sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Carta ao (ex?) amigo.

Me instigaste a me tornar uma pessoa mais interessante. Tenho fascínio pelo que julgo misterioso e difícil de conhecer/entender. Tu me apareceu numa “boa” hora, já és o oposto do que estou acostumada . Tens bom gosto. Sabe ser doce a amargo ao mesmo tempo. Isso que fez com que gostasse de ti quase que instantaneamente.
Me dissestes uma vez que quando tomasse gosto por escrever, se tornaria um vício. Pois acertou.
No começo, tinha quase medo de ti. Depois vi que tu não era tão mal assim. Talvez um pouco mais.
Me incomodou saber que gostavas de mim quando eu, na época, parecia mais perdida do que sou. Pareces que tens mais um instinto fraternal do que apreço por mim.
Acho que mudei. Não sei para que lado, mas mudei.
Enfim.. Não sei por onde começar.
Dessa situação (a razão pela qual escrevo), só enxergo o quão desprezíveis as pessoas podem ser por... quererem se enganar, por algumas ilusões. Só que desta vez tu te enganaste. Desta vez, eu estava no meu controle. Não entreguei o meu juízo a qualquer. E quando te disse isso, riu da minha cara.
Não sei se tuas palavras foram de ciúmes, “possessivas” como tu costuma dizer, ou de nojo. Não me considero digna de pena, mas do teu desprezo não. Dói.
Sei que teu orgulho vai achar esta “carta” uma bobagem só. Mas eu não consigo (ainda) ser tão hipócrita.
Deixarei de ser apenas tua amiguinha admiradora. Por isso, acho que tu não me leva a sério. Certa vez, me disseram que eu parecia uma fã tua. Talvez essa pessoa tivesse razão. Por um descuido e exagero da minha parte. Não menos de uma vez eu mesma exaltei minha admiração por ti, e agora penso que foi um erro. Mas quero evitar lamentações.
Enfim, por vez, acho que tu riria disso, se caso lesse. Porém, tenho em mim o descargo de consciência de por isso no papel, caso queira algum dia dizer-te algo.
“Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar, não só exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto, mas o que eu digo."
Não irei mais te importunar, se caso aches necessário. É claro que meu apreço por ti (apesar de tuas palavras) não mudará, porque sei que tu és assim, e te conheci desse jeito. Porém sou impaciente e o silêncio alheio me incomoda.
Não esperarei tua resposta agora. Mas quando quiseres, sabes que pode aparecer.
Vou terminar essa patética “carta” como comecei. Não sabendo onde terminar.

No final, acho que vou ver isso que escrevi como um exagero. Tu resolve tudo tão simplismente. Eu que geralmente dramatizo tudo. Acho que não conseguiríamos ficar brigados (pelo menos por muito tempo). Espero que isso sirva a nos tornarmos um pouco mais tolerantes com as nossas diferenças. E um pouco menos orgulhosos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário