wind é ruimzinho, mas ela é boa cantando as músicas dela). Gosto quando tu fala de música. Tu também entende disso (apesar de eu não concordar em certas opiniões maldosas tuas, como esta da Joan, mas enfim). Tu é um merda.
Falou mais ainda de Dylan, Beatles, Stones e Pink Floyd (que eu nem gosto, mas vou baixar por tua causa).

"Now there's a look in your eyes, like black holes in the sky.
Shine on you crazy diamond."


Não consigo te imaginar ouvindo essas coisas. Muito """"chinelonas"""" pra ti. Bobagem minha (a única certeza é que eu tenho é que tu gosta de Chico Buarque e Nelson Rodrigues). Se tratando de ti, nada pode ser certo ou errado, bom ou ruim, tudo é duvidoso. Não sei até que ponto tu te esconde dentro do teu conhecimento e da tua arrogância. Só sei que eu gosto, e uma das coisas que eu mais desejaria hoje, era te desvendar.
Quando tudo já tava ficando bom demais, bateu o sinal. Guardei minhas coisas rapidamente e te vi descendo as escadas (engraçado como quando a gente gosta de alguém, a pessoa parece nos olhar de canto de olho. 99,9% das vezes é só impressão, mas enfim). Por fim, te vi entrando na sala dos professores pra te reunir com teus colegas. Enquanto isso, cá estou, no ônibus, escrevendo isso aqui.
Que Deus me dê forças na próxima terça-feira.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aula de Literatura?


Bom, devo confessar que nos últimos três anos de martírios escolares, esse não me foi um ano tão ruim.
Visto que surpreendentemente, há duas aulas das quais espero ansiosamente para ter. Tudo bem, eu gosto da matéria. Mas sinceramente, não me acho grande conhecedora. Sei dos períodos, alguns autores, algumas histórias, essas coisas que nos fazem decorar (das quais eu não tinha muito interesse, julgo pelos professores - sim, eles fazem toda a diferença).
Uma das poucas coisas que posso dizer que aproveitei, e que realmente gostei desse ano foram as aulas de literatura do meu curso pré-vestibular (aulas do colégio são descartáveis). Mas claro, não só pela matéria, como vocês já sabem.
Meus dois professores.. Bom. Não gostaria de cair no clichê "aluna apaixonada por professor" mas, quando se tem pessoas que REALMENTE entendem do que falam e conseguem transmitir com entusiasmo aquilo que sabem a nós, míseros alunos, é impossível não criar uma grande admiração à pessoa a sua frente.
Não gostaria de citar nomes, caso alguém que os conheça leia, e me dedure (pode até ser bobagem, mas eu sou cagona mesmo).
O João* eu vejo quase como um pai. Realmente, até vejo um pouco do meu pai nele e vice-versa, pela sabedoria com que os dois dizem as coisas. Às vezes sarcástico, irônico. Às vezes sensível. Direto. Sai com umas tiradas ótimas e sempre consegue dizer alguma coisa que faça a gente pensar. Eu admiro tanto esse cara que qualquer merda que ele fale eu acho engraçado (imaginem uma sala silenciosa e a retardada aqui rindo. É uma coisa meio estranha).
Hoje ele disse algo muito interessante. Falando de Clarice Lispector, "A Hora da Estrela", nos falou que a história é como se fosse alguém (o narrador, Rodrigo S. M.) que resolvesse contar a história de alguém comum (Macabea, no caso). Mas afinal, todos somos comuns? Sim, se olharmos de maneira geral, somos (ou pelo menos a maioria, rs). Não conseguimos enxergar alguém na rua e pensar: "Hum, aquele ali é incomum". Não. Mas se pararmos apenas para olharmos cada um, individualmente, é impossível adjetivar todas as pessoas de míseros 'comuns'. Alguns tem a vida mais previlegiada, outros não. Com mais movimento, outras nem tanto. Mas tudo depende do jeito que a história de cada um de nós é contada. Se pegarmos qualquer ricasso famoso como exemplo, sem qualquer noção e conteúdo para contar qualquer fato da sua vida, há uma grande chance de acabarmos dormindo sobre a mesa (tudo bem, ignorando as revistas de fofoca que tiram seu sustento disso hehe). Agora, qualquer um de nós que souber como falar de nós mesmos/de alguém/de algo de uma forma interessante e instigante podemos, sim, fazer uma grande história. Quem interessa não são (necessariamente) os personagens, e sim o narrador. Enfim. Foi mais ou menos isso que ele disse.
A vida não é assim? Dar importância demais 'ao personagem' e 'ao cenário', nos faz esquecer de contar a história em primeira pessoa (nooffa! HAHA). Somos um. Generalizar as coisas é um dos erros mais bobos (e mais frequentes) que cometemos. Quando aprenderos a ver o outro como um indivíduo único, com seu passado e seu presente, seus pensamentos, sonhos, medos e afins, talvez enfim, consigamos estabelecer alguma conexão real. Isso é compartilhar. Quem sabe até uma história (nossa, que texto "profundo". acho que era só pra falar da aula de literatura mas me empolguei um pouquinho).
Continua...
* nome trocado para garantir à pessoa mencionada sua indentidade preservada e evitar possíveis embaraços à dona deste blog.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Resposta.

Não sei. Capacidade de dividir espaço e respeitar, são coisas tão básicas que não acho que me satisfariam. Pessoas agradáveis? Sim, conheço várias. Mas preciso de mais.
Também não preciso de ninguém que me complete, porque já sou. O certo seria alguém para me 'descompletar', embaralhar as peças do quebra-cabeça. Encaixar cada uma, dia após dia, e pacientemente é o que daria sentido a tudo isso.
Fiquei exigente, sei lá. Por várias vezes aceitei, e fiz o possível para me adequar aos outros. Mas quem realmente interessa, não é preciso. Não há adequações a serem feitas. Há a naturalidade. E a tolerância, a longo prazo (creio eu, né).
Digo com toda a certeza de que, quem importa em primeira instância, sou eu.
Sim, posso ser uma vadia egoísta, uma guriazinha metida a experiente e que na verdade não sabe de porra nenhuma. Sim, essa sou eu, até porque vivo mudando essas minhas concepções mirabolantes. Mas não tenho mais vergonha de dizer isso e de agir como. Só conseguirei ser eu mesma quando finalmente saber andar com as próprias pernas, e achar alguém aberto a aceitar e receber isso.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Desculpas e projeções.

Eu me desculpo por ser arrogante e sem paciência.Por sair dando patada sem nem ouvir o que tu tem a dizer.
Eu me desculpo por não me dedicar tanto ao que seria minha única obrigação. Mas tenta entender. Isso também não é fácil pra mim. Eu faço o que me obrigam. Me disperso facilmente, mas ao menos eu tento. Às vezes o cansaço me vence. Me sinto triste com isso.
Me desculpo por não falar pra ti das coisas que eu sinto, e mentir de vez em quando. Mas é necessário pra evitar que as coisas ficassem piores.
Me desculpo por não prestar atenção no que tu diz.
Me desculpo por não ser como tu queria que eu fosse. Sou mais parecida com o cara que tu te separou (mas que amou mais de 18 anos), que tu vive dizendo que tem um "gênio" forte demais. Talvez eu tenha herdado isso e, sinceramente, eu tenho orgulho, não vergonha.
Me desculpo por falar contigo só pra te pedir dinheiro ou te cobrar alguma coisa.
Me desculpo por achar chato tudo o que tu fala, e debochar de ti mentalmente quando tu vem com as tuas teorias psicológicas do qual eu acho que tu decora dos discursos das tuas amiguinhas.
Me desculpo por achar que tu é uma baita irresponsável por várias vezes, e não te dizer nada. É que acho que se dissesse ia ser pior.
Me desculpo por achar ridículo tu dizer as mesmas coisas, fazer as mesmas promessas todo o ano e não cumprir nenhuma.
Me desculpo por não te dizer nada disso do que tô escrevendo aqui e deixar que as coisas continuem desse jeito.
Se um dia eu e tu (sim, tu) crescermos, talvez a gente se entenda. Mas acho que as coisas só vão mesmo se acalmar quando uma morar longe da outra. O problema é que eu não sei quando isso vai acontecer, mas.. Sinceramente, eu espero que não demore muito. E espero que tu não me cobre por isso, porque é necessário, não só pra nós, mas pra mim.
Eu herdei a tua ânsia por independência, a tua que até hoje tu não conquistou. E isso eu intimamente cobro de ti, todos os dias.
As coisas poderiam ser muito diferentes se tu e o teu ex-marido tivessem mais cabeça. Mas enfim. Eu espero não ter que pagar por vocês dois. Uma hora os problemas vão cair sobre mim e eu tenho consciência disso.
Vocês são como quando se casaram, dois adolescentes que mal sabiam se virar sozinhos. A diferença é que agora vocês tem 20 anos a mais.
E disso eu nasci. É, tudo bem. Eu sei que se talvez nós fôssemos uma família unida, feliz e bem estabilizada eu talvez seria diferente do que sou hoje. E sei que não teria a cabeça que eu possuo (não que eu tenha muita, mas tudo bem), e isso é um lado bom. Mas eu sou humana, e penso no que as coisas poderiam ser melhores.
Mas uma coisa que a Ângela disse é que em termos financeiros, nada do que a gente ganha é realmente da gente. Não que eu seja ingrata a vocês, porque sei que tudo o que vocês me deram, vocês suaram muito pra conseguir, e deram por mérito de vocês. Reconheço (por mais que as vezes não pareça)isso.
Aí eu vi o lado positivo que talvez, mesmo que eu nunca ganhe de vocês os confortos que os meus semelhantes tem, eu vou poder batalhar por isso. E o mérito vai ser muito maior. Muito.
E aí, um dia eu vou poder mostrar não só pra ti, mas pra todo mundo que a mais quietinha e a menos "sortuda" já caminha com as próprias pernas. A que não é uma fútil cheia de roupas, que estuda na melhor uniiversidade de publicidade ou o adolescentezinho típico, que jura que vai ganhar um carro pós-18 e que perde tempo e dinheiro não prestando a atenção em porra nenhuma na aula de cursinho, contando com o auxílio do papai pra entrar numa puc, ou sei lá o quê.
Haha, não que eu seja melhor do que eles, de maneira nenhuma. Mas sei lá, por mais que eu tenha meus defeitos, eu pelo menos tenho mais noção de como as coisas são. Vou dar mais valor, e vou correr mais atrás das coisas, por mim. Sem depender de vocês. Nem de irmãos, nem de ninguém.
Eu só conto comigo mesma. Essa é a única certeza que eu tenho pro resto da minha vida. E quando eu finalmente alcançar isso, o meu maior desejo é poder retribuir a ti e ao teu ex-marido o que vocês me deram, e, quem sabe, dar a vocês a oportunidade de finalmente de caminharem com as próprias pernas.

