segunda-feira, 29 de junho de 2009

A Velha.

Curioso como as pessoas são tão imaturas a ponto de não correrem atrás das coisas que prezam. Como são medrosas e inseguras, e como parecem transparecer o contrário. Todos são hipócritas porque todos certamente já agiram assim pelo menos uma vez na vida.
Curioso como as pessoas não dão valor às outras, e acham que podem se sobressair disso, por mas que em alguma ocasião possam parecer arrependidas. Desculpas não apagam o que foi feito. Sim, não estou falando que não possa ser dada segunda chance. Mas não segundaS chanceS, no plural. Há o limite em que se separa o senso de "compaixão", de "compreensão" para palhaço de circo.
Só que diante disso, as pessoas ainda não se dão conta do QUANTO elas podem perder por pura falta de maturidade, irresponsabilidade. Um dia, e eu sinceramente torço para tal, vai chegar a hora em que o indíviduo vai parar para pensar e pesar na balança do que vale mais para ele.
"Diversão"? (coloco entre aspas porque esse conceito varia de pessoa para pessoa)
Futilidades?
Sexo?
Uma vidinha movimentada?
Do que vale tudo isso se quando tudo isso acabar tu ainda vai se sentir vazio por dentro. Nada disso te acrescenta coisa alguma. E quando finalmente olhar pra trás e tentar mudar, vai ver que talvez o tempo já tenha passado além e que agora as coisas podem ser mais difíceis.
É. E eu dando uma de racional. Hahaha, tudo bem, eu posso ser uma velha precoce que se sente insatisfeita com as coisas 90% do tempo, e que momentos de felicidade (por mais que possam ser construídos da maneira mais simples possível, seja com um gesto, um sorriso, uma palavra, um elogio, uma música..) são extremamente raros. É. Eu posso tá jogando parte da minha vida fora, segundo a maioria. Mas fazer o que? Quando se tenta mudar, é sempre jogado um balde de água fria. E eu sozinha, acredito que não seja capaz de conseguir.
É. Lá vamos nós de novo.
Obs¹: vendo o lado bom das coisas: agora resta-me mais tempo para estudar.
Obs²: só para não dizerem que sou uma velha pessimista.
Obs³: quando eu for realmente velha, quero ser a Maria Alice Vergueiro, minha musa, Pantera.

domingo, 28 de junho de 2009

Amelia

Não sei se tremo de frio ou raiva. As pessoas não fazem mais que cobrar umas das outras algo que elas queiram que elas sejam. Não há nada mais egoísta do que gostar de alguém. Não vivemos para eles, vivemos para nós mesmos. Enquanto as coisas nos fazem bem, nos aproveitamos. quando isso passa, nos desfazemos.ou pelo menos era pra ser assim. Não há nada mais cruel, mais desumano do que cobrar algo de alguém sem que ela tenha condições para oferecer. Pior ainda é quando, no mínimo, não há respeito nem coerência com que se diz isso. Não há sentido em cobrar sinceridade se não somos sinceros. não há coerência em cobrar carinho, afeição e reciprocidade se ao menos uma das partes não tenta abrir os olhos da outra, mas com RESPEITO e calma. E não há ninguém que cobre isso mais do que eu para mim mesma. Não preciso de gente que queira que eu seja tudo isso. Não preciso que me lembrem que eu tenho que estudar. Que eu tenho que ser uma boa pessoa. Que eu tenho que ser educada, madura, sensata. SÓ O QUE EU GANHO COM ISSO, SE NINGUÉM PARECE ME CONTRIBUIR? É FACIL COBRAR E COBRAR. CADA UM TEM SEU TEMPO.NEM TUDO O QUE EU GOSTARIA QUE EU FOSSE, EU CONSIGO SER.NÃO CONSIGO SER UMA BOA FILHA. UMA ÓTIMA AMIGA. UMA COMPANHEIRA IDEAL.MAS EU TENTO. É só isso que eu gostaria que soubessem. Peço desculpas a quem atinjo com isso.Mas não esqueçam, não há necessidade de me lembrarem disso. Eu constantemente me cobro sozinha. Jogar suas frustrações em mim não fará diferença alguma, só com que eu acumule a sua com a minha.
Aprendam a compreender e a ter razão antes de cobrarem algo dos outros. Eu nunca o faço porque não sou hipócrita a esse ponto. Por isso prefiro ficar sozinha, e quieta. Não incomodo ninguém. Não faço diferença na vida de ninguém. Só incomodo a mim mesma, mas quem se importa?

"I guess I never really loved,
I guess that is the truth,
I spent my life in clouds at icy altitudes
And looking down on everything,
I crashed into his arms
Oh, Amelia.. it was just a false alarm.

Dreams, amelia, dreams and false alarms.*"
http://www.youtube.com/watch?v=N6d2RG2Rl64

* ver Amelia Earhart

domingo, 14 de junho de 2009

Transição

Engraçado como é o ciclo de vivência que a gente passa. É sempre a mesma coisa. O que se leva delas é o amadurecimento.
De todas as etapas que a gente passa (seja profissional, amorosa, etc), sempre fica algum receio, alguma expectativa, alguma vontade, algum sonho.
No meu caso, penso no quanto isso influencia na minha capacidade de tomar alguma atitude agora. No que me restou de tempos atrás, ficou certo medo, insegurança. Não que isso seja ruim, mas o fato de não conseguir andar sem se desprender a algo que já foi... não é legal.
Precaução nunca é demais, segundo minha vó HAHA
Ela tá coberta de razão. A questão é até onde isso vai sem se tornar um martírio que faça com que deixemos de viver o que está na nossa frente.
Hoje, não se pode confiar em ninguém de cara, sem se conhecer a fundo. Mas como podemos confiar em alguém se não conseguirmos confiar em si mesmos?
E a mudança? Como conseguir mudar nossas fraquezas? Reconhecê-las, já é um bom começo. Mas a mudança de hábitos e a troca de certos "pré-conceitos" dos quais estamos acostumados a usar (mesmo que involuntariamente) pode fazer com que essa "jornada" seja mais difícil. A preguiça está sempre associada no modo como agimos.
Nesse texto, acho que só fica a intensão. A intensão de mudar, de me tornar alguém mais confiante e firme, mais ativa, mais alegre. Só assim poderei expressar isso de modo transparente, sem falsas atitudes, sem enganos. Tenho que me convencer que faço isso para mim e só. A minha insatisfação pode intervir nos meus atos, mas não no modo de pensar. E é a partir disso que me apóio para chegar onde tanto almejo.
Ficar em paz comigo para então, poder compartilhar com os outros.
Quem sabe assim, deixo de ver as coisas do meu modo e vivenciá-las como são. Sem receios e sem medos.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Felicidade?

"Creiam-me, o menos mau é recordar; ninguém se fie da felicidade presente; há nela uma gota de baba de Caim. Corrido o tempo e cessado o espasmo, então sim, então talvez se pode gozar deveras, porque entre uma e outra dessas duas ilusões, melhor é a que se gosta sem doer."
Brás Cubas - Machado de Assis