domingo, 9 de agosto de 2009

E precisava tudo isso?

Ok, errei.
Admito. Mas pelo menos não sou tão irredutível a teu ponto.
Te pedi desculpas, e tu nem a isso prestou.
Se agora estás bravo por outros motivos, te asseguro que irei pagar pelo estrago material que te fiz. E o quanto antes. Não gosto de ficar em dívida com ninguém.
Foda-se essa tua pose de poderoso. Esse teu desdém, e essa questão toda que tu faz de parecer arrogante e acima de tudo e de todos. No fundo tu és triste.
Correr atrás de ti eu não vou mais. O que eu quero mesmo é sair dessa dívida contigo. O meu melhor eu já fiz, que foi te dizer o que me incomodava e te pedir perdão pelos erros que considero válidos. E a chuva não tem culpa por não podermos resolver isso frente a frente. Falta é vontade.
Guarda a tua arrogância e desdém pra ti, somente. Quando te restar apenas isso tu vai ver QUEM vai te sobrar. Sei que tu tem muitos outros amiguinhos, muito melhores que eu, por sinal. Eu olhava e achava tudo aquilo o máximo. Mas agora penso que aquilo são só pessoas que mais querem se afirmar umas às outras. Não consigo ver nenhuma expressão sincera naquela gente. Enfim, cada um tem os amigos que quiser. E espero que tu te divirta e aproveite com eles o quanto tu puder.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Carta ao (ex?) amigo.

Me instigaste a me tornar uma pessoa mais interessante. Tenho fascínio pelo que julgo misterioso e difícil de conhecer/entender. Tu me apareceu numa “boa” hora, já és o oposto do que estou acostumada . Tens bom gosto. Sabe ser doce a amargo ao mesmo tempo. Isso que fez com que gostasse de ti quase que instantaneamente.
Me dissestes uma vez que quando tomasse gosto por escrever, se tornaria um vício. Pois acertou.
No começo, tinha quase medo de ti. Depois vi que tu não era tão mal assim. Talvez um pouco mais.
Me incomodou saber que gostavas de mim quando eu, na época, parecia mais perdida do que sou. Pareces que tens mais um instinto fraternal do que apreço por mim.
Acho que mudei. Não sei para que lado, mas mudei.
Enfim.. Não sei por onde começar.
Dessa situação (a razão pela qual escrevo), só enxergo o quão desprezíveis as pessoas podem ser por... quererem se enganar, por algumas ilusões. Só que desta vez tu te enganaste. Desta vez, eu estava no meu controle. Não entreguei o meu juízo a qualquer. E quando te disse isso, riu da minha cara.
Não sei se tuas palavras foram de ciúmes, “possessivas” como tu costuma dizer, ou de nojo. Não me considero digna de pena, mas do teu desprezo não. Dói.
Sei que teu orgulho vai achar esta “carta” uma bobagem só. Mas eu não consigo (ainda) ser tão hipócrita.
Deixarei de ser apenas tua amiguinha admiradora. Por isso, acho que tu não me leva a sério. Certa vez, me disseram que eu parecia uma fã tua. Talvez essa pessoa tivesse razão. Por um descuido e exagero da minha parte. Não menos de uma vez eu mesma exaltei minha admiração por ti, e agora penso que foi um erro. Mas quero evitar lamentações.
Enfim, por vez, acho que tu riria disso, se caso lesse. Porém, tenho em mim o descargo de consciência de por isso no papel, caso queira algum dia dizer-te algo.
“Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar, não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto, mas o que eu digo."
Não irei mais te importunar, se caso aches necessário. É claro que meu apreço por ti (apesar de tuas palavras) não mudará, porque sei que tu és assim, e te conheci desse jeito. Porém sou impaciente e o silêncio alheio me incomoda.
Não esperarei tua resposta agora. Mas quando quiseres, sabes que pode aparecer.
Vou terminar essa patética “carta” como comecei. Não sabendo onde terminar.

No final, acho que vou ver isso que escrevi como um exagero. Tu resolve tudo tão simplismente. Eu que geralmente dramatizo tudo. Acho que não conseguiríamos ficar brigados (pelo menos por muito tempo). Espero que isso sirva a nos tornarmos um pouco mais tolerantes com as nossas diferenças. E um pouco menos orgulhosos